Mesmo
depois da comprovação de que o ex-juiz Moro e os procuradores da Lava Jato
formaram conluio para perseguir o ex-presidente Lula e até juízes de tribunais
superiores, o ministro Luis Roberto Barroso falou em “eventuais excessos”
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís
Roberto Barroso, afirmou no último sábado (13) que os "excessos" da
Lava Jato, ou seja, os crimes cometidos pelo ex-juiz Sergio Moro e sua
força-tarefa, não podem ser usados para "destruir a operação".
“Claro que se
tiver havido um excesso ou erro, ele tem que ser objeto de reflexão, mas é
preciso não perder o foco. O problema não é ter havido um exagero aqui e ali, o
problema é esta corrupção estrutural, sistêmica e institucionalizada que não
começou com uma pessoa, um governo ou um partido. Veio num processo acumulativo
que um dia transbordou”, afirmou o ministro em entrevista ao historiador Marco
Antonio Villa, conforme reportado no Estadão.
Barroso
ainda disse que a movimentação contra a Lava Jato, que tem base
nas mensagens que comprovam a parcialidade de Moro e procuradores assim como a
cooperação ilícita com autoridades estrangeiras, é uma
"tentativa de sequestrar a narrativa como se isso (corrupção) não tivesse
acontecido"
As declarações de
Barroso apontam para uma divisão interna na Corte. No último dia 9, o ministro
Gilmar Mendes chamou a operação Lava Jato de "o maior escândalo judicial
do mundo".
No
campo lavajatista está também o ministro Luiz Fux, ministro de confiança de
Moro. Em conversas reservadas, o presidente
do STF afirmou que “o respeito ao STF vai para o esgoto” caso a Lava Jato fosse
anulada.
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