domingo, 16 de agosto de 2020

Filha de Queiroz repassava parte de salário para Bolsonaro em até 48 horas


Transações bancárias de Nathalia Queiroz indicam que encaminhamento era feito um ou dois dias após pagamento do salário
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai
Coaf aponta que filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara ao pai (Foto: Reuters | Reprodução)

Jornal GGN – As operações bancárias de Nathalia Queiroz indicam como seus salários iam para a conta de seu pai, Fabrício Queiroz: enquanto esteve alocada no gabinete de Jair Bolsonaro, entre janeiro de 2017 e outubro de 2018, parte da remuneração era repassada um ou dois dias após o crédito em conta.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a dinâmica era feita praticamente da mesma forma: a personal trainer recebia em conta no Banco do Brasil, transferia para sua conta no Itaú e, em seguida, repassava a maior parte para a conta de seu pai – 17 de 22 repasses feitos no período seguiram tal padrão.
Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como operador financeiro do esquema de “rachadinha”. Os depósitos só foram interrompidos após o suposto vazamento sobre relatório do Coaf que citava a família no esquema.


Brasil tem queda histórica na desigualdade com auxílio emergencial


Proposto pela oposição ao governo Bolsonaro no Congresso Nacional, benefício de R$ 600 provocou a maior redução já captada nos índices que medem a desigualdade e abriu espaço para a discussão sobre renda básica universal no Brasil
Filas para recebimento do auxílio emergencial
Filas para recebimento do auxílio emergencial (Foto: Reprodução)

247 – O benefício de R$ 600 proposto pela oposição ao governo federal no Congresso Nacional, depois que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes ofereceram apenas R$ 200, teve impacto significativo na redução das desigualdades no Brasil. É o que aponta reportagem da jornalista Cássia Almeida, publicada no jornal O Globo. "A injeção na economia de R$ 50 bilhões a cada mês por meio do auxílio emergencial para informais reduziu a pobreza e fez a desigualdade brasileira chegar a seu menor nível histórico, de acordo com cálculo inédito do sociólogo Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole da USP", escreve a jornalista.
"Foi uma queda (da desigualdade) sem precedentes. Se não houvesse o auxílio, todo o esforço redistributivo dos últimos 25 anos teria se perdido", diz o pesquisador Rogério Barbosa, sobre o auxílio que já beneficia 60 milhões de brasileiros – o que influiu nos índices de aprovação do governo federal. Entre os desempregados, a reprovação caiu nove pontos em relação a junho, de 43% para 34%. Já o apoio subiu 12 pontos, de 24% para 36%, no mesmo período.
A grande discussão hoje é como criar uma política de renda mínima, sem estourar os limites impostos pelo orçamento. "O governo gasta com o auxílio mais de 17 vezes o que transfere no programa Bolsa Família por mês. O valor do benefício aumentou e o número de pessoas atendidas também", aponta a reportagem.
"Barbosa calculou o impacto do auxílio emergencial no Índice de Gini, que varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior a concentração.
Segundo o estudo, a queda no índice este ano foi superior à dos oito anos do governo Lula, período recente de maior redução da desigualdade. Caiu de 0,543 em 2019 para 0,492 em maio deste ano. Sem o auxílio, o Gini hoje seria de 0,569, comparável ao de 1970: 0,565", informa Cássia Almeida.


Agência russa "corrige" Folha e diz que maioria dos brasileiros considera Bolsonaro responsável pelas mortes por covid-19


Folha preferiu destacar que 47% isentam Jair Bolsonaro de responsabilidade, ao interpretar os dados do Datafolha
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020
Presidente Jair Bolsonaro em Brasília 12/08/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik – A maior parte dos brasileiros acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem responsabilidade pelas mortes por coronavírus no Brasil, aponta pesquisa do Datafolha.
Para 11%, o presidente é o principal culpado e outros 41% o consideram um dos culpados. Outros 47% acreditam que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade pelos óbitos.
Bolsonaro contrariou diversas vezes as recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para participar de atos em defesa de seu governo e chegou a afirmar que a pandemia era uma "gripezinha".
Os que consideram seu governo ótimo ou bom têm maior chance de considerar que Bolsonaro não tem responsabilidade pelas mortes. Neste segmento, 80% avaliam que o presidente não tem culpa.
Já entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo, 86% afirmam que Bolsonaro tem responsabilidade nas mortes.
A pesquisa do Datafolha foi realizada por telefone com 2.065 brasileiros adultos entre os dias 11 e 12 de agosto e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. O mesmo levantamento indicou que Bolsonaro atingiu seu maior índice de aprovação desde o início de seu mandato.


Reinaldo diz que delação de Dario Messer atingiu a maior aliada da Lava Jato: a Globo


"Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico", aponta o jornalista
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro
Reinaldo Azevedo e Sergio Moro (Foto: reprodução | abr)

247 – O jornalista Reinaldo Azevedo escreve em sua coluna que a delação do doleiro Dario Messer, feita no Rio de Janeiro, produziu um dano colateral: atingiu a maior aliada da própria Lava Jato, que é a Globo. Isso porque Messer afirmou que fazia entregas mensais de cerca de US$ 300 mil aos irmãos Marinho, donos da emissora.
"Para pensar: todas as delações são gravadas. Certamente a emissora não exibirá com exclusividade o vídeo em que o doleiro faz acusações à família. Não será considerado de interesse jornalístico. Em sua busca por protagonismo, a Lava Jato atinge a sua principal aliada", escreveu Reinaldo.
"De resto, uma lição começa a se desenhar: quem flerta com o Estado policial e com práticas policialescas em nome do bem maior — o combate à corrupção ou a pureza divina, tanto faz — acaba entrando na fila da guilhotina. Quando menos da guilhotina de reputações. Hora de rever os critérios do jornalismo, das delações e das homologações. No Estado policial, não existem inocentes. Só culpados de ocasião", apontou.
No sábado, Jair Bolsonaro ironizou a Globo e pediu reportagem no Fantástico sobre a delação de Messer. Saiba mais sobre o caso e inscreva-se na TV 247