quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Arthur Lira diz que vai analisar prisão de deputado bolsonarista Daniel Silveira com "serenidade e consciência"

 

O presidente da Câmara, Arthur Lira, que é também líder político do grupo de direita denominado Centrão, diz que vai conduzir a análise da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) "com serenidade e consciência" de suas "responsabilidades para com a Instituição e a Democracia". Na ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, está definido que o mandado de prisão deveria ser cumprido "imediatamente e independentemente de horário por tratar-se de prisão em flagrante delito".

Arthur Lira (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)


247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que vai conduzir com "serenidade e consciência" das suas responsabilidades a análise da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira, preso em flagrante após vídeo com apologia ao AI-5, e defesa de fechamento do STF.

Silveira foi preso pela Polícia Federal em flagrante na noite desta terça (16). O parlamentar divulgou um vídeo no qual faz apologia ao AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e defende o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional.

Na postagem em rede social, Arthur Lira declara que vai se guiar "pela única bússola legítima no regime democrático, a Constituição". E que respeitará a decisão majoritária do plenário, informa o G1.

De acordo com a Constituição, "membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável". Nessa hipótese, o mesmo artigo diz que "os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão".

"Como sempre disse e acredito, a Câmara não deve refletir a vontade ou a posição de um indivíduo, mas do coletivo de seus colegiados, de suas instâncias e de sua vontade soberana, o Plenário. Nesta hora de grande apreensão, quero tranquilizar a todos e reiterar que irei conduzir o atual episódio com serenidade e consciência de minhas responsabilidades para com a Instituição e a Democracia", publicou o presidente da Câmara.

"Para isso, irei me guiar pela única bússola legítima no regime democrático, a Constituição. E pelo único meio civilizado de exercício da Democracia, o diálogo e o respeito à opinião majoritária da Instituição que represento", continuou.

Na decisão que ordenou a prisão em flagrante, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deveria ser "imediatamente oficiado para as providências que entender cabíveis".

A prisão foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O deputado foi detido no fim da noite em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

Na decisão, Moraes definiu que o mandado deveria ser cumprido "imediatamente e independentemente de horário por tratar-se de prisão em flagrante delito".

 

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