Alvo de
panelaços e em meio ao caos em Manaus, Jair Bolsonaro voltou a desafiar as
recomendações médicas. "Esse lockdown, esse isolamento causa muito mais
morte, por depressão, por suicídio, por falta de emprego lá na frente do que a
própria pandemia em si", disse ele
Sputnik – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta
sexta-feira (15) que o isolamento social, recomendado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) para combater o coronavírus, matou mais brasileiros do que a
COVID-19.
Em entrevista para
o programa Pingo nos Is, da rádio Jovem Pan, o presidente afirmou ainda que
"não ter por que ter esse trauma todo apenas preocupado com a
COVID-19".
"Esse
lockdown, esse isolamento causa muito mais morte, por depressão, por suicídio,
por falta de emprego lá na frente do que a própria pandemia em si. Eu não tenho
aqui os dados, o número de mortes por tipo de doença. A COVID-19 tá mais lá
embaixo. Então não tem por que ter esse trauma todo apenas preocupado com a
COVID-19", disse Bolsonaro.
O chefe de Estado
também afirmou que cirurgias estão sendo adiadas por conta da pandemia e
questionou o número de pessoas que morrem de câncer. "Os mais variados
possíveis, porque não vão para o tratamento", disse.
Além
disso, Bolsonaro defendeu o retorno das aulas presenciais, argumentando que as
crianças e jovens são mais resistentes ao coronavírus.
'Temperatura
subiu'
Sobre a
situação de Manaus, onde o sistema de saúde entrou em colapso nos últimos dias,
com pacientes de COVID-19 morrendo por falta de oxigênio, Bolsonaro disse que
os "problemas começaram a aparecer" na semana passada, quando a
"temperatura subiu" na cidade.
O
presidente afirmou ainda que enviou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para
Manaus, e que o governo está "fazendo o possível", mas que foi
surpreendido ao encontrar o sistema de saúde em uma "situação bastante
complicada".
Segundo
dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra 208.246 mortes e 8.393.492
casos da COVID-19. O governo espera iniciar a vacinação da população na semana
que vem. A expectativa é de que a Anvisa libere o uso emergencial das vacinas
de Oxford e CoronaVac neste domingo (17).
fonte: Brasil 247
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