No início
da pandemia do novo coronavírus no Brasil, Jair Bolsonaro afirmou que haveria
800 mortos pela Covid-19. O país fechou 2020 com mais de 190 mil mortes
247 - No início da pandemia do novo coronavírus no
Brasil, Jair Bolsonaro, buscando minimizar a pandemia, afirmou que haveria 800
mortos pela Covid-19. O país fechou 2020 com mais de 190 mil mortes.
Assim, o número
real foi cerca de 237 vezes maior do que o “previsto” por Bolsonaro. “Se
concorrer ao troféu Osmar Terra de previsões, leva”, ironiza o
colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Adotando
uma política negacionista, Bolsonaro disse frases bizarras ao longo da
pandemia, que continua a aumentar no Brasil.
Para justificar a
catástrofe sanitária, ele disse que "não adianta fugir disso, fugir da
realidade. Tem que deixar de ser um país
de maricas”.
Quando
o Ministério da Saúde cancelou um acordo de cerca de R$ 2 bilhões para adquirir
a vacina chinesa CoronaVac, e em seguida a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) cancelou temporariamente os testes em cima do imunizante,
produzido pelo Instituto Butantan e principal instrumento de auto-propaganda do
governador de São Paulo, João Dória (PSDB), adversário do bolsonarismo na
direita, Bolsonaro comemorou:
"Morte,
invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os
paulistanos a tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser
obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro
ganha".
Ele também tem se
colocado contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 e decidiu fazer
uma piada com o tema. "Vacina
obrigatória só aqui no Faísca", disse em selfie com seu cachorro
(Faísca) em uma postagem em redes sociais.
Após
alegar ter contraído Covid-19, em julho de 2020, Bolsonaro afirmou que iria
continuar “despachando” e disse à população que “não
precisa entrar em pânico”, apesar das milhares de mortes pela doença já
naquela época.
Ao
conversar com apoiadores no Palácio do Planalto, ele ainda foi grosseiro com
uma mulher que o perguntou sobre o número de mortes da Covid-19: "cobre do seu governador".
Já em abril, ao
ser perguntado sobre o então recorde de mortes diárias pela Covid-19, Bolsonaro
respondeu: "E daí? Lamento. Quer que eu
faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre".
Neste
mesmo sentido, ele também disse que “é a vida”
e que a realidade é que “vamos todos morrer
um dia”.
"Pelo
meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me
preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem
disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão", afirmou no
início da pandemia.
“Está superdimensionado, o poder destruidor desse
vírus", disse em evento em Miami no dia 9 de março.
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