"Não
é eu que vou perder, o Brasil vai perder. Os senhores também vão perder",
disse Jair Bolsonaro sobre a greve dos caminhoneiros prevista para ter início
nesta segunda-feira (1). Ainda segundo ele, a redução dos tributos sobre o
diesel resultaria em uma perda de receita de R$ 26 bilhões
247 - Jair Bolsonaro voltou a apelar para que os caminhoneiros
não façam a paralisação nacional marcada para ter início nesta segunda-feira
(1). Apesar do pedido, ele disse que não reduzir os tributos sobre o preço do
óleo diesel – principal reivindicação da categoria – alegando que isso
resultaria em um perda de receita bilionária aos cofres públicos.
"A gente
apela para os caminhoneiros, eles realmente são o sangue que leva o progresso,
todo o movimento dentro do Brasil. Não é eu que vou perder, o Brasil vai
perder. Os senhores também vão perder", disse Bolsonaro neste sábado, de
acordo com reportagem do jornal Folha de S.
Paulo.
Ele
disse, anda, que a redução do PIS/Cofins incidentes sobre o diesel resultaria
em uma perda de receita da ordem de R$ 26 bilhões. "A Receita apresentou
para mim onde eu poderia achar parte desse recurso. É cobrir um santo e
descobrir outro”, disse. "Eu gostaria, não sei se estou certo, porque tem
que falar com o Paulo Guedes [ministro da Economia] antes, que não tivéssemos
esse impedimento na Lei de Responsabilidade Fiscal, [de] ao diminuir imposto
ser obrigado a achar a fonte para compensar o que foi diminuído em outro local.
Se não tivesse, eu zeraria agora imediatamente os R$ 0,33", justificou. Na
semana passada, a Petrobrás anunciou um aumento médio de 4,4% nos preços dos
combustíveis.
"Vocês têm
razão nas reivindicações, no passado houve muita gente comprando caminhões, por
planos de governos anteriores. Há um excesso de caminhões na praça. Isso ajuda
a diminuir o valor do frete, o que não é bom", disse.
Bolsonaro
também afirmou não querer “culpar terceiros” pelo problema e que os preços
praticados pela Petrobrás seguem a cotação internacional. "O Brasil todo
perde com uma greve. Sabemos dos problemas deles, eu não quero culpar
terceiros. Nós fizemos já alguma coisa por eles. Agora, fui em cima da
Petrobras, para pegar números. Eu não interfiro na Petrobras. O preço do
combustível registrado pelo [Roberto] Castello Branco, seu presidente, leva em
conta basicamente o preço da cotação do dólar internacional e o preço do dólar
internamente", destacou.
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