Em seu
recurso ao STF, o ex-juiz da Lava Jato admitiu ser o personagem em um dos
diálogos que ele nunca havia reconhecido como verdadeiros
247 - No recurso que apresentou ao ministro Edson Fachin, do STF, contestando a liberação das conversas da Lava
Jato à defesa do ex-presidente Lula, o ex-juiz finalmente reconheceu ter participado
de um dos diálogos que vieram à tona.
Moro, que sempre
tratou as mensagens do Telegram vazadas pelo site The Intercept como “supostas
mensagens”, termo usado também no recurso apresentado nesta quarta-feira (3),
em certo momento se contradisse e tentou justificar uma de suas mensagens.
Segundo
Moro, o diálogo em que ele consulta o procurador Deltan Dallagnol sobre se os
procuradores já tinham uma “denúncia sólida o suficiente” contra Lula tinha o
intuito de “proteger” o ex-presidente de eventuais “acusações levianas” do
Ministério Público Federal.
Como resposta,
Dallagnol explicou em linhas gerais o conteúdo da acusação a ser feita contra o
petista e Moro concluiu: “Ok. Grato pela descrição”. A conversa aconteceu em 23
de fevereiro de 2016 e foi revelada nesta semana pela revista Veja.
“Ora, o
juiz perguntar ao procurador se ele tem elementos para denunciar é meramente um
cuidado retórico para advertir ao Ministério Público de que não deve oferecer
acusações levianas, isso para proteger o acusado e não para prejudicá-lo”,
alega o documento da defesa de Moro, representada por sua esposa, a advogada
Rosângela Moro.
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