sábado, 3 de outubro de 2020

Ato em defesa da Petrobrás terá a presença de Lula e Dilma neste sábado

“A resistência contra o desmonte do Estado está, como sempre, nas mãos da classe trabalhadora e da sociedade civil organizada”, adverte o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar

Deyvid Bacelar (Foto: Paulo Emílio)


Por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual – “O Supremo Tribunal Federal (STF), mais uma vez, coloca os interesses do mercado acima dos interesses nacionais.” A declaração é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), sobre o julgamento da mais alta Corte do país, concluído nesta quinta-feira (1º), em que autorizou a privatização de oito refinarias da Petrobras sem necessidade de aval do Congresso. A decisão, por 6 votos a 4, se deu na Reclamação n° 42576, proposta pelas mesas diretoras da Câmara e do Senado

O resultado do julgamento do STF “permite que o governo esquarteje não só a Petrobras como outras estatais, criando subsidiárias para vender o patrimônio público, à revelia do Poder Legislativo”, diz a FUP. “A resistência contra o desmonte do Estado está, como sempre, nas mãos da classe trabalhadora e da sociedade civil organizada”, adverte o coordenador geral da entidade, Deyvid Bacelar.

Para o escritório Advocacia Garcez, que representa os petroleiros, “diante de todos os retrocessos políticos que o Brasil vem atravessando nos últimos anos, o resultado do julgamento não é totalmente surpreendente, dado o atual projeto de retirada de direitos, aumento da exploração e entrega de nossa soberania nacional pelo atual governo”.

Abraço à Petrobras

Este sábado (3), data em que “nasceu” a Petrobras, há 67 anos, será marcado por manifestações em vários estados do país. O “Dia Nacional de Luta em Defesa do Patrimônio do povo Brasileiro” terá atos presenciais na manhã do sábado, entre os quais um “abraço” à estatal, em frente à sede da empresa, na avenida Chile (centro do Rio), às 10h.

Às 15h, será realizado o “Ato Virtual pela Soberania Nacional”, organizado por Frente Brasil Popular, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais e Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, entre outras entidades.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os deputados federais Marcelo Freixo (Psol-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) participam do ato virtual, que terá transmissão ao vivo pela Rede TVT (@redetvt) e pelo canal da FUP no Facebook. O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, e o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, também estarão no evento pela internet.

Desequilíbrio de poderes

“O que o STF fez foi desautorizar o Congresso, desequilibrando os poderes”, continua Bacelar. O advogado dos petroleiros, Ângelo Remédio Neto, lembra que a decisão tem caráter provisório, já que se deu em caráter liminar e o Supremo agora precisa se posicionar sobre o mérito, em data ainda não prevista. “Há muitos casos de mudanças, há um processo longo a ser tocado”, diz Remédio Neto.

Porém, o entendimento do STF sobre o “fatiamento” da Petrobras muito dificilmente será mudado. Mesmo assim, para o escritório Garcez, a derrota não significa que medidas contra a privatização das refinarias estejam encerradas. Os advogados  ajuizaram ações civis públicas que levantam o problema do monopólio regional e o risco de desabastecimento, tema do voto do ministro Ricardo Lewandowski. no julgamento de ontem.

O escritório também ajuizou ação  popular em Brasília  contra termo de compromisso de conduta  (TCC) firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)  e a Petrobras, criticado pelo mesmo ministro em seu voto. Novas iniciativas jurídicas serão construídas, diz o escritório, “durante esse processo repleto de irregularidades”.

Segurança nacional

Em um voto contundente, o ministro Ricardo Lewandowski lembrou no julgamento que a venda das oito refinarias “é uma entrega de mais ou menos a metade do mercado brasileiro no refino de petróleo”. Ele classificou como “meta-jurídicos” os argumentos usados pelos colegas para justificar o voto a favor do governo Bolsonaro e contra a soberania nacional.

Ele citou entrevista do engenheiro Ricardo Maranhão, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), para dizer que privatizar as refinarias “é um erro estratégico gravíssimo, uma negação dos objetivos que levaram à criação da Petrobras”.

“Estamos em face de uma questão que diz respeito à própria segurança nacional”, disse o ministro. “É importante que nós e a nação saibamos o que está ocorrendo neste processo.” Ele alertou para o fato de que o país vai “entregar algo pronto e acabado para a iniciativa privada”, que o Brasil aumentará a exportação de petróleo cru, aumentando a importação e “retomando o caminho (da dependência) colonial em pleno século 21”.

Votaram a favor das privatizações os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Os ministros Edson Fachin (relator), Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello foram vencidos. O decano Celso de Mello não participou da sessão, realizada remotamente.

As refinarias na iminência de serem privatizadas são Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco; Landulpho Alves (RLAM), na Bahia; Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná; Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais; Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; e Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará.

Confira comentário de Leonardo Stoppa na TV 247 sobre a venda das refinarias:

 

Sem reportagem, Jornal Nacional dá pouco mais de um minuto de destaque sobre legalidade de palestras de Lula

“A Lava Jato afirma que não há provas de irregularidade no pagamentos de palestras do ex-presidente Lula”, disse William Bonner na abertura do Jornal Nacional

(Foto: Reprodução JN)


247 - O Jornal Nacional, da TV Globo, deu apenas um minuto de destaque para falar sobre a decisão da Justiça que reconheceu legalidade nas palestras ministradas pelo ex-presidente Lula.

No entanto, a emissora da família Marinho não produziu reportagem. Os apresentadores William Bonner e Mariana Gross leram as informações que reconhecem não há provas que incriminem o ex-presidente Lula em razão das 23 palestras do ex-líder sindical que vinham sendo investigadas pela Lava Jato há cinco anos.

“A Lava Jato afirma que não há provas de irregularidade no pagamentos de palestras do ex-presidente Lula”, disse William Bonner na abertura do Jornal Nacional.

O telejornal apontou que a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, liberou metade dos valores bloqueados contra Lula levando em conta investigações da Polícia Federal e do MPF de que não há provas de o pagamento de palestras tivesse origem ilícita.

Gabriela Hardt reconhece, após 5 anos de acusações da Lava Jato, que não houve ilegalidades em palestras de Lula

Em sentença proferida no dia 24 de setembro, a magistrada afirmou que a Polícia Federal não encontrou indícios de que os pagamentos pelas palestras foram feitos com dinheiro de origem ilícita, como desconfiava o MPF


Do Conjur - Como não houve comprovação de que os valores bloqueados possuem origem ilícita, deve-se presumir a sua licitude, sendo necessário resguardar a meação que cabe ao embargante

Com esse entendimento, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, reconheceu não haver ilegalidades nas palestras feitas pelo ex-presidente Lula através do Instituto Lula. O caso era investigado desde 2015 pela força-tarefa da "lava jato" no Ministério Público Federal do Paraná.

Em sentença proferida no dia 24 de setembro, nos autos de embargos de terceiro, a magistrada afirmou que a Polícia Federal não encontrou indícios de que os pagamentos pelas palestras foram feitos com dinheiro de origem ilícita, como desconfiava o MPF. 

"No que tange aos demais fatos apurados naquela investigação, especialmente os pagamentos de valores em favor de Luiz Inácio Lula da Silva em razão de palestras por ele ministradas a diversas empreiteiras envolvidas na "lava jato", o MPF, na linha do relatório final apresentado pela PF, verificou a ausência de prova suficiente para embasar o oferecimento de acusação, promovendo o arquivamento em relação a referidos fatos", disse Hardt.

Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin, "essa sentença reconhece, tardiamente, o que sempre dissemos na defesa técnica do ex-presidente Lula e sobre os métodos ilegais da 'lava jato'".

Os embargos de terceiro foram ajuizados pelo espólio de Marisa Letícia Lula da Silva, representado por Lula, que é o inventariante. O pedido foi para liberar os ativos financeiros bloqueados em nome de Lula, a título de meação de Marisa Letícia e seu espólio, no processo do triplex do Guarujá.

De início, a liminar foi negada, pois, segundo a magistrada, não estava comprovada a licitude dos recursos, "havendo suspeitas de que são oriundos de valores recebidos por Lula em palestras". O MPF alegou, na época, que as palestras teriam sido superfaturadas como forma de repasse de vantagens indevidas ao ex-presidente. No entanto, isso não ficou provado, conforme a sentença de Hardt.

As investigações

No relatório final, a Polícia Federal afirmou que, considerando a natureza dos serviços prestados a título de palestras, os quais se presumem ocorridos, representando assim a própria contraprestação aos pagamentos, "não verificamos a prática de crime, ressalvadas apurações específicas que venham eventualmente a demonstrar a ocorrência".

Apesar disso, o MPF insistiu na tese acusatória. "Em que pese o relatório final produzido pela autoridade policial tenha concluído pela falta de indícios da prática de crime na contratação das palestras ministradas por Lula, referido entendimento não vincula eventual opinio delicti formada pelo Ministério Público, visto que tal instituição, por ser titular da ação penal nos termos do artigo 129, inciso I, da Constituição Federal, pode adotar providências como a requisição de novas diligências necessárias para o oferecimento de denúncia", disse o MPF em petição.

Porém, a força-tarefa acabou cedendo e, em seguida, opinou pelo arquivamento dos autos referentes às palestras: "Verifica-se a ausência de prova suficiente para embasar o oferecimento de acusação, razão pela qual promove o arquivamento em relação aos demais fatos". Sendo assim, na sentença, a juíza Gabriela Hardt reconheceu que o bloqueio integral dos valores de Lula e Marisa não mais se sustentava.

Desbloqueio de bens

Hardt julgou parcialmente procedente a ação de embargos de terceiro e determinou o desbloqueio de 50% dos valores de planos de previdência do ex-presidente, além de permitir a venda de dois veículos sequestrados anteriormente, mediante depósito de 50% do valor de cada um deles em juízo.

Com relação a quatro imóveis, Hardt destacou que foram submetidos à constrição somente a parte ideal de 50%, relativa à meação a Lula, a qual fica mantida. "Autorizo que a posse de referidos imóveis permaneça com o ex-presidente e/ou com seus prepostos, até ulterior decisão judicial", disse.

Inscreva-se na TV 247 e assista a boletim sobre o assunto: 


TSE fecha parceria com WhatsApp para combater notícias falsas

O Tribunal Superior Eleitoral anunciou na última quarta-feira uma parceria com as redes sociais para tentar combater a disseminação de notícias falsas durante as eleições municipais deste ano



247 - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou na última quarta-feira (30) uma parceria com as redes sociais para tentar combater a disseminação de notícias falsas durante o processo eleitoral deste ano. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo

No WhatsApp, um canal de comunicação específico será criado para denúncias de contas suspeitas de disparos de mensagens em massa. Essa prática de disseminação de conteúdo é vedada pela legislação eleitoral e pelos termos de serviço do app.

O TSE vai encaminhar todas as denúncias do canal de comunicação ao próprio WhatsApp, que irá fazer uma verificação e banimento das contas.

 

Arapongas registra 27 novos casos de Covid-19 e 47 curados


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta sexta (02/10) o registro de 27 novos casos, 47 curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 4.356 casos dos quais 3.933 já estão curados (90,3%), 321 ainda estão com a doença e 102 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 23.746 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que: 
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados em dias anteriores.
Entre os 27 casos confirmados, estão 14 do sexo feminino com a respectivas idades: 09, 09, 14, 16, 20, 23, 29, 30, 33, 38, 41, 46, 53 e 68 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 13 pacientes com as respectivas idades: 24, 24, 26, 28, 29, 32, 34, 36, 38, 49, 50, 61 e 63 anos
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 07 permanecem na UTI e 06 na enfermaria;
Referente aos leitos hospitalares ocupados em Arapongas, existem 46,6% dos 30 leitos de UTI e 15% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Com mais 12 resultados positivos, Apucarana chega a 1.350 casos confirmados de Covid-19



Com mais 12 resultados positivos, Apucarana chegou nesta sexta-feira (02) a 1.350 casos confirmados de Covid-19.  Segundo boletim da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), o município segue com 43 óbitos provocados pela doença e tem 82 suspeitas em investigação. O número de recuperados se mantém em 1.204.

Os resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São cinco homens (15, 20, 22, 35 e 42 anos) e sete mulheres (30, 31, 35, 40, 44, 51 e 53 anos).

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 10.059 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 368.

Já foram testadas 12.363 pessoas, sendo 7.268 em testes rápidos, 4.037 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.058 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes de Apucarana internados, sendo dois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sete em leitos de enfermaria.