Do UOL:
A força-tarefa da Operação Lava Jato
viveu um momento de euforia com os grampos divulgados entre a então presidente Dilma Rousseff e
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT) em março de 2016 e, ao mesmo
tempo, de cautela por temer transformar em “mártir” o petista.
Procuradores debateram que não havia “espaço político” para prisão
naquele momento.
(…) Membro da força-tarefa à época, o procurador
regional Antônio Carlos Welter sugeriu cautela sobre o momento da denúncia contra
Lula. A tese dele tinha como base o fato de que o plenário do STF ainda
iria avaliar se manteria ou não a decisão provisória de Gilmar.
“Caríssimos, acho que temos que ter um pouco de cuidado
para não fazer um mártir. Ou pior, um mártir vivo, justificando o discurso do
Lula de que se vê como preso político”, escreveu Welter no grupo.
“Possivelmente a liminar será levada a plenário em uma semana, talvez na quarta
pós Páscoa. Não vejo, assim, necessidade de pressa (embora minha vontade seja
noutro sentido).”
(…) Em 14 de março, o então coordenador da força-tarefa,
procurador Deltan Dallagnol, também já havia indicado que um pedido de prisão
demandaria novidade. “Em relação à prisão do Lula, somente se houver fato
significativo, clássico e atual para um novo pedido. É minha posição.”
Fonte: DCM
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