O pedido
para que o ex-presidente Lula não tenha acesso às conversas contradiz com a
postura adotada pelos procuradores quando comandavam a Lava Jato, segundo a
jornalista Mônica Bergamo
247 – Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão
surpresos com o pedido feito pelo procurador Deltan Dallagnol para que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenha acesso às conversas da Vaza
Jato que podem não apenas inocentá-lo, como também demonstrar que ele foi alvo
de perseguição política. É o que informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna desta quinta-feira.
"Na semana
passada, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a entrega imediata do
material a Lula, que pretende usar as mensagens como prova de que sofreu
perseguição da Lava Jato. Os procuradores pedem que o ministro reconsidere a
decisão —e, em caso negativo, que encaminhe o caso ao plenário do
Supremo", escreve a jornalista.
"O
pedido, assinado também por procuradores como Januário Paludo e Laura Tessler,
causou estranheza entre magistrados: quando comandavam a Lava Jato, os
operadores divulgaram mensagens de investigados —e até mesmo conversas privadas
da ex-primeira-dama Marisa Letícia com os filhos dela e de Lula. A resistência
levantou entre ministros também a percepção de que, embora boa parte das
mensagens já tenha vindo a público, a íntegra do conteúdo preocupa os
procuradores", pontua a jornalista.
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