terça-feira, 29 de setembro de 2020

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, diz Boulos em campanha

Alvo da Polícia Federal a mando de Bolsonaro, por fazer críticas ao governo no Twitter, candidato do PSOL à Prefeitura de SP diz que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros

Guilherme Boulos e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou que, apesar de tentarem, não vão conseguir lhe calar. Ele rebatia mais uma vez a ameaça da Polícia Federal que, a mando de Jair Bolsonaro, quer intimá-lo por críticas feitas por ele ao governo nas redes sociais.

“Querem me calar, mas não vão conseguir”, postou Boulos, ao pedir recursos para sua campanha. Ele também disse que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito da PF foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros, ao ainda ministro da Justiça Sérgio Moro.

A PF usou um tuíte que comparava Bolsonaro a Luís XIV para intimar Boulos. Na postagem, o candidato lembrou o fim da dinastia de Luís XIV. “Terminou na guilhotina”, afirmou. Segundo Guilherme Boulos, a tentativa de intimidação tem a ver com o apoio de Bolsonaro na capital a Celso Russomanno, que lidera as pesquisas.

O candidato do PSOL recebeu a solidariedade de Jilmar Tatto, que disputa a Prefeitura pelo PT: “vamos juntos na luta contra Bolsonaro”. E do PT, que soltou uma nota afirmando que a “ação da PF é mais um crime de Bolsonaro”. 

O deputado federal Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, reagiu enfaticamente à ameaça contra o candidato: “A Polícia Federal não pode ser corrompida por milicianos com ares de ditador. Intimar o Boulos por críticas à familícia é puro desespero dos Bolsonaros, na mira do MP com a denúncia da rachadinha. #NãoIrãoNosCalar”.

 



Lula provoca bolsonaristas que queimam livros e posta foto lendo biografia de Paulo Coelho

Ex-presidente agiu com ironia ao postar uma foto lendo um livro da biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros

(Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula agiu com ironia ao postar em suas redes sociais nesta terça-feira (29) uma foto lendo uma biografia do escritor Paulo Coelho, que foi vítima de bolsonaristas que queimaram seus livros. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um casal de bolsonaristas queimando livros de Paulo Coelho. A senhora explica o motivo do gesto: as críticas que o escritor tem feito contra o Brasil.

Pelo Twitter, ao compartilhar uma postagem das imagens, Paulo Coelho diz que a cena lembra o nazismo. “O bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia…”. Ele já havia postado na semana passada outro vídeo de alguém queimando seu best-seller “O Alquimista”, o livro mais traduzido no mundo.

Veja: 

Arapongas: Boletim da Covid-19 apresenta queda no número de contaminados e estabilidade nos óbitos



Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e em parceria com Universidade Estadual de Londrina (UEL), através do Núcleo de Gestão Pública (FAUEL-NIGEP/UEL), publicou nesta terça-feira, 29, o Boletim Epidemiológico nº 05 da Covid-19. Os dados semanais são do dia 20 a 26 de setembro. O novo informativo demonstra queda no número de pessoas contaminadas durante a semana, bem como estabilidade no número de óbitos ocorridos nos últimos 30 dias.

Entre as análises realizadas, comparadas com a semana anterior (13/09 a 19/09), destacam-se:

- Queda de 39,8% no número de casos nos últimos 7 dias

- Queda de 13% no número de casos nos últimos 30 dias

- Estabilidade no número de óbitos nos últimos 30 dias

- Redução de 20,7% no número de casos curados nos últimos 7 dias

- Aumento no número total de 8,8% de pessoa que já se curaram do COVID-19

- Aumento percentual de curados de 84,12% para 88,1%

- Aumento no número total de 3,67% de pessoas que já contraíram o COVID-19

- A Taxa de transmissão diminuiu de 1,10 para 1,09

- Registro de 07 óbitos nesta semana demonstrando crescimento quando comparado aos 05 óbitos na semana anterior.

O boletim demonstrou ainda que entre as regiões mais afetadas pela doença nos últimos 7 dias estão: Região do Conj. Flamingos, Região do Conj. Petrópolis, Res. Araucárias e do Conj. Palmares. O boletim também traz a taxa de ocupação dos leitos Covid-19 no Hospital de referência do município, terminando a semana com uma taxa de ocupação de 20% dos 40 leitos de enfermaria e de 43,3% dos 30 leitos de UTI.

 

Apucarana confirma mais três mortes por Covid-19 nesta terça-feira


Apucarana confirmou nesta terça-feira (29) mais três óbitos por Covid-19. Todas as novas vítimas são homens (68, 71 e 79 anos). Agora, o município soma 41 mortes causadas pela doença. A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) também registrou mais seis resultados positivos para Covid-19 no município, elevando o número de ocorrências para 1.296.

O homem de 68 anos sofria de hipertensão arterial e cardiopatia. Foi internado no último dia 17 e morreu na segunda-feira (28). Já o paciente de 71 anos tinha deficiência intelectual e estava internado desde o último dia 15. Morreu nesta terça-feira (29). A terceira vítima de 79 anos sofria de hipertensão arterial e leucemia. Foi internado no último dia 23 e também morreu nesta terça-feira (29).

Os seis novos resultados positivos de Covid-19 foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São quatro homens (26, 45, 65 e 79 anos) e duas mulheres (26 e 30 anos).

Ainda segundo boletim da Autarquia de Saúde, o município tem outras 112 suspeitas em investigação. O número de recuperados aumentou para 1.172.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 9.910 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 418.

Já foram testadas 12.183 pessoas, sendo 7.226 em testes rápidos, 3.934 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.023 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes de Apucarana internados, sendo três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em leitos de enfermaria.

 

Carol Proner sobre fim da Lava Jato sem punição de tucanos: “seletividade está confirmada”

 

“Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, afirma a jurista

Carol Proner (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - A professora de Direito Carol Proner, integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), reforçou a “seletividade” da Lava Jato com a notícia sobre o fim da operação em São Paulo sem punição de tucanos.

“Lava Jato de São Paulo termina sem investigar tucanos. A seletividade está confirmada. Você, que é a favor do implacável combate à corrupção, por rigor de coerência deixe de defender e ressalvar essa mega-operação daninha e lesa-pátria”, cobrou a jurista.

A Operação Lava Jato de São Paulo tem sob sua responsabilidade investigações sobre irregularidades cometidas por governos do PSDB em grandes obras tocadas pelos governos do PSDB em grandes obras, como Rodoanel e Metrô. Esta terça-feira (29) é o último dia de atuação da força-tarefa paulista.

 

Processo de caixa 2 contra Serra pode prescrever em 35 dias se Gilmar não decidir sobre o caso

Investigação que apura a suspeita de que o senador José Serra recebeu R$ 5 milhões por meio de caixa 2 da Qualicorp em 2014 corre o risco de prescrever em 35 dias, caso o ministro do STF Gilmar Mendes não decida se o processo será devolvido ou não para a primeira instância

Gilmar Mendes e José Serra (Foto: Reuters)


247 - A investigação que apura a suspeita de que o senador José Serra (PSDB) recebeu R$ 5 milhões por meio de caixa 2 da Qualicorp na eleição de 2014 corre o risco de prescrever em 35 dias. A ação está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que deverá decidir se o processo será devolvido ou não para a primeira instância da Justiça Eleitoral. 

Segundo reportagem do jornal O Globo, Serra seria beneficiado por ter mais de 70 anos, que reduz a pena pela metade. Além disso, a jurisprudência do STF também aponta que a investigação deveria ser remetida à primeira instância, uma vez que trata de fatos acontecidos antes do atual mandado. 

A denúncia de caixa 2 contra José Serra foi formalizada há quase três anos, em uma delação premiada período em que o problema prescricional poderia ter sido evitado. Apesar da possibilidade de prescrição, o senador ainda pode ser investigado pelo crimes de lavagem de dinheiro. Essa investigação, porém, está paralisada desde o final de julho opor uma decisão do ministro do STF Dias Toffoli. 

 

Nova rachadinha de Flávio Bolsonaro: assessoras repassaram salários para pagar advogado do senador

 

Durante o período da campanha eleitoral de 2018, duas assessoras repassaram um total de R$ 27 mil ao advogado de Flávio Bolsonaro, mostrando o uso do esquema das rachadinhas também para fins eleitorais

Flávio Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A quebra de sigilo de duas funcionárias de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro revelou que duas assessoras repassaram dinheiro ao advogado do filho de Jair Bolsonaro. 

Assim, fica demonstrado que a prática da rachadinha no gabinete do hoje senador na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ia além dos depósitos realizados na conta do policial militar Fabrício de Queiroz.

Foram 22 repasses realizados todos os meses entre junho e dezembro de 2018, período que abrangeu as eleições, ao advogado Luis Gustavo Botto Maia, responsável pela parte jurídica da candidatura de Flávio Bolsonaro ao Senado, infoma o UOL

O advogado recebeu depósitos regulares de Alessandra Cristina Oliveira (15) e Valdenice Meliga (7), que eram assessoras parlamentares de Flávio na Alerj e, ao mesmo tempo, dirigentes do PSL, na época o partido da família Bolsonaro. 

Flávio Bolsonaro, o advogado e as duas assessoras não quiseram se pronunciar. 

Em junho, o advogado Botto Maia foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela suspeita de participar de uma tentativa de obstruir as investigações sobre o esquema da rachadinha.

 

Operação Lava Jato de SP chega ao fim, sem punir tucanos

A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo chega ao fim nesta terça-feira. Futuro das investigações em curso fica indefinido. Um dos beneficiados pode ser o ex-governador e atual senador tucano José Serra. Uma procuradora assumirá os casos e deve chamar outros colegas, que avaliarão redistribuição de acervo da força-tarefa

Paulo Preto e José Serra, tucanos investigados pela Lava Jato de São Paulo (Foto: Brasil 247/divulgação)

247 - A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo chega, nesta terça-feira (29), ao seu último dia de atuação. O futuro das investigações está indefinido. Uma parte delas poderá ser redistribuída dentro do Ministério Público Federal em São Paulo. 

Há o risco de que grandes investigações acabem sem conclusão. 

A Operação Lava Jato de São Paulo tem sob sua responsabilidade as investigações sobre irregularidades cometidas por governos do PSDB em grandes obras tocadas pelos governos do PSDB em grandes obras, como Rodoanel e Metrô. 

No início de setembro, a força-tarefa informou à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho Superior do Ministério Público Federal que deixaria a Lava Jato, de forma escalonada, ao longo do mês. Dos oito procuradores, quatro ainda permanecem trabalhando até o fim desta terça, informa a Folha de S.Paulo.

Em nota, a assessoria de comunicação do Ministério Público Federal em São Paulo disse que as investigações da operação “continuam em andamento”.

A Lava Jato de São Paulo foi criada em 2017 e expandida em 2018, com o objetivo de cuidar de desdobramentos da operação enviados para o estado. No tempo de atuação, apresentou quatro denúncias contra Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador do PSDB. Também foram denunciados os ex-presidentes Lula e Michel Temer (MDB) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP).