"Eu
digo sempre: Lula é digno de um julgamento justo", disse o ministro do STF
Gilmar Mendes. "Nós temos que encerrar com essa preocupação midiática de
julgar o Lula", afirmou
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal
Gilmar Mendes afirmou, nesta terça-feira (2), que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva "merece um julgamento digno". "Nós temos que
encerrar com essa preocupação midiática de julgar o Lula tendo em vista esse
desiderato: fazê-lo inelegível. Eu digo sempre: Lula é digno de um julgamento
justo", disse ele em entrevista ao programa do Datena.
A declaração veio
após especulações de um possível
golpe no Brasil, com a hipótese de o Judiciário aceitar a suspeição
Moro na condenação de Lula, porém sem devolver os direitos políticos do
petista, para não deixá-lo, eventualmente, disputar a eleição de 2022.
Em
outra entrevista, à rádio Bandeirantes, Gilmar havia apontado condutas ilegais
de Sérgio Moro ao afirmar que o ex-juiz trabalhava na Operação Lava Jato
"como se fosse o coordenador do grupo de procuradores".
Em novos diálogos
obtidos pela defesa de Lula, no âmbito da Operação Spoofing, Deltan
Dallagnol deixou clara a parcialidade da operação. "O material
que o Moro nos contou é ótimo. Se for verdade, é a pá de cal no 9 e o Márcio
merece uma medalha", disse o então procurador.
Em uma
das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de
Lula na ação, Moro
perguntou a Dallagnol se os procuradores têm uma "denúncia sólida o
suficiente".
De acordo com a
Vaza Jato, Moro também chegou a questionar a capacidade de a procuradora Laura
Tessler participar de audiências que envolvessem o ex-presidente Lula,
condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), após ser acusado
de ter recebido um apartamento como propina da OAS. O petista nunca dormiu nem
tinha a chave do imóvel.
Em sua
conta no Twitter, o jornalista Leandro Demori destacou que o acervo com a
defesa de Lula é bem maior do que a Vaza Jato, que apontou várias
irregularidades da operação.
Em
dezembro do ano passado foi divulgado um documento da consultoria
Alvarez & Marsal (EUA), que contratou Moro, atribuindo o apartamento como
sendo da OAS e não de Lula.
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