Maioria
das chefes de família em lares nas periferias, são as mulheres que enfrentam a
luta pela sobrevivência, agravada com o avanço do desemprego e o fim do auxílio
emergencial
Rede Brasil Atual - O governo de Jair Bolsonaro tem sido uma
ameaça direta à vida das mulheres. A facilitação do acesso às armas, por
exemplo, colabora para uma “epidemia” de feminicídio no país. Maioria das
chefes de família em lares nas periferias, também são elas que enfrentam a luta
pela sobrevivência, agravada com o avanço do desemprego e o fim do auxílio
emergencial. Além da dupla ou tripla jornada, agora também recaem sobre elas os
cuidados com vítimas da covid-19, que sobreviveram à doença, mas apresentam
graves sequelas,
Nesse sentido, a
jornalista e psicóloga Patricia Zaidan, da coordenação do Levante das Mulheres
Brasileiras, defende a união de organizações, movimentos e coletivos feministas
por todo o país na campanha #MulheresDerrubamBolsonaro.
Esse
movimento foi criado ainda em maio do ano passado. No mês seguinte, elas
publicaram o Manifesto das Mulheres Brasileiras, que cobrava que instituições
como o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) tomassem providências contra os “inúmeros crimes”
cometidos por Bolsonaro e o seu governo.
“São essas
mulheres que estão tentando proteger a vida dos seus filhos. Para evitar que
eles sejam assassinados pelas milícias, na mão de traficantes ou sejam
atingidos pela polícia militar que age indistintamente nas periferias. Agora
voltamos à carga com esses pedidos. O impeachment é urgente. É uma questão de
salvar a população da morte”, disse Patrícia em entrevista ao Jornal Brasil
Atual nesta quarta-feira (27).
Para além da omissão
Com o
avanço da pandemia, a situação se agravou ainda mais. Na mesma medida, elas
pretendem ampliar a pressão, nas redes sociais e também nas ruas, pelo
impeachment de Bolsonaro.
De
acordo com Patricia, é preciso “tomar o Ministério da Saúde” para fazer “parar
as mortes”. Ela citou estudo elaborado pela Faculdade de Saúde Pública da USP e
a pela organização Conectas Direitos Humanos, que mostra que houve ação
deliberada do governo Bolsonaro para auxiliar na disseminação do novo
coronavírus.
Assista à entrevista:
Nenhum comentário:
Postar um comentário