Ex-ministro
da Fazenda não consegue pagar suas contas, está com dívidas atrasadas e não
consegue mais prestar consultoria
247 – O ex-ministro Antonio Palocci, que foi homem forte
da economia no governo Lula e ministro da Casa Civil no governo Dilma, está
praticamente quebrado. É o que informa o jornalista André Guilherme Vieira, em reportagem publicada nesta segunda-feira no jornal
Valor Econômico. De acordo com sua apuração, Palocci tem seu nome protestado em
ao menos dois cartórios. "Uma das pendências financeiras envolve o não
pagamento de uma conta de celular da concessionária Oi no valor de R$ 199,63,
correspondente ao mês de setembro de 2018. Um dos apartamentos de Palocci, nos Jardins,
em São Paulo, com valor de mercado estimado em cerca de R$ 10 milhões, tem
condomínios e o IPTU em atraso", informa o jornalista.
André Vieira
também informa que o ex-ministro teria deixado de pagar parte dos honorários
devidos a seus defensores em razão de sua situação financeira. Ele também
aponta que a Projeto, firma de consultoria de Palocci que lhe rendeu R$ 81,3
milhões em serviços pagos por 47 empresas até novembro de 2016, hoje amarga uma
ação trabalhista no valor de R$ 280 mil movida pela ex-sócia Rita de Cassia dos
Santos e que tramita na 11ª Vara de São Paulo. Em razão disso, a juíza do
Trabalho Mara Regina Bertini solicitou à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba
informações sobre o andamento do processo envolvendo o bloqueio de patrimônio
da Projeto. "Para piorar o cenário, recentemente o CNPJ da empresa foi
usado por um grupo de estelionatários para aplicar golpes na praça",
escreve ainda o jornalista.
Alvo da
Lava-Jato em setembro de 2016, Palocci ainda está com suas contas bloqueadas,
uma delas com saldo de R$ 30 milhões, e sua delação pode vir a ser anulada, em
razão da inconsistência de provas apresentadas. "No dia 14 de dezembro do
ano passado, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma decisão
que excluiu a delação de Palocci de uma ação penal a que o ex-presidente Lula
responde sob acusação de receber R$ 12,5 milhões da Odebrecht - a quantia seria
destinada à aquisição de um imóvel para abrigar uma nova sede do Instituto
Lula, de acordo com o MPF de Curitiba", recorda o jornalista. A decisão
foi tomada porque os ministros consideraram que o ex-juiz Sergio Moro agiu
politicamente no caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário