Mensagens
demonstram que Deltan Dallagnol e demais procuradores de Curitiba privilegiavam
a Globo com vazamentos sobre as ações da operação Lava Jato
247 - O The Intercept Brasil divulgou nesta
terça-feira (9) trecho do livro sobre a Vaza Jato que mostra as ligações
íntimas do procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da operação Lava
Jato, com jornalistas e com a cúpula da Globo, na atuação conjunta para
incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As conversas dos
procuradores no Telegram revelam que a obsessão de Dallagnol pela Globo
convivia com outra: o projeto das dez medidas de combate à corrupção.
Em
publicação em agosto de 2015, no grupo Parceiros/MPF–10 Medidas, o colega de
Ministério Público Federal chamado Daniel Azeredo comentou sobre um encontro
com um dos chefões da Globo.
“Deltan, jantei na
semana passada com o José Roberto Marinho (com quem tenho um ótimo contato
desde a Rio +20) da Globo e conversei sobre a campanha e novas formas de
aprofundarmos a divulgação. Falamos por alto em uma série no jornal nacional
comparando os modelos de combate a corrupção de outros países e mostrando como
as 10 medidas aproximaria o Brasil dos sistemas mais eficientes do mundo, mas
há abertura para outras ideias. O diretor executivo de jornalismo da Globo está
em contato conosco para conversar sobre o assunto. Vou fazer uma conversa
inicial e colocá-lo em contato com você tudo bem?”, escreveu o procurador.
Segundo
a reportagem do The Intercept, Dallagnol e equipe privilegiavam a Globo sempre
que possível. Em 3 de julho de 2015, por exemplo, enquanto o grupo comemorava
mais um avanço nas investigações, o procurador pediu para os colegas segurarem
a informação. “Não passem pra frente, vamos dar pro JN de amanhã em
princípio…”, disse no grupo FT–MPF 2, se referindo ao principal programa
jornalístico da emissora, o Jornal Nacional. Dallagnol queria repassar à Globo
a descoberta, até ali restrita à força-tarefa, de que o ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa recebeu depósitos em contas na Suíça em datas próximas a
telefonemas trocados entre Bernardo Freiburghaus, apontado como operador da
Odebrecht, e Rogério Araújo, um executivo da empreiteira.
Leia na íntegra a reportagem do The Intercept Brasil.
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