Analistas apontaram que as festas carnavalescas podem agravar
o cenário da pandemia no Brasil, que ainda sofre as consequências das
aglomerações durantes os eventos de fim de ano
247 - O povo brasileiro continua sentindo as
consequências das aglomerações das festas de fim de ano e eventuais descuidos
durante o Carnaval terão efeitos prolongados na epidemia, que, de acordo com a
universidade britânica Imperial College de Londres, ainda está sem controle no Brasil. Na última quinta-feira (11), 1.452 óbitos foram notificados
no Brasil, o pior índice de 2021 e o terceiro maior desde o começo da pandemia.
O País está com uma média móvel de mortes acima de mil desde 21 de janeiro.
De acordo com o
epidemiologista da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Lotufo, o carnaval de
2021 poderá se somar a outros fatores que agravam a pandemia, que se
estabilizou num patamar alto e preocupante. As entrevistas desta matéria foram
publicadas pelo jornal O
Globo.
"Estamos
pagando a conta do Natal, do réveillon e das férias. O raciocínio é que, após o
contágio, demora 15 a 20 dias para (o aumento de) casos graves e quase um mês
para (aumentar) a mortalidade. No próximo momento, o carnaval vai entrar,
reforçar e jogar (os reflexos nas estatísticas) para março", afirmou.
Para a sanitarista
Lígia Bahia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o momento
inspira cuidado. "Temos hoje um repique relacionado aos eventos de fim de
ano e suas aglomerações e podemos esperar que acontecerá de novo em função do
carnaval. Não digo em relação às festas, mas ao feriado. Hotéis ocupados,
pessoas viajando, um deslocamento grande", disse.
"Na
curva de óbitos e casos, o Brasil se manteve em alta o tempo todo, sem
diferenças abruptas durante a pandemia, quase como se fosse um fenômeno
natural. O vírus está à vontade o tempo inteiro, mesmo naquele momento em que
houve uma redução", afirmou.
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