Manifesto
assinado por seis subprocuradores da PGR cobra atuação de Augusto Aras contra o
descaso com a pandemia, e diz que a defesa do Estado democrático de direito é
"mais apropriada e inadiável" do que a antevisão de um 'estado de
defesa'
247 - Subprocuradores da República divulgaram
nesta quarta-feira (20) uma nota com duras críticas ao procurador-geral da
República, Augusto Aras, pela manifestação em que o PGR diz que "estado de calamidade pública é a antessala do estado de
defesa".
O documento,
assinado por seis subprocuradores da PGR, cobra de Aras lembram que a pandemia
do coronavírus já causou a morte de 211 mil brasileiros e aponta a
incompetência do governo ao enfrentamento da pandemia.
"Não
bastassem as manifestações de autoridades em dissonância com as recomendações
das instituições de pesquisa, tivemos a demora ou omissão na aquisição de
vacinas e de insumos para sua fabricação, circunstância que coloca o Brasil em
situação de inequívoco atraso na vacinação de sua população", diz o
documento.
Os procuradores
cobram de Augusto Aras atuação contra o descaso de Jair Bolsonaro na pandemia.
"O Ministério Público Federal e, no particular, o Procurador-Geral da
República, precisa cumprir o seu papel de defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e de titular da persecução penal, devendo adotar as necessárias
medidas investigativas a seu cargo", dizem os integrantes da PGR.
A
manifestação de Augusto Aras, divulgada em nota nessa terça-feira (19), ocorreu
em meio ao aumento da pressão pelo impeachment de Jair Bolsonaro nas redes
sociais e em setores da oposição, após o agravamento
da crise da saúde pública no Amazonas.
"Consideramos,
por fim, que a defesa do Estado democrático de direito afigura-se mais
apropriada e inadiável que a antevisão de um 'estado de defesa' e suas graves
consequências para a sociedade brasileira, já tão traumatizada com o quadro de pandemia
ora vigente", acrescentam.
O
documento é assinado pelos subsprocuradores José Adonis Callou de Araújo Sá,
José Bonifácio Borges de Andrada, José Elaeres Marques Teixeira, Luiza Cristina
Fonseca Frischeisen, Mario Luiz Bonsaglia e Nicolao Dino.
Leia a nota na íntegra:
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