domingo, 8 de novembro de 2020

Biden na Casa Branca vai isolar ainda mais governo brasileiro, aponta especialista

A mudança de governo nos EUA "pode se traduzir em um isolamento ainda maior do Brasil" no cenário internacional, principalmente devido à questão ambiental, disse especialista à Sputnik Brasil

Ernesto Araújo e Bolsonaro (Foto: Palácio do Planalto)

247 - Neste sábado (7), o candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, derrotou o rival republicano, Donald Trump.

Para Alessandro Biazzi Couto, professor e pesquisador do CEFET-RJ, o atual alinhamento brasileiro aos EUA é uma questão de afinidade ideológica entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, mais do que políticas de Estado. Por isso, a saída do republicano da Casa Branca pode prejudicar o governo brasileiro e afastar os EUA de seu aliado na América do Sul. 

"O alinhamento com os Estados Unidos nesse período esteve vinculado diretamente às ações de Trump. Logo, a mudança pode se traduzir em um isolamento ainda maior do governo brasileiro, tanto nas pautas de gênero, sexualidade e proteção do meio ambiente, quanto em relação ao conflito Israel-Palestina. A tendência é de que os democratas revisem em grande medida a posição isolacionista adotada por Trump e, com isso, as relações com o presidente do Brasil", disse Biazzi na Sputnik.

Democratas podem exigir abertura maior de mercado

Segundo o especialista, mesmo quando era candidato, Bolsonaro, "de forma inédita na política externa brasileira, estabeleceu um vínculo pessoal, ideológico e até familiar com a administração Trump e segmentos da  extrema-direita conservadora e militarista dos Estados Unidos". 

Por outro lado, o pesquisador afirma que as negociações para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e as vantagens econômicas que a aproximação com os EUA poderia trazer foram "bastante limitadas, mesmo no governo Trump". Além disso, Biazzi diz que a administração democrata pode exigir uma "abertura ainda maior do mercado brasileiro".

"Acredito que uma administração democrata, além de buscar uma proteção de segmentos sensíveis da economia estadunidense, vincule possíveis avanços na pauta comercial com o Brasil a um maior comprometimento com a proteção da Amazônia e do meio ambiente, como parte dos países Europeus adotaram recentemente no acordo com o Mercosul, ou mesmo exija uma abertura ainda maior do mercado brasileiro, no setor industrial e de serviços, como era proposto na ALCA", refletiu. 

'Quase como um Estado pária'

O especialista diz que Biden "já sinalizou uma postura crítica sobre a política ambiental brasileira, de forma similar a líderes europeus". 

Sem o ponto de apoio da administração conservadora dos Estados Unidos, o governo brasileiro ficaria ainda mais isolado no tema ambiental, quase que como um Estado pária. Haveria uma perda ainda maior do prestígio, credibilidade e influência construídos no passado recente, por exemplo, na liderança brasileira na participação das COPs, no âmbito do G-20 e na organização da RIO+20 em 2012", afirmou.

Biden e a temática ambiental

Para Pedro Vasques, doutor em ciência política pela Unicamp, a administração democrata deverá "recuperar o protagonismo dos Estados Unidos nas arenas multilaterais marginalizadas pelo governo Trump", o que pode forçar os EUA a agirem na temática ambiental.

"Mesmo caso Biden se distancie dessa agenda ao longo de sua administração, ele deverá ser pressionado em várias frentes, que incluem desde representantes de seu partido até os atuantes movimentos ambientalistas, compelindo-o a agir em favor da temática ambiental", avaliou o pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).

  

Após queda de Trump, internautas fazem campanha contra Bolsonaro e outros líderes da extrema direita: 'Você é o próximo'

 

Governantes de extrema direita pelo mundo foram citados nas redes sociais como os próximos a serem afastados do poder. Bolsonaro é um deles

Viktor Orban e Jair Bolsonaro podem ser os próximos a sofrer derrotas eleitorais (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - Líderes mundiais alinhados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram lembrados no Twitter por opositores após a confirmação neste sábado da vitória do candidato democrata Joe Biden nas eleições americanas. Entre os alvos de "aviso prévio" nas redes está Jair Bolsonaro, que lidera um governo de extrema direita no Brasil.

No início da tarde deste sábado, pouco após a confirmação da vitória de Biden na Pensilvânia, a hashtag #BolsonaroEoProximo se tornou um dos assuntos em alta no Twitter, assim como a frase "Chora Bolsonaro". 

Políticos de oposição ao governo Bolsonaro, com os deputados federais Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), se juntaram ao coro dos internautas na comemoração da derrota de Trump, e tuitaram a frase "Bolsonaro, você é o próximo", informa O Globo.

Além do presidente brasileiro, outro alvo das redes após a derrota de Trump foi o filipino Rodrigo Duterte, considerado um dos mais notórios representantes da extrema-direita mundial. A hashtag #OustDuterteNOW ("Derrubem Duterte Agora", em tradução livre), já usada em outros momentos contra o presidente das Filipinas, ressurgiu nas redes neste sábado em posts que comemoravam a vitória de Biden. Trump e Duterte, também eleito em 2016, já trocaram elogios entre si. 

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, expoente da extrema-direita e um dos principais aliados de Trump na Europa, também foi lembrado no "aviso prévio" das redes.  

 

Empobrecimento: sem renda, classe média corta plano de saúde e escola, diz pesquisa

 

Itens estão entre as principais despesas revistas por famílias, diz pesquisa; 35% disseram que dispensaram empregadas ou babás

(Foto: Marcos Santos / USP Imagens)

247 - Reportagem do Estado de S.Paulo mostra como a péssima situação econômica do País tem afetado a classe média, que está cada vez mais pobre. O artigo mostra a situação de algumas famílias que precisaram cortar o ensino na rede privada e ir para a rede pública. O mesmo ocorre com o plano de saúde.

Pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva para o jornal mostra que 53% da classe média teve de cortar um destes três itens: plano de saúde, contratação de empregada doméstica ou babá e pagamento de mensalidade em escola particular. O porcentual diz respeito apenas à população que tinha, antes da Covid-19, pelo menos um desses serviços.

Apesar do enfoque na pandemia do novo coronavírus, que agravou a situação econômica, essa tendência de empobrecimento da classe média acompanha um quadro de empobrecimento geral da população brasileira depois do golpe de 2016, com os ataques aos aumentos anuais do salário mínimo, o desemprego e encarecimento dos preços.

Na sexta feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, indicador que mede a inflação oficial do País, avançou 0,86% em outubro. Foi a maior taxa para o mês de outubro desde 2002.

Mais do que o resultado fechado em outubro, o IBGE identificou também um aumento do chamado “índice de difusão”, que mede a proporção de itens com alta de preços diante do total monitorado.

A pesquisa da Locomotiva mostra também que 64% dos brasileiros da classe média estão com alguma conta em atraso.

 

Luis Arce toma posse neste domingo na Bolívia, na presença de líderes internacionais

 

O presidente eleito Luis Arce toma posse hoje na Bolívia depois de um ano de vigência de um governo golpista, de uma ampla resistência popular e eleições em que obteve um triunfo espetacular nas urnas. Delegações internacionais chegam ao país andino para participar da cerimônia

Bolívia – Festa da vitória do presidente eleito, Luís Arce, do MAS (partido de Evo Morales). 19 de outubro de 2020 (Foto: Twitter)

247 - O presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, toma posse neste domingo (8). Já se encontram em solo boliviano o presidente de Argentina, Alberto Fernández e o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.

A cerimônia de posse de Luis Arce e David Choquehuanca acontecerá na sede da Assembleia Legislativa, informa a Telesul.

Vários chefes de estado da região e do resto do mundo chegam à Bolívia para assistir à posse de Luis Arce e David Choquehuanca como presidente e vice-presidente da nação, respectivamente, após a vitória eleitoral de 15 de outubro.

 

Cantora Vanusa morre aos 73 anos em casa de repouso em Santos

 

A cantora Vanusa morreu neste domingo em uma casa de repouso em Santos, no litoral paulista, onde morava há dois anos. Causa da morte teria sido insuficiência respiratória

Vanusa (Foto: Divulgação)


247 - A cantora Vanusa morreu na manhã deste domingo (8) em uma casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo, onde estava morando há mais de 2 anos. A  causa da morte teria sido insuficiência respiratória.

Em setembro e outubro, Vanusa esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos, por causa de um quadro grave de pneumonia.

Segundo funcionários da casa de repouso, neste sábado (7), Vanusa recebeu a visita de Amanda, a filha mais velha. Ela cantou, brincou, riu e se alimentou bem.

Segundo a assessoria de imprensa da cantora, o filho Rafael Vannucci está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e mais informações serão repassadas no final do dia, informa o G1.

Com mais de 20 discos lançados ao longo da carreira, e 3 mais de milhões de cópias vendidas, a cantora e compositora era mais identificada com a canção popular do que com a MPB, mas flutuou entre gêneros como rock, funk americano e samba.

 

Moro e Huck negociam aliança para disputar Presidência em 2022

 

O ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro teve um encontro em Curitiba com o apresentador da Globo Luciano Huck. A dupla busca lançar uma chapa à Presidência em 2022 e se apresentar como "terceira via"

Moro e Huck (Foto: divulgação)


247 - O apresentador da TV Globo Luciano Huck e o ex-ministro Sergio Moro iniciaram conversas para formar uma aliança na eleição presidencial de 2022.

Eles tiveram um longo encontro no apartamento de Moro, em Curitiba, no dia 30 de outubro, em que acertaram a intenção de se unir no que chamam de espécie de “terceira via” para disputar o Palácio do Planalto daqui a dois anos, informa a Folha de S.Paulo.

Como foi um início de discussão, ambos decidiram avaliar quem será o cabeça de chapa durante o ano de 2021

Huck e Moro já tinham se encontrado antes na edição de 2019 do Fórum Econômico Mundial, em Davos, quando Moro, então ministro da Justiça do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, acompanhava a participação do chefe. 

Ambos consideram que há espaço para a construção de uma candidatura em 2022 com a marca da “racionalidade”, que não esteja ligada nem à direita bolsonarista nem à esquerda.  

Sendo em essência de direita, Huck e Moro dizem que um dos objetivos mais imediatos é buscar construir uma frente incorporando líderes com perfil centrista.

De qualquer forma, Moro e Huck não definiram uma lista fechada de pessoas que querem atrair para o projeto, apenas o objetivo geral de agregar apoios. Ambos ficaram de voltar a conversar em breve sobre a ideia desta “terceira via”.

Moro e Huck precisariam se filiar a partidos políticos até abril de 2022, seis meses antes da eleição para viabilizar a chapa. O apresentador é próximo do Cidadania, ex-PPS, que já lhe ofereceu legenda no passado. Já Sergio Moro recebeu sondagens de diversas legendas de direita quando saiu do governo, como Podemos e Novo. 

 

Arapongas não registra novos casos de coronavírus neste sábado



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (07/11) que não houveram registros de novos casos de COVID-19 no município. O município permanece com 4.653 casos dos quais 4.340 já estão curados (93,3%), 199 ainda estão com a doença e 114 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 26.585 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
O município possui 173 casos que aguardam resultados. 
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19 não há pacientes internados na UTI e também não há pacientes internados na enfermaria;
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, existem 10% dos 30 leitos de UTI e 2,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

 

Apucarana registra 29 casos de Covid-19 neste sábado



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou neste sábado (7) mais 29 casos de Covid-19. Com isso, Apucarana soma 1.713 diagnósticos positivos da doença. O município segue com 51 óbitos e tem agora 113 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 1.584.

Os resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São 11 homens (16, 18, 27, 32, 34, 40, 41, 47, 48, 51 e 64 anos) e 18 mulheres (18, 26, 29, 29, 30, 32, 37, 38, 45, 46, 48, 49, 53, 54, 59, 61, 80 e 81 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 11.654 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 351.

Já foram testadas 13.950 pessoas, sendo 7.660 em testes rápidos, 5.014 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.276 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São seis pacientes de Apucarana internados, um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco em leitos de enfermaria.

O município tem 78 casos ativos de Covid-19.