segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Lemann, homem mais rico do Brasil, diz estar com saudades de Temer

 

Bilionário dono da Ambev, que apoiou o golpe de 2016, mostra descontentamento com governo Bolsonaro

Jorge Paulo Lemann e Michel Temer (Foto: Reuters)


247 - O empresário bilionário Jorge Paulo Lemann criticou o governo Jair Bolsonaro disse em live com MIchel Temer estar com saudades do governo resultante do golpe contra Dilma Roussef.  "Saudades do seu governo. As coisas funcionavam naquela época", disse o empresário, nesse domingo (7), em live com Michel Temer.  Atualmente, Lemann mora na Suíça.

Os pais de Jorge Paulo Lemann emigraram da região de Emmental, na Suíça. Nascido no Rio de Janeiro, Lemann adquiriu no nascimento a nacionalidade brasileira, juntamente com a suíça, herdada dos pais. Nunca precisou trabalhar para sobreviver, como faz 99% da população brasileira. Seu pai fundou a fábrica de laticínios Leco, abreviatura de Lemann & Company. Sua educação básica deu-se na Escola Americana do Rio de Janeiro, centro educacional dos milionários do Rio. O bilionário graduou-se em economia na Universidade Harvard.

"Nós ficamos confortáveis na posição em que estávamos. Não tínhamos as pessoas certas e não prestamos atenção ao mundo consumidor que se formava, com mais opções de escolha. Estamos em fase de adaptação a uma nova realidade. Empresas com muito sucesso tem dificuldades de se adaptar", complementou Lemann a Temer. Recentemente, o bilionário, defensor da meritocracia, disse que a profunda crise do país, vítima da pandemia e de Bolsonaro, seria uma "oportunidade" para as pessoas

A declaração de Lemann a Temer reflete a dificuldade do atual governo em ter a confiança dos empresários. O ano de 2021 começou com a divulgação de manifestos, em janeiro, e com entrevistas à imprensa demonstrando a insatisfação do setor com Bolsonaro.

No dia 28 do mês passado, o ex-presidente do Banco Central durante o governo FHC, Arminio Fraga, defendeu a necessidade de uma autocrítica de quem apoiou o golpe contra Dilma. O ex-presidente do BC também afirmou que Bolsonaro já perdeu apoio de uma parte do empresariado. "É intolerável que crimes de responsabilidade ocorram a toda hora".

 

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