Sivale estima quase
metade das mil vagas formais existentes não exige experiência
Somente no setor
do vestuário, a Agência do Trabalhador de Apucarana tem em aberto mil vagas
formais de emprego. E, apesar da oferta de postos de trabalho, as empresas
estão encontrando muitas dificuldades para contratar. Uma vaga de costureira,
por exemplo, pode levar até 30 dias para ser preenchida, o que acaba afetando a
produção.
No
início desta semana, os setores envolvidos procuraram a prefeitura para
estabelecer estratégias conjuntas visando preencher rapidamente as vagas
existentes. Uma das primeiras ações foi a realização de um encontro, ocorrido
nesta quarta-feira (10/02) no gabinete municipal, com o objetivo de ampliar a
divulgação das vagas existentes e a necessidade do urgente preenchimento.
Apucarana
já é reconhecida como o maior polo produtor de vestuário no Paraná e também
gerador de empregos no segmento.
Atualmente
a cidade mantém cerca de 15 mil empregos formais no setor, além de um número
significativo de informais nas conhecidas “facções”. A cidade concentra 830
fábricas formais de bonés, camisetas, máscaras e outros produtos de vestuário.
Participaram
do encontro Neno Leiroz, gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana,
Elizabete Ardigo, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de
Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), Aida Assunção, presidente do Sindicato do
Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Jayme Leonel, presidente da
Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), e Anivaldo
Rodrigues da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de
Apucarana (Siecap).
Também
participaram representantes das igrejas, com o objetivo de que as vagas sejam
divulgadas também nas missas e nos cultos. Estiveram presentes o
vice-presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Apucarana e Região
(CMEAR), pastor Sebastião Vieira, e representando a Igreja Católica, a irmã
Maria da Luz.
O
prefeito Junior da Femac afirma que, mesmo com a pandemia, Apucarana está
conseguindo manter a economia aquecida. “São mil vagas somente no setor do
vestuário, mas existem também outros setores que estão aquecidos e necessitam
de mão de obra, como a construção civil e o comércio. O Muffato, que está
construindo uma unidade na região do Bairro da Igrejinha, já iniciou o cadastramento
para contratar mais de 100 pessoas”, exemplifica Junior da Femac.
Na área
de confecções, continua Junior da Femac, o Município se mobilizou logo após o
início da pandemia e o setor se estruturou para fabricar máscaras cirúrgicas.
“Hoje já existem seis indústrias com a liberação da Anvisa e a produção mensal
é de cerca de 12 milhões de máscaras. O setor conseguiu se reinventar e
necessita de mais mão de obra para atender a demanda”, reitera Junior da Femac.
Elizabete
Ardigo, presidente do Sivale, afirma que após as dificuldades no início da
pandemia o setor conseguiu se reerguer e, partir de agosto do ano passado,
passou a contratar. “As indústrias que passaram a se dedicar à produção de
máscaras estão trabalhando 24 horas por dia, em três turnos. Além disso, temos
a produção de uniformes escolares que também está aquecida”, pontua Ardigo.
A
presidente do Sivale estima quase metade das mil vagas formais existentes não
exige experiência. “O setor possui vagas para cerca de 500 pessoas que hoje
estão entrando no mercado de trabalho. Não precisa ter prática, basta ter
dedicação e vontade de ingressar no mercado de trabalho. Os interessados devem
procurar a Agência do Trabalhador, pois é lá que as indústrias informam as suas
vagas”, orienta.
Jayme
Leonel, presidente da Acia, reforça que as vagas existem em diversos setores.
“Não é só na área de serigrafia, de bordados, de costura e de acabamento, mas
também nas de vendas e de recursos humanos. É importante ressaltar que são
empregos formais, o que recoloca as pessoas no sistema bancário. Por outro
lado, é uma possibilidade também para o primeiro emprego, pois boa parte das
vagas não exige prática”, reitera Jayme Leonel.
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