"O
momento da "lava jato" foi um extremo que propiciou este momento de
ódio a que nós estamos assistindo", destacou Luiz Flávio Borges,
presidente de honra da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas e
ex-presidente da OAB-SP
247 - Em entrevista ao Conjur, o criminalista Luiz
Flávio Borges, presidente de honra da Associação Brasileira dos Advogados
Criminalistas e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo,
por três mandatos, afirmou o clima de ódio que ainda impera na sociedade
brasileira foi alimentado pela ação de agentes do Estado na "lava
jato".
Segundo ele, os
abusos cometidos por procuradores e juízes foram muitos, levando a sociedade a
exigir punição sumária para qualquer pessoa que tivesse seu nome citado na
"lava jato", fosse qual fosse a acusação — o que incluía os advogados
dos acusados.
"O
momento da "lava jato" foi um extremo que propiciou este momento de
ódio a que nós estamos assistindo. Havia uma onda, foi um tsunami, começou lá
com a história do Moro (Sergio Moro,
ex-juiz e ex-ministro da Justiça), com o Ministério Público, aí veio a
imprensa, veio a opinião pública… De repente estava todo mundo contra aqueles
alvos de acusação, pouco importando se aquilo era procedente, se era
verdadeiro, bastava ser acusado da "lava jato" e o indivíduo virava
leproso", destacou.
No entanto, D'Urso
acredita que a sociedade começa a perceber esses abusos e a exigir das
autoridades que respeitem a lei.
"A
"lava jato" é importante, prestou um serviço, mas nós não podemos
aplaudir e não denunciar os abusos. O que houve de positivo tem de ser
elogiado, não tenha dúvida, mas tivemos muito abuso, muita ilegalidade. E aí,
para conter o Estado nessa ânsia, passamos a ver essa reação, o pêndulo começou
a voltar", disse.
Leia a entrevista completa no site Conjur.
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