"A
linha sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para
frente. Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai
parar por causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", disse ele
247 – O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos
maiores críticos de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas, concedeu uma entrevista neste domingo ao jornalista Ricardo
Balthazar, na Folha de S. Paulo, e sinalizou certo apoio ao vice Hamilton
Mourão. "O afastamento do presidente seria desejável? Nunca é desejável.
Até pode ser, se você tiver uma pessoa desequilibrada no cargo. Aí tem que
impedir que prossiga, por uma questão de saúde mental", disse ele.
"A linha
sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para frente.
Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai parar por
causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", afirmou ainda.
Santos
Cruz também criticou a compra de deputados do centrão feita pelo governo
federal. "Na época em que buscava cativar os eleitores, ele falava
barbaridades do centrão. Tratava o grupo como uma aglomeração de pessoas que
não tinham compromisso nenhum e só se preocupavam em preservar a própria
impunidade. Agora, ele faz uma virada como essa aí. Há uma incoerência, e fica
difícil estabelecer uma relação de confiança quando você faz esse tipo de
coisa", afirma. "Na realidade, o que houve foi uma compra. Vão gastar
bilhões de reais com as emendas dos parlamentares. Então não me parece uma
coisa consistente, porque a influência do dinheiro é muito pesada. Uma
negociação política desse tipo, para gerar confiança, precisa se sustentar em
outros princípios, para produzir algo mais sólido."
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