A
Bolsotini Chocolates, de Flávio Bolsonaro, entra na mira do MP do Rio. Segundo
os promotores, ela era usada para lavar dinheiro do esquema de corrupção
conhecido como "rachadinha"
247 - A investigação sobre o esquema fraudulento de
Flávio Bolsonaro, que desviava salários de funcionários da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj) para sustentar sua família, conhecido como
“rachadinha”, irá se desdobrar este ano para o tema lavagem de dinheiro por
meio da loja de chocolates mantida pelo senador em um shopping. Seu irmão, o
vereador Carlos Bolsonaro também entrará no foco do Ministério Público do
Rio, informa o jornalista Caio Sartori de O Estado de S.Paulo. Para a maioria dos
brasileiros, Flávio é culpado pelo esquema de corrupção da “rachadinha”.
As investigações,
até agora, tiveram como centro o esquema operado pelo ex-PM Fabrício Queiroz,
homem de confiança do clã Bolsonaro, que chegou a ser preso em junho e acabou
libertado em julho, por decisão do bolsonarista ex-presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), ministro João Otávio Noronha.
Ficaram
de fora da peça ajuizada pelos promotores de novembro pontos-chave da
investigação. Um deles é o uso da loja de chocolates de Flávio na Barra da
Tijuca, no Rio, para lavar dinheiro. O ex-deputado e um sócio, suspeitam os
investigadores, praticavam fraudes em uma franquia da Kopenhagen, a Bolsotini
Chocolates e Café Ltda. Usariam a contabilidade do negócio para esquentar
dinheiro desviado dos salários de funcionários nomeados por Flávio.
Carlos Bolsonaro
Como os
parlamentares do clã Bolsonaro sempre mantiveram o hábito de trocar assessores
entre si, a investigação que envolve Flávio Bolsonaro irá se encontrar com as
apurações sobre a prática recorrente de outro Bolsonaro, o vereador Carlos.
Na apuração contra o vereador do Rio, segundo filho do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não avançou tanto quanto a do senador, há vários ex-funcionários investigados no processo que apura as “rachadinhas” na Assembleia. É o caso dos parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente da República. Ela própria também está sob investigação, já que trabalhou para o então enteado, no gabinete da Câmara Municipal da capital fluminense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário