O ex-comandante do Exercito Brasileiro general Eduardo Villas Bôas revelou nesta semana que as postagens feitas por ele em 2018 no Twitter, na véspera do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram elaboradas em conjunto pelo alto comando das forças armadas como parte de uma articulação para evitar que o petista pudesse recorrer em liberdade da condenação no caso do triplex e disputar as eleições naquele ano. O militar fez as revelações numa entrevista ao pesquisador Celso de Castro para o livro “General Villas Bôas: conversa com o comandante”, lançado pela editora FGV.
Para
ele, a mensagem endereçada à Suprema Corte se tratava de um alerta, muito antes
do que uma ameaça. A postura de Villas Bôas nas rede sociais também funcionou
como uma espécie de estratégia para que o exército voltasse a ser ouvido com
naturalidade. Com isso, os militares falariam mais com a imprensa — ocupando os
espaços de debate. A partir do episódio, muitos militares foram para o Twitter
e outros passaram a atuar nos bastidores na tentativa de influenciar a
narrativa política. Villas Bôas também afirmou, no livro, que se Fernando
Haddad (PT) tivesse derrotado em 2028 Jair Bolsonaro , assumiria
normalmente e a postura do Exército seria de cumprimento à Constituição. (Da
Jovem Pan).
Fonte: Contraponto
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