Com o fim
do auxílio emergencial, a pandemia ainda em curso e a alta nos preços de
alimentos e habitação, o governo Jair Bolsonaro assiste, inerte, à volta da
população brasileira à pobreza
247 - Não é novidade que o auxílio emergencial conseguiu
em 2020 frear a queda da economia brasileira diante da crise da pandemia de
Covid-19. O governo federal, no entanto, decidiu não estender o benefício em
2021, mesmo diante do apelo do povo. Com esta posição, Jair Bolsonaro assiste
,inerte, milhões de brasileiros voltando à pobreza.
Em relato à BBC,
o vendedor ambulante Josielson Cardoso, de 33 anos, conta seu drama pessoal:
“só adulto aguenta porrada. É muito complicado pra criança. Não sou só eu que
estou sofrendo. Tenho três filhos. A gente recebe um pouco de feijão daqui,
farinha dali, um frango pra comer na semana. Familiares vão ajudando. Mas,
ontem, eu jantei queijo. O queijo que eu peguei fiado para vender e
sobreviver”.
Dias
atrás, Josielson teve uma crise de choro diante dos filhos quando eles lhe
pediram dinheiro para comprar merenda. “É uma dor muito doída quando nossos
filhos pedem e não temos o que dar. Antes a gente tinha o auxílio emergencial,
mas agora acabou. E, sem as doações que a gente consegue, eles estariam
passando fome".
O vendedor, antes
da pandemia, lucrava cerca de R$ 1 mil por final de semana na comercialização
de bebidas em portas de festas e boates. Com o início do lockdown e eventos
proibidos, Josielson perdeu sua renda.
Ainda
que o auxílio emergencial de R$ 600 garantisse a refeição de sua família, o
valor não era suficiente. As dívidas aumentaram e o vendedor precisou abrir mão
da moto que tinha e de um freezer que utilizava para armazenar as bebidas que
vendia para obter alguma renda.
O cenário é trágico. Além do fim do auxílio, a economia
brasileira, sob a gestão de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes,
oferece aos brasileiros uma situação de alta no preço de alimentos e habitação.
Além disso, o fim da pandemia não parece estar próximo. O número de casos,
internações e óbitos seguem crescendo.
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