terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Doze estados brasileiros mais o DF estão com taxa de ocupação de UTIs acima de 80%

 

As estatísticas também apontaram que o número de internações por Covid-19 na rede pública do Brasil aumentou 8,7% em dez dias

Novas estatísticas apontam para pandemia ainda sem controle no Brasil (Foto: Agência de Notícias do Paraná)

247 - Pelo menos 12 estados brasileiros e o Distrito Federal estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80%, um nível considerado crítico - Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. O número de internações por Covid-19 na rede pública do Brasil aumentou 8,7% em dez dias. As informações são do jornal O Globo

São cerca de 28,8 mil pessoas internadas pela doença em leitos de enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS). Eram aproximadamente 26,5 mil internados no dia 12 de fevereiro.

De acordo com Lígia Bahia, especialista em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), "as novas variantes podem ser mais transmissíveis e potencializar o aumento de casos, mas não explicam esse cenário, que é caracterizado pela abertura de atividades não essenciais de maneira caótica". 

"O repique decorre do aumento da circulação e aglomeração, em transportes coletivos lotados, bares, restaurantes, festas, além do uso eventual e incorreto de máscaras", disse.

Segundo Guilherme Werneck, epidemiologista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os dados apontaram que a transmissão do coronavírus "claramente não está controlada", e tem sido estimulada pelo contato entre as pessoas.

"Nesse período, que vem desde as eleições municipais do ano passado, depois o final do ano com Natal, ano novo e agora esse período de janeiro em que as pessoas ainda estão tendo muito contato, certamente é um grande fator de estímulo à transmissão", disse. 

"Associado ao relaxamento das políticas locais, com governos e municípios buscando liberar atividades sociais e econômicas no início do ano, isso estimula o contato, e, quando ele se dá com maior frequência, principalmente em ambientes fechados, aumenta a transmissão. Do meu ponto de vista, nesse período estamos colhendo os frutos dessas ações de relaxamento", acrescentou.

 

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