O
Ministério da Saúde listava substâncias como zinco, azitromicina e
hidroxicloroquina como soluções para o enfrentamento à pandemia, citando um
artigo da The American Journal of Medicine. Mas o editor da revista desmentiu o
governo
247 - Em meio a uma movimentação pelo impeachment,
o governo Jair Bolsonaro tenta reduzir os efeitos da sua política negacionista
frente à pandemia. O Ministério da Saúde apagou uma publicação sobre a
recomendação de tratamento precoce contra Covid-19 pela revista científica The
American Journal of Medicine.
O texto foi
publicado no site da Saúde em 2 de janeiro. No título, a matéria afirmava que
um artigo divulgado no periódico científico reforçava o poder da medicina
preventiva no combate ao coronavírus.
No
entanto, o editor da revista científica, Joseph Alpert, disse, em entrevista ao
jornal Folha de
S.Paulo, que o artigo em questão não tinha objetivo de avaliar
a eficácia de tratamentos precoces para a Covid-19.
“O artigo não diz
que a cloroquina é uma terapia comprovada. Ele apenas sugere que, baseado em
dados in vitro, parecia uma boa ideia”, disse Alpert à Folha.
Além
disso, Alpert cita que, na época da publicação do estudo, existiam menos dados
sobre o uso de medicamentos contra a Covid-19. Agora, com mais pesquisas
publicadas, já se sabe que o remédio não tem eficácia comprovada no combate ao
vírus.
“Então, a sugestão de que a cloroquina como prevenção fazia mais sentido naquele momento em comparação com agora, quando temos uma boa quantidade de informações negativas sobre o uso da droga em pacientes com Covid-19”, disse o editor.
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