Auditores
fiscais tentam usar a tese de que tiveram seus dados acessados ilegalmente, uma
tentativa de anular as investigações da chamada rachadinha, que envolve o
senador Flávio Bolsonaro, já denunciado pelo MP do Rio
247 - Um grupo formado por cinco auditores
fiscais do Rio de Janeiro suspeitos de enriquecimento ilícito tem sofrido
derrotas judiciais na tentativa de fazer valer a tese do senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) de que tiveram seus dados acessados ilegalmente. A
informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo. Com essa alegação, o filho de Jair Bolsonaro tenta anular
as investigações da "rachadinha", esquema de corrupção que acontecia
na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde o parlamentar cumpria mandato de
deputado estadual antes de ser eleito para o Senado.
A defesa do
congressista usou o caso para entrar em contato com órgãos federais, a partir
de agosto do ano passado, como a Presidência da República, o Gabinete de
Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
além de acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A GSI,
chefiado pelo ministro Augusto Heleno, e a Abin produziram
relatórios para enviá-los à defesa de Flávio e orientar os
advogados do senador sobre como tentar a anulação das investigações sobre a
rachadinha.
De acordo com os
auditores, o Escritório de Corregedoria da 7ª Região Fiscal (Escor07) e o
Escritório de Pesquisa e Investigação da 7ª Região Fiscal (Espei07) podem ter
acessado ilegalmente os dados fiscais do senador e embasado, extraoficialmente,
a produção do relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira ligado ao
Ministério da Economia) que originou, em 2018, a investigação contra Flávio.
O
senador e seu ex-assessor Fabrício Queiroz foram denunciados ao Órgão Especial
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na investigação sobre a rachadinha. O
Ministério Público (MP-RJ) denunciou os dois por peculato, lavagem de dinheiro
e organização criminosa.
Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence
a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do
parlamentar. De acordo com relatório do antigo Coaf, Queiroz fez movimentações
financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do
órgão.
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