Melina
Fachin, uma das filhas do ministro do STF Edson Fachin, professora de Direito
Constitucional da universidade Federal do Paraná, assinou o manifesto pelo
impeachment de Jair Bolsonaro
247 - Uma das filhas do ministro Edson Fachin, ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal), assinou nesta quarta-feira (27) um manifesto
de professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná que
pede o imediato impeachment de Jair Bolsonaro. A informação é da jornalista Monica Bergamo, em sua coluna no jornal
Folha de S.Paulo.
Melina Fachin é
professora de Direito Constitucional da universidade. O sócio dela, Carlos
Eduardo Pianovski, também endossou o documento. Ele é professor de Direito
Civil.
"O
movimento foi organizado autonomamente pelos professores. É uma iniciativa de
cidadãos que percebem os problemas que condutas do presidente têm causado,
notadamente em relação à saúde pública e à democracia", afirmou Pianovski
à coluna de Mônica.
No dia 23 de janeiro, 1,4 mil alunos da USP, incluindo juristas como Dora
Cavalcanti, Igor Tamasauskas, Pierpaulo Bottini, Aloísio Lacerda Medeiros e os
professores da casa Sebastião Tojal e Helena Lobo, assinaram também um
manifesto exigindo a saída de Bolsonaro do poder.
Leia a íntegra do
manifesto assinado por Melina Fachin:
"As
professoras e os professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal do
Paraná, diante dos diversos crimes de responsabilidade cometidos pelo
presidente da República, manifestam-se pela abertura do processo de impeachment
e de seu julgamento político.
Desde que assumiu
a presidência, Jair Bolsonaro vandaliza a Constituição de 1988 ao fragilizar
nosso sistema democrático com ataques infundados às instituições, notadamente
as de controle e investigação: Ibama, Funai, ICMbio, Coaf e Polícia Federal são
os exemplos mais recentes e permanentes.
O
presidente da República atenta expressa e publicamente contra o livre exercício
dos demais Poderes, ataca a imprensa livre, e incentiva e apoia a perseguição a
jornalistas e intelectuais que fazem um debate público e transparente sobre seu
governo.
Com o
advento da pandemia do novo coronavírus, Jair Bolsonaro passou a violar,
individual e institucionalmente, o direito fundamental à saúde de todas e todos
os brasileiros ao estabelecer uma política de governo e de Estado organizada
pelo não combate à COVID-19.
Assim agindo,
também prejudicou a diplomacia brasileira estratégica e comercialmente,
tornando o Brasil um pária.
Há,
diante de tudo isso, massivas violações a direitos humanos e evidentes e
sucessivos crimes de responsabilidade que merecem, urgentemente, apuração,
processamento e julgamento."
Nenhum comentário:
Postar um comentário