quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Estadão diz, em editorial, que Bolsonaro é um presidente ignorante que atua contra a saúde dos brasileiros

 

“É a ignorância que se faz arbítrio”, aponta o editorialista

Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

247 - O jornal Estado de S. Paulo, que na disputa presidencial de 2018, dizia ser muito difícil escolher entre um professor universitário e um miliciano hoje afirma que Jair Bolsonaro é um ignorante que atenta contra a saúde dos brasileiros.

“Ontem, o presidente Bolsonaro reiterou que, durante seu mandato, não quer o Ministério da Saúde atuando pela saúde pública. O que ele deseja – e assim faz valer – é uma pasta incondicionalmente subserviente a suas idiossincrasias políticas e ideológicas”, aponta o jornal, em editorial.

O texto diz que o ministro Eduardo Pazuello tornou-se, num período de seis meses, o terceiro ministro da Saúde a ser desmentido publicamente pelo presidente Bolsonaro, simplesmente por agir de forma coerente com o interesse público e as evidências médicas. 

Mas o presidente Bolsonaro voltou a desmentir ontem mesmo o Ministério da Saúde, dizendo que mandou “cancelar” o protocolo de intenções assinado na terça-feira. “Presidente sou eu”, disse, como se a loucura de impedir o trabalho do Ministério da Saúde pudesse ter alguma similaridade com o exercício da autoridade. “É a ignorância que se faz arbítrio”, escreve o editorialista.

 

MAS vence de novo em 86 locais de votação nos quais a OEA acusou falsamente que teria havido fraude em 2019

 

Comparação dos resultados das eleições bolivianas de 2020 com a de 2019 mostra que o partido de Evo e Arce venceu de novo em 86 circunscrições nas quais a OEA alegou falsamente a ocorrência de “fraude”

Boliviana vota em seção eleitoral durante a eleição presidencial em La Paz, Bolívia, 18 de outubro de 2020 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - Um ano depois, o relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) que, de maneira falsa, apontou fraudes nas eleições de 2019 na Bolívia foi desmoralizado em definitivo. O Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (Celag), comparou os resultados de 2019 com os deste domingo em 86 circunscrições em que foram apontadas irregularidades no informe da OEA. O Movimiento al Socialismo (MAS), partido de Evo Morales e Lucho Arce vencem todos os 86 centros eleitorais novamente, como vencera em 2019.

O relatório da OEA foi a principal fonte de apoio às denúncias da oposição que culminaram na renúncia de Evo Morales, pressionado por forças militares e policiais.

Segundo o informe da OEA, uma perícia técnica que jamais existiu teria identificado que atas de diferentes mesas de votação haviam sido preenchidas por uma mesma pessoa, em locais onde o Movimento ao Socialismo (MAS) havia obtido 91% dos votos.

O relatório da OEA foi desmoralizado pelo do Celag, que analisou os votos deste ano nos 86 centros de votação contestados e concluiu que o MAS venceu novamente em todos eles, desta vez com uma média ainda maior de votos -com a diferença de que nas eleições passadas o MAS estava no poder, e este ano um governo de direita o país estava sob a tutela de um governo oriundo do golpe de Estado.

O falso informe da OEA apontava que as atas supostamente fraudadas corresponderiam a 38.001 votos. Desses, o MAS teria obtido 91%, totalizando 34.718, “quase o número de votos que permite a Evo Morales evitar o segundo turno”. Este ano, o MAS venceu com uma média de 97% dos votos nesses locais.

“São locais onde votam muitos camponeses, que historicamente sempre foram a favor de Morales. Ou seja, a alta porcentagem de votos para o MAS não é pouco usual. E esses seis pontos percentuais a mais em relação ao ano passado nesses centros de votação coincidem com os seis pontos percentuais a mais que Arce deve obter em relação a Morales”, afirmou Alfredo Serrano, diretor do Celag à jornalista Marina Gonçalves, de O Globo.

PT orienta candidatos a defenderem, no horário eleitoral, a anulação da condenação de Lula

 

A direção nacional do PT orientou os candidatos do partido na eleição municipal de todo País a defenderem no horário eleitoral do próximo dia 27 que o STF anule a condenação do ex-presidente Lula, que fará 75 anos nessa data

Alessandro Dantas | PT no Senado (Foto: Alessandro Dantas | PT no Senado)


247 - A direção nacional do PT, presidida pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), orientou os candidatos do partido na eleição municipal de todo País a defenderem no horário eleitoral do próximo dia 27 que o Supremo Tribunal Federal anule a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá (SP). Nessa data, o petista completa 75 anos.

"Orientamos a pautar nossa propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV neste dia com homenagem a Lula, com a mensagem #AnulaSTF, pela recuperação de plenos direitos políticos para Lula! Essa deve ser uma bandeira de todos os democratas no país", afirma o comunicado assinado pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, e pelo diretor de Comunicação, Markus Sokol. O relato foi publicado pelo jornal O Globo.

A legenda também anunciou que a TVPT na internet fará uma programação especial no dia 27 em comemoração ao aniversário do ex-presidente. "Nas praças, podemos organizar festas de 75º Aniversário de Lula, colocar banquinhas do diretório ou candidatos para conversar com as pessoas e esclarecer sobre o processo do Lula", orienta a direção do partido.

O ex-presidente foi condenado sob acusação de ter recebido um apartamento como propina como OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento. E Sérgio Moro recebeu, ainda durante a campanha eleitoral, o convite da equipe de Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça. 

Secretários estaduais de Saúde culpam Bolsonaro por crise das vacinas e se opõem à demissão de Pazuello

 

Secretários estaduais de Saúde, favoráveis à compra da vacina chinesa pelo Brasil, culpam Jair Bolsonaro por crise gerada ao romper compromisso público assumido pelo ministro da Saúde de adquirir a vacina chinesa produzida em conjunto com o Instituto Butantan. Estes secretários se opõem à demissão de Pazuello

General Eduardo Pazuello, ministro da Saúde (Foto: Erasmo Salomão/MS)


247 - Tal como os governadores, os secretários de Saúde dos estados reagiram ao cancelamento da compra da vacina chinesa por parte de Jair Bolsonaro. Agora eles se unem não só na pressão para que o governo volte atrás, como na defesa da permanência de Eduardo Pazuello no cargo. 

Todos culpam Bolsonaro pelo episódio, informa o Painel da Folha de S.Paulo.  Em declarações à coluna, secretários mantiveram nesta quarta (21) os mesmos elogios que vinham fazendo a Pazuello e demonstram receio sobre quem poderia vir a substituí-lo.