Decisão
foi tomada pelo Conselho Nacional do Ministério Público depois das revelações
feitas no âmbito da Operação Spoofing, que trouxe a público diálogos criminosos
e imorais do ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba
247 - O procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a
Lava Jato, em Curitiba, e foi desmoralizado pelos diálogos captados pelo hacker
Walter Delgatti, na Operação Spoofing, será novamente investigado pelo Conselho
Nacional do Ministério Público. Isso foi possível porque, nesta segunda-feira (22/2),
a defesa da Senadora Kátia Abreu, representada pelos advogados Antonio Carlos
de Almeida Castro e Marcelo Turbay, apresentou requerimento junto ao CNMP para
que o procedimento de remoção do procurador Deltan Dallagnol de suas funções na
força-tarefa do Paraná fosse convertido em Reclamação Disciplinar ou
encaminhado desde logo à Corregedoria Nacional do Ministério Público para
apuração de infração funcional, sobretudo após a divulgação recente de novos
fatos e diálogos telefônicos de especial gravidade.
Nesta terça-feira, o pedido foi acolhido e cópias dos autos
remetidas para o Corregedor para instauração de novo procedimento investigativo
contra o procurador. A decisão foi tomada pelo conselheiro Luiz Fernando
Bandeira de Mello Filho. Na sua decisão, ele apontou que Deltan Dallagnol pode
ter descumprido seu dever funcional, o que pode levá-lo à perda do cargo de
procurador federal. Os diálogos da Operação Spoofing já revelaram que Dallagnol
cooperou ilegalmente com autoridades dos Estados Unidos, da Suíça e de Mônaco e
que formou conluio com o ex-juiz Sergio Moro. Numa das mensagens, ele afirmou: “faz tempo que não tenho vergonha na
cara kkk”.
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