quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Com as provas de sua parcialidade, Moro desaba nas redes sociais

 

Ex-juiz tem sido cada vez mais desgastado pelas irregularidades da Operação Lava Jato reveladas tanto pelo Intercept, nos últimos dois anos, como pela defesa do ex-presidente Lula recentemente. Ao todo, 90% das interações contra Moro são negativas

Sérgio Moro (Foto: Adriano Machado/REUTERS)


247 - As irregularidades cometidas durante a Operação Lava Jato estão desgastando cada vez mais o ex-juiz Sérgio Moro, que perdeu força nas redes sociais - 90% das interações contra ele são negativas, de acordo com informações publicadas pela Carta Capital

Na internet, o grupo antes classificado por alguns setores como "lulista" agregou jornalistas, juristas, liberais e movimentos de centro-direita, representando 60,6% dos atores e 73% das interações. 

O polo bolsonarista, com 26% dos atores e 16,9% das interações, também teve impacto negativo sobre o ex-juiz. O agrupamento lavajatista tem apenas 11% dos atores e pouco mais de 7% das interações, bem abaixo dos demais.

As irregularidades de Moro estão sendo comprovadamente reveladas desde junho do ano passado, quando o Intercept passou a publicar mensagens que mostraram o conluio dele com procuradores, agindo como uma espécie de assistente de acusação.

Além da Vaza Jato, novos diálogos obtidos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Spoofing, apontaram que Deltan Dallagnol deixou clara a parcialidade da operação. "O material que o Moro nos contou é ótimo. Se for verdade, é a pá de cal no 9 e o Márcio merece uma medalha", disse o então procurador. 

Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula na ação, Moro perguntou a Dallagnol se os procuradores têm uma "denúncia sólida o suficiente".

O ex-juiz condenou Lula sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), após ser acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS. O petista nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. Em dezembro do ano passado foi divulgado um documento da consultoria Alvarez & Marsal (EUA), que contratou Moro, atribuindo o apartamento como sendo da OAS e não de Lula

 

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