Ex-deputado
federal Eduardo Cunha relata no livro "Tchau Querida, o Diário do
Impeachment” , que deverá ser lançado em abril, que o golpe que resultou no
impeachment de Dilma Rousseff foi tramado no apartamento de Rodrigo Maia, no
Rio, e contou com o apoio do PSDB
247 - O ex-deputado federal Eduardo Cunha, condenado a
14 anos e seis meses de prisão no âmbito da Lava Jato, relata no livro “Tchau
Querida, o Diário do Impeachment”, que deverá ser lançado em abril, que o
golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da então presidente Dilma
Rousseff, foi tramado no apartamento do atual presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), e contou com o apoio do PSDB. De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, Cunha relata, ainda, que o
primeiro pedido de afastamento foi feito pelo então deputado Jair
Bolsonaro.
Segundo Cunha, a
reunião que resultou na trama que desaguou no afastamento da presidente Dilma
Rousseff teria sido realizada no apartamento do Rodrigo Maia, no Rio de
Janeiro. Além deles, os deputados Carlos Sampaio, à época líder do PSDB na
Câmara, e Bruno Araújo, atual presidente nacional da legenda tucana, teriam
participado do encontro.
Na
obra, Cunha também diz que o deputado baleia Rossi (MDB-SP), que atualmente é o
candidato de Maia e conta com o apoio do PT na disputa pela presidência da
Câmara, também teria atuado nas articulações do impeachment. Michel Temer,
então vice-presidente, também terá tido um papel fundamental no processo.
Segundo o
ex-parlamentar, Temer “simplesmente quis e disputou a Presidência de forma
indireta”. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido
impeachment”, assegura.
Sobre a
participação de Jair Bolsonaro, ele afirma que “o primeiro pedido de
impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção
na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados,
Bolsonaro foi o único que recorreu”.
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