Deltan
Dallagnol, quando estava à frente da Operação Lava Jato no Paraná, trabalhou em
proposta legislativa para mudar a forma de escolha de ministros do STF (Supremo
Tribunal Federal), segundo mostram conversas em um aplicativo de mensagens
obtidas na Operação Spoofing. Ele também discutiu proposta para facilitar
abertura de processos de impeachment contra membros da Corte
247 - Deltan propôs mudanças no STF para evitar a
entrada de "um Toffoli" e para facilitar abertura de processos de
impeachment contra membros da Corte.
Em diálogo com um
advogado, Deltan disse, em 3 de fevereiro de 2018, "que o que dá pra fazer
é apenas criar um ambiente mais favorável a que não entre um [Dias] Toffoli no
STF". Indicado por Lula à Corte, o ministro Dias Toffoli impôs freios à Lava
Jato quando esteve à frente do Supremo. O procurador sinalizou ser favorável a
ministros com perfil como os de Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, apoiadores
da Lava Jato (ambos já eram ministros do STF à época da conversa).
Por
meio do Telegram, Deltan submeteu a proposta ao advogado Caio Farah Rodriguez,
que, em 2016, atuou no acordo de leniência da Odebrecht. O procurador defendeu
a adoção de uma lista tríplice para que novos integrantes chegassem ao STF nos
momentos de substituição.
"É uma
proposta que cria um colegiado (de presidentes de tribunais, PGR [Procuradoria
Geral da República] e defensor público...) para formar uma lista
tríplice", escreveu o procurador, lembrando ter abandonado ideia de que o
nome de um novo ministro do STF não fosse aprovado apenas pelo Senado, mas
também pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O
diálogo foi obtido após ataque hacker que teve acesso a conversas de
integrantes da Lava Jato. Apreendidas pela Operação Spoofing da PF, as
mensagens tiveram acesso liberado pelo STF à defesa de Lula. Ele foi
apresentado pela perícia de Lula ao Supremo na última quarta-feira (17).
Leia reportagem completa no UOL.
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