domingo, 6 de setembro de 2020

Lula revela a lição que aprendeu nos últimos anos: o papel dos Estados Unidos em todos os golpes


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que governo estadunidense atuou nos golpes no Brasil, na Bolívia e no Equador
Lula
Lula (Foto: Eric Gomes)
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou, em seu twitter, a mais importante lição que aprendeu nos últimos anos: a do papel dos Estados Unidos em todos os golpes recentes na América do Sul, como os que ocorreram no Brasil, na Bolívia e no Equador. Lula ficou preso 580 dias em Curitiba, por determinação da Lava Jato, operação que contou com apoio informal do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos – o que fere a lei brasileira.
Confira, abaixo, o tweet de Lula:


FHC faz autocrítica por emenda da reeleição que comprou no Congresso


Diante do caso bolsonarista, FHC, cujo governo comprou votos no Congresso para aprovar a emenda da reeleição, agora defende mandatos de cinco anos, sem repeteco
Foto: NACHO DOCE - REUTERS)

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi e tem sido peça decisiva na destruição da democracia brasileira, faz uma autocrítica neste domingo, mas não em relação ao seu papel no golpe de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff e abriu espaço para a ascensão do neofascismo no Brasil. Diante do caos bolsonarista, sua autocrítica diz respeito à emenda da reeleição, que passou em seu governo após compra de votos no Congresso Nacional.
"Cabe aqui um 'mea culpa'. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que 'as trevas' se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para 'fazer algo'. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade", escreve FHC, que manteve o real sobrevalorizado em 1998, quebrando a economia nacional, justamente para ganhar a reeleição. 
"Eu procurei me conter. Apesar disso, fui acusado de 'haver comprado' votos favoráveis à tese da reeleição no Congresso. De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula. Devo reconhecer que historicamente foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final", afirma ainda o ex-presidente, cujo governo objetivamente comprou votos no Congresso.


Folha manipula dados para defender o teto de gastos


Em editorial de página inteira, jornal da família Frias mostra alinhamento com a política econômica bolsonarista e diz que o teto de gastos estabilizou a dívida interna, quando os dados verdadeiros mostram outra realidade
(Foto: ABr | Divulgação)

247 – Alinhada à política econômica de Paulo Guedes, a Folha de S. Paulo manipula dados econômicos para defender a manutenção do teto de gastos, política aprovada após o golpe de 2016, que reduziu despesas do estado, congelou investimentos públicos e também o ritmo de crescimento da economia brasileira, afetando negativamente a arrecadação de impostos.
No texto Em defesa do teto, a Folha afirma que, "entre 2013 e 2016, a dívida pública saltaria quase 20 pontos, atingindo 70% como proporção do PIB (Produto Interno Bruto)", tentando jogar a crise do endividamento no colo da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada em maio de 2016. Os dados verdadeiros, no entanto, mostraram que os governos Lula e Dilma reduziram o endividamento – e que ele cresce em 2015, quando ela foi sabotada e impedida de governar pela conspiração golpista e em 2016, já na gestão de Michel Temer, assim como nos anos seguintes.
O texto também afirma que "a dívida pública manteve-se estável nos últimos dois anos ao redor de 76% do PIB", o que não é verdade, pois o endividamento seguiu crescendo mesmo antes da pandemia, em razão do baixo dinamismo da economia brasileira no período posterior ao golpe. O editorial aponta os juros baixos, mas que são consequência da depressão econômica – e não necessariamente do teto de gastos. O que o editorial revela é que a Folha segue aferrada a dogmas neoliberais de eficácia extremamente duvidosa.


Ministro quer julgar chapa de Bolsonaro 'o quanto antes'

Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral
Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral (Foto: Divulgação/Emerson Leal/STJ)


Em sua primeira entrevista após assumir a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão disse ao Estadão que é preciso prestar contas à sociedade e julgar "o quanto antes" as ações que investigam a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018. O ministro acaba de assumir a relatoria dos processos que investigam, entre outros pontos, disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp. "É preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade."
Salomão também defendeu a decisão que garantiu que, a partir de 2022, os recursos do fundo eleitoral e o tempo de rádio e TV devem ser distribuídos proporcionalmente de acordo com o número de candidatos brancos e negros de cada partido.
Como o senhor acha que deve ser a atuação da Justiça Eleitoral no combate à disseminação de notícias falsas?
É utópico dizer que o juiz é o responsável por acabar com notícia falsa. Para enfrentar a notícia fraudulenta, contamos com meios de comunicação, agências de checagem, órgãos sérios que vão fazer com que essas notícias falsas sejam bem explicadas. Nossa intervenção é sempre em caráter muito restrito para fazer com que essa festa da democracia seja plena. Plena de debates e de realização da vontade da maioria. Se nossa ação for a de punir, ou a de dar o direito de resposta, ou a de tirar uma página do ar, tudo isso tem de ser bem pesado na hora em que formos decidir, para não impedir o fluxo normal de ideias. Não resvalar em censura.
O TSE já discutiu reservadamente dar poder de polícia a juízes eleitorais para que pudessem determinar a remoção de conteúdo da internet, mesmo sem ser provocados...
Acho que isso não funciona, porque uma das regras básicas para o funcionamento bom da jurisdição é só agir quando houver um pedido para o juiz agir. Não conseguiremos dizer o que é certo, e o que é errado. O que temos é a função de resguardar o equilíbrio do processo eleitoral, garantir o fluxo de ideias e debate para impedir censura e abuso dos meios de comunicação. O juiz é coadjuvante. O debate é o dos políticos, dos candidatos, da sociedade civil, do eleitor.
Dá para concluir este ano o julgamento das ações que miram a campanha de Bolsonaro?
Estou bastante tranquilo em relação a essas ações. Ali vamos tratar de fatos e provas. Acho que devemos apreciá-las o quanto antes, porque é preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade. Já vamos aí para o segundo ano de mandato do presidente (Bolsonaro), é tempo razoável para a gente dar essa resposta. Não me assombro com essa responsabilidade porque, primeiro, será dividida entre o plenário, com homens bastante experientes e respeitados. Segundo, porque é um dado objetivo: tem prova, cassa. Não tem prova, não cassa.
São ações menos complexas do que aquelas que miraram a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014?
Acredito que ali a questão política estava muito acesa. Agora, para essas ações, o que temos são fatos e provas, e a interpretação objetiva sobre fatos e provas. Tenho a expectativa de que pelo menos duas que já estão prontas a gente consegue julgar até o fim do ano, sobre aquele tema mais relevante que é o do WhatsApp.
Como vai ser a análise do TSE nesse julgamento?
A lei hoje fala em gravidade das ações. Você não precisa demonstrar que houve ação específica da chapa, basta que comprove que ela foi beneficiada. Basta que você avalie se a ação foi grave o suficiente, se ela teve eficiência suficiente para, com seu efeito de gravidade, ter algum reflexo na eleição. Não que ela mudasse o resultado da eleição, mas que pudesse ter algum reflexo de gravidade no resultado da eleição. Antes, exigia-se que se comprovasse que aquela ação teria o efeito de alterar o resultado da eleição, uma prova muito difícil. Mudou-se a legislação, o que vale agora é a conduta grave.
O TSE virou palco de uma espécie de terceiro turno?
Não vai ser palco de um terceiro turno. Essa é uma preocupação, não transferir para cá o ambiente político. O tribunal é um tribunal técnico, e vai julgar juridicamente, não politicamente. Isso posso te assegurar: não vejo nenhuma possibilidade de nenhum dos julgadores ter viés político, partidário. O julgamento será técnico e com base nas provas.
O TSE julgou abuso de poder religioso e reserva do fundo eleitoral e do horário de propaganda na TV e no rádio para candidatos negros. Teria sido melhor se esses temas tivessem sido resolvidos pelo Congresso?
Sim, muito melhor. Mas é compreensível que esses temas, que dividem a sociedade - aborto, drogas, religião -, também dividam o Parlamento. Então, nesses temas, quando entram direitos fundamentais, aí o Judiciário passa a ter um papel contramajoritário. Como assim? Pegando de empréstimo a expressão do presidente Barroso (Luís Roberto Barroso, presidente do TSE), temos o papel de "empurrar a história". Quando? Quando entram garantias de direitos fundamentais e o Parlamento não consegue atuar.
O TSE não criou a figura do abuso de poder religioso.
O ponto fundamental foi o de que não havia uma previsão legal sancionadora do abuso de poder religioso. Então, o Judiciário se autoconteve. O TSE falou: ‘Olha, até aqui eu vou. Passou daqui, não posso ir’.
O senhor também integra o Superior Tribunal de Justiça. Qual é sua opinião sobre a decisão individual do ministro Benedito Gonçalves de afastar do cargo Wilson Witzel, um governador eleito com 4,6 milhões de votos?
Era uma medida necessária, seja pela gravidade dos fatos, seja para resguardar as provas já produzidas. O fato de o governador ter uma quantidade expressiva de votos não interfere na apuração penal.
O senhor é cotado para uma vaga no STF. Teme que qualquer decisão seja interpretada como tentativa de agradar ao Planalto?
Não, porque sempre atuei com base nos critérios técnicos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Arapongas registra 46 novos casos de coronavírus



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado, (05/09) o registro de 46 novos casos por coronavírus (Covid-19) e não houve registro de pacientes curados pela doença na cidade. Agora o município chega a 3.561 casos dos quais 2.715 já estão curados (76,2%), 761 ainda estão com a doença e 85 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 18.936 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados nos últimos 07 dias.
Entre os 46 casos confirmados, estão 24 do sexo feminino com a respectivas idades: 14, 17, 21, 21, 22, 25, 29, 31, 32, 34, 34, 39, 40, 40, 43, 43, 44, 44, 45, 51, 55, 55, 74 e 79 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 22 pacientes com as respectivas idades: 18, 23, 24, 28, 35, 36, 39, 40, 41, 41, 42, 42, 46, 46, 48, 49, 50, 51, 58, 59, 64 e 71 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 05 permanecem na UTI e 08 na enfermaria;
Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 50% dos 30 leitos de UTI e 40% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais 11 casos de Covid-19 neste sábado



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) divulgou na tarde deste sábado (05) novo boletim sobre a Covid-19. Mais 11 casos  foram confirmados em Apucarana. Agora, o município soma 1.093 registros da doença.
Segundo boletim da AMS, Apucarana segue com 31 óbitos e tem 142 suspeitas em investigação. São 882 pessoas recuperadas da doença.
Os resultados vieram do Laboratório Central do Estado (Lacen). São sete homens (13, 20, 24, 32, 37, 44 e 49 anos) e quatro mulheres (42, 33, 37 e 65 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.
O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 8.544 atendimentos presenciais desde o início da pandemia; 862 pessoas são monitoradas atualmente.
O município chegou a 10.642 testes realizados, sendo 6.615 rápidos, 3.130 RT-PCR Lacen e 897 RT-PCR privado.
O Hospital da Providência tem 13 apucaranenses internados, sendo quatro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e nove em leitos de enfermaria.