Diplomatas
na ativa e aposentados avaliam que o Brasil está pagando um preço alto na
questão das vacinas contra a Covid 19, por não ter valorizado as relações com a
Índia e a China nos dois últimos anos
247 - Diplomatas na ativa e aposentados avaliam
que o Brasil está pagando um preço alto na questão das vacinas contra a Covid
19, por não ter valorizado as relações com a Índia e a China nos dois últimos
anos. No caso da China, o governo Bolsonaro atacou diretamente, chegando a usar
termos xenofóbicos com a potência oriental e acusações de espionagem.
Fontes ouvidas
pela reportagem do
jornal O Globo afirmam que que a situação vai se resolver, mas os brasileiros
terão de esperar por mais tempo que outros parceiros internacionais, devido à
má condução da política externa brasileira pelo presidente Jair Bolsonaro e seu
chanceler, Ernesto Araújo.
Segundo
a reportagem, contrariando uma aliança histórica com a Índia no que diz
respeito à produção de medicamentos genéricos, o Brasil trocou de lado e se
colocou junto com os EUA contra uma proposta apresentada por indianos e
sul-africanos, em outubro do ano passado, na Organização Mundial do Comércio
(OMC), que permitia a suspensão de patentes de remédios e vacinas usados no
combate à pandemia. Outro fator que irritou indianos e chineses foi o fato de o
Brasil ter concordado em abrir mão do status de nação em desenvolvimento na
OMC, a pedido dos EUA, o que poderá enfraquecer as negociações com os países
desenvolvidos.
Os canais estão
obstruídos, resumiu um embaixador. E não há nem como recorrer ao Brics (bloco
formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, criado há cerca de
uma década), para que os dois países enviem insumos e imunizantes ao Brasil.
Isso porque o governo Bolsonaro comprou briga, de uma forma ou de outra, com
todos os integrantes do bloco.
Para um
diplomata que não quis se identificar, o governo brasileiro está "num mato
sem cachorro" e, com a substituição de Trump por Joe Biden, o Brasil
rompeu as pontes com os EUA, a China, a União Europeia e a América Latina. Esse
embaixador destacou que ninguém respeita subservientes, "nem os aliados
dos lacaios".
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