Documentos
mostram que o Ministério da Saúde usou Fiocruz, que podia se dedicar mais à
produção de vacinas, para a produção de cloroquina, medicamento sem eficácia
para a Covid-19 recomendado insistentemente por Jair Bolsonaro
247 - O Ministério da Saúde usou a Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de
cloroquina, com o emprego de dinheiro público emergencial voltado a ações
contra a Covid-19.
Segundo a Folha de
S.Paulo, documentos do ministério, com datas de 29 de junho e 6 de outubro,
mostram a produção de cloroquina e também de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu)
pela Fiocruz, com destinação a pacientes com Covid-19. Mas, de acordo com
opinião generalizada na comunidade médica, os dois medicamentos não têm
eficácia contra a Covid-19.
O
dinheiro que financiou a produção partiu da MP (Medida Provisória) nº 940,
editada em 2 de abril por Jair Bolsonaro para o enfrentamento de emergência da
pandemia. A MP abriu um crédito extraordinário, em favor do ministério, no
valor de R$ 9,44 bilhões, segundo a reportagem do jornalista Vinicius Sassine.
Para a Fiocruz,
que é vinculada à pasta, foram destinados R$ 457,3 milhões para
"enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus".
Os
documentos enviados ao MPF apontam gastos de R$ 70,4 milhões, oriundos da MP,
com a produção de cloroquina e Tamiflu pela Fiocruz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário