Jornal
dos Marinho quer que o modelo de exploração mude de partilha, mais favorável à
União, para concessão, como defendem as empresas internacionais que apoiaram o
golpe de 2016 no Brasil
(Foto: REUTERS/Sergio Moraes) |
247 – O jornal O Globo, da família Marinho, que apoiou o golpe de
estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a prisão política do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, fenômenos que permitiram a
ascensão de Michel Temer e Jair Bolsonaro ao poder, reforçou a pressão para a
entrega definitiva do pré-sal às petroleiras internacionais. O objetivo é fazer
com que o modelo de exploração mude de partilha, mais favorável à União, para
concessão, como defendem as empresas internacionais que apoiaram o golpe de
2016 no Brasil.
"O modelo de
partilha na exploração do petróleo do pré-sal foi adotado em 2010, no final do
governo Lula, sob a justificativa de que a nova fronteira de exploração era
promissora e, portanto, não era necessário que a empresa vitoriosa num leilão
tivesse acesso a todo o petróleo produzido, como acontece no regime de
concessão — mas apenas à parcela que sobra depois de ser ressarcida dos custos
de operação e de transferir à União a parte a que se compromete no leilão. Na
partilha, quanto mais petróleo a empresa oferece à União, melhor seu
lance", aponta editorial do jornal deste domingo.
"Concluído o ciclo do PT no Planalto,
na cassação de Dilma em 2016, passou a ser possível estender ao pré-sal o
modelo de concessão, adotado com sucesso no desbravamento da Bacia de Campos.
Nesse regime, a empresa deixa de ceder petróleo ao poder concedente. É mais
atraente para as petroleiras", escreve ainda o editorialista, reconhecendo
que o fim do ciclo de poder do PT deve servir como estímulo para que os
interesses das petroleiras seja favorecido.