A Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de
Saúde, informou nesta segunda-feira (10/08) a ocorrência de 97 novos casos por
coronavírus (Covid-19), mais 15 pacientes curados e o 57º óbito pela doença na
cidade. Agora o município chega a 2.171 casos, dos quais 1.442 já estão
curados, 672 ainda estão com a doença e 57, infelizmente, vieram a óbito. Sobre
estes novos casos, a Secretaria de Saúde informa que: - 57º óbito: Paciente do sexo
feminino, 65 anos, com comorbidade, internada no dia 01/08 em leito de UTI;
realizado exame no dia 01/08 com resultado positivo publicado no dia 07/08,
vindo a óbito no dia 09/08; - A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria
de Saúde, se solidariza com os familiares; - Entre os 97 casos confirmados
estão 55 do sexo feminino, com a respectivas idades: 7, 9, 19, 20, 20, 21, 22,
23, 24, 24, 26, 26, 27, 27, 28, 28, 29, 29, 30, 31, 32, 33, 33, 34, 35, 36, 36,
36, 37, 40, 40, 41, 42, 42, 47, 47, 47, 48, 49, 49, 51, 53, 54, 55, 56, 57, 59,
62, 63, 65 (óbito), 65, 72, 74, 88 e 99 anos. Do sexo masculino foram
diagnosticados 42 pacientes com as respectivas idades: 1, 1, 14, 16, 20, 22,
22, 23, 23, 24, 25, 27, 28, 29, 29, 29, 31, 31, 31, 31, 32, 35, 38, 39, 40, 40,
41, 44, 45, 48, 48, 49, 49, 51, 54, 56, 58, 61, 62, 63, 63 e 74 anos; -
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 12 permanecem na UTI e 06 na
enfermaria; - Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas,
existem 100% dos 20 leitos de UTI e 32,5% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
- A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população
siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando
máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações
familiares. - Prefeitura Municipal de Arapongas - Secretaria Municipal da Saúde
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Assinada a ordem de serviço para início do Campus de Arapongas do IFPR
Onofre e representantes do IFPR Campus Arapongas durante assinaturas |
O prefeito Sérgio Onofre e seu vice, Jair Milani,
participaram na tarde desta segunda-feira (10) da assinatura da ordem de
serviço para a construção do Instituto Federal do Paraná (IFPR) - Campus
Avançado Arapongas. Orçada em R$ 1.588.614,39, sendo R$ 500 mil viabilizadas
por uma emenda da deputada federal Luísa Canziani (PTB-PR), e R$ 1.088.614,39
em recursos próprios do IFPR, esta primeira etapa da obra tem previsão para ser
concluída em dez meses, segundo a empresa responsável, a DAC Pontes Engenharia
e Construções. “É por isso que a gente precisa acreditar e lutar. Para muitos,
essa bandeira da construção do campus do IFPR em Arapongas era um sonho, mas
foi a soma de esforços de todos que acreditaram e lutaram que transformou esse
sonho uma realidade”, afirmou Sérgio Onofre. Ele lembrou especialmente o
empenho do ex-deputado federal Alex Canziani e, na sequência, da sua filha, a
também deputada federal Luísa Canziani, na aprovação do projeto e liberação dos
recursos.
Pierre Luiz Alves, diretor de Infraestrutura, representou o reitor Carlos Eduardo Zanatta. Ele e o diretor-geral do campus-Arapongas, Thiago Pereira do Nascimento, destacaram a expectativa gerada pelo início da obra, salientando que o terreno doado pelo município de Arapongas, de 170 mil metros quadrados, localizado nos fundos do Expoara, está entre os três maiores à disposição do IFPR no Paraná. Eles ressaltaram ainda que neste momento será construído o primeiro bloco, que terá 930 metros quadrados de área. Alcides Livrari Júnior representou a deputada federal Luísa Canziani, que estava em outro compromisso no Oeste. “Este é um momento histórico para a educação profissional e tecnológica de Arapongas e toda a região. É uma satisfação muito grande poder estar aqui vivendo isso”, afirmou.
Deivid Albuquerque, CEO da empresa DAC Pontes Engenharia e Construções, disse que as obras serão iniciadas nos próximos dias. “É só a Sanepar e Copel disponibilizem água e energia que já instalaremos o pátio de obras”, garantiu.
Hoje, o IFPR possui 25 campi espalhados pelo estado do Paraná e continua em expansão. Somados, a instituição garante ensino para mais de 26 mil estudantes nos cursos de modalidade presencial e a distância. O IFPR oferece 43 cursos técnicos presenciais, 11 cursos técnicos na modalidade a distância, 20 cursos superiores presenciais, três cursos de especialização na modalidade presencial e um curso de especialização na modalidade a distância.
Pierre Luiz Alves, diretor de Infraestrutura, representou o reitor Carlos Eduardo Zanatta. Ele e o diretor-geral do campus-Arapongas, Thiago Pereira do Nascimento, destacaram a expectativa gerada pelo início da obra, salientando que o terreno doado pelo município de Arapongas, de 170 mil metros quadrados, localizado nos fundos do Expoara, está entre os três maiores à disposição do IFPR no Paraná. Eles ressaltaram ainda que neste momento será construído o primeiro bloco, que terá 930 metros quadrados de área. Alcides Livrari Júnior representou a deputada federal Luísa Canziani, que estava em outro compromisso no Oeste. “Este é um momento histórico para a educação profissional e tecnológica de Arapongas e toda a região. É uma satisfação muito grande poder estar aqui vivendo isso”, afirmou.
Deivid Albuquerque, CEO da empresa DAC Pontes Engenharia e Construções, disse que as obras serão iniciadas nos próximos dias. “É só a Sanepar e Copel disponibilizem água e energia que já instalaremos o pátio de obras”, garantiu.
Hoje, o IFPR possui 25 campi espalhados pelo estado do Paraná e continua em expansão. Somados, a instituição garante ensino para mais de 26 mil estudantes nos cursos de modalidade presencial e a distância. O IFPR oferece 43 cursos técnicos presenciais, 11 cursos técnicos na modalidade a distância, 20 cursos superiores presenciais, três cursos de especialização na modalidade presencial e um curso de especialização na modalidade a distância.
Apucarana confirma 21º óbito por Covid-19
Apucarana
confirmou nesta segunda-feira (10/08) o 21º óbito por Covid-19. É
um homem de 75 anos, que foi internado em 2 de agosto e morreu no
último domingo (9). Ele havia sofrido um Acidente Cerebral Vascular (AVC).
O município também registrou mais 12
casos da doença, elevando o número de confirmações para 762. Segundo
boletim da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), o município tem outras 145
suspeitas em investigação. O número de recuperados aumentou para 624.
São três resultados do Laboratório Central
do Estado (Lacen): dois homens (17 e 21 anos) e uma mulher (61 anos).
Outros nove diagnósticos são de testes rápidos: cinco homens
(60, 52, 6, 25 e 58 anos) e quatro mulheres (44, 8, 68 e 26 anos).
O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou
a 6.578 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número
de pacientes monitorados atualmente é de 725. Já foram testadas 8.117 pessoas,
sendo 5.285 em testes rápidos, 2.124 pelo Lacen (RT-PCR) e 708
por laboratórios particulares (RT-PCR).
GM de Apucarana firma convênio com a Secretaria de Segurança Pública do PR
Prefeito
Junior da Femac, secretário Beto Preto e o comandante Carletti participaram do
ato em Curitiba.
A partir de hoje,
a Guarda Civil Municipal de Apucarana poderá compartilhar todas informações
disponíveis na rede informatizada da Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
O termo de cooperação técnica foi firmado na manhã desta segunda-feira (10), na
sede da SESP. Pelo acordo, as instituições ficam comprometidas a ceder, entre
si, informações de seus sistemas de gestão e de registro de ocorrências, da
SESP.
O ato de formalização do convênio teve as
presenças dos secretários de saúde, Beto Preto, e de segurança, Coronel Rômulo
Marinho Soares; prefeito Junior da Femac; e o comandante da GCM, Alessandro
Carletti. Também participaram o coordenador do Centro de Análise, Planejamento
e Estatística da Secretaria da Segurança, Capitão Cláudio Todisco; e a chefe de
gabinete da Secretaria, delegada Luciana de Novaes.
O termo irá facilitar o trabalho de
investigação e inteligência das forças policiais, e viabilizar um atendimento
mais rápido às demandas da população, inclusive por meio da Guarda Civil
Municipal. “A partir deste convênio, a Guarda Civil Municipal de Apucarana será
capacitada a registrar e editar ocorrências na plataforma do Boletim de
Ocorrências Unificado (BOU), sistema já utilizado pelas polícias Militar e
Civil”, informa o prefeito Junior da Femac.
Segundo ele, os guardas civis municipais
terão acesso a uma importante ferramenta de gestão da SESP – o Business
Inteligence -, usado para compilação e gerenciamento de dados.
Outras questões abrangidas no termo de
cooperação envolvem o acesso às notificações de violência infantil e contra
mulheres, além de dados do Programa Nacional Bolsa Família e das áreas de saúde
e educação do município, além do fornecimento da base cartográfica da cidade,
com pontos de interesse para a Segurança Pública.
“Essa integração de sistemas contribuirá
para ampliar a efetividade da Guarda Civil Municipal junto aos órgãos do
Estado. Vamos ter na íntegra as consultas a sistemas de checagem de placas
veiculares, identificação pessoal, mandados de prisão em aberto. enfim, vamos dispor
de um banco de dados, permitindo maior agilidade no nosso dia a dia de
trabalho”, avalia o comandante da GCM, Alessandro Carletti.
Para o secretário de saúde, Beto Preto, o
termo de cooperação técnica é benéfico, principalmente, para a Guarda Municipal.
“Neste momento, a Secretaria de estado da Segurança Pública está ampliando o
compartilhamento de seu banco de dados com as guardas municipais e Apucarana
foi um dos primeiros municípios a serem contemplados”, comentou.
Deltan recorre ao STF para não ser afastado da Lava Jato
Procurador
pediu ao Supremo nesta segunda-feira (10) para suspender dois processos contra
ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que pedem seu afastamento
da força-tarefa da Lava Jato
Deltan Dallagnol (Foto: Pedro de Oliveira/ ALEP) |
247 - O procurador Deltan Dallagnol recorreu ao Supremo
Tribunal Federal para não ser afastado da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Seu pedido é para
que a Corte suspensa dois processos contra ele no Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) que pedem seu afastamento do grupo de Curitiba. Por
sorteio, os pedidos foram encaminhados ao ministro decano, Celso de Mello.
Na semana que vem, o CNMP deve julgar pedidos
que foram apresentados por Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu (PP-TO) por
manifestações críticas de Deltan nas redes sociais.
Deltan argumenta que há irregularidades nos processos no
CNMP, por conterem acusações já rejeitadas pela Corregedoria do MPF.
Fachin nega recurso da PGR e leva ao plenário decisão sobre dados da Lava Jato
Ministro
Luiz Edson Fachin, do STF, negou nesta segunda-feira (10) recurso da PGR, de
Augusto Aras, contra decisão que negou o compartilhamento de dados da Lava Jato
com a PGR. O ministro encaminhou a deliberação final sobre o assunto, então, ao
Plenário da Corte
Ministro Edson Fachin durante sessão plenária do STF. (20/02/2020) (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF) |
Conjur - Por considerar que os fundamentos estão mantidos, apesar
das razões recursais, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal, negou, nesta segunda-feira (10/8), agravo interposto pela
Procuradoria-Geral da República contra decisão que negou o compartilhamento de
dados da "lava jato" com a PGR. O ministro encaminhou a deliberação
final sobre o assunto, então, ao Plenário da Corte
"Considerando
que a linha central da peça recursal suscita ao STF violação à sua competência
e a não observância da autoridade de decisão do próprio Supremo Tribunal
Federal em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, prolatada em
controle concentrado de constitucionalidade, à luz do disposto no art. 22,
parágrafo único, b, do RISTF assento desde logo que a matéria será submetida à
deliberação do Tribunal Pleno", afirmou o ministro em despacho.
A PGR tinha apresentado agravo contra a decisão de Fachin que revogou outra
decisão, do presidente do Supremo, Dias Toffoli. No plantão judiciário, Toffoli
tinha autorizado o compartilhamento de dados
da autoproclamada força-tarefa da "lava jato" no Rio de Janeiro, São
Paulo e Paraná. Ao voltar do recesso, Fachin decidiu de modo contrário.
Reclamação
A PGR apontou que os procuradores das
forças-tarefas têm resistido a compartilhar informações e a se submeter à
supervisão do órgão. Segundo a procuradoria, essa resistência estaria em
desacordo com postulado fixado pelo STF na ADPF 482: "as forças-tarefas
funcionando no âmbito do Ministério Público Federal em feitos sobre fatos
comuns a mais de uma instância do Poder Judiciário não podem ser compreendidas
como órgãos estanques à margem de institucionalidade ministerial, que é uma e
incindível".
Segundo o ministro, no entanto, a
resistência e negativa de acesso às bases de dados mantidas pelas
forças-tarefas "não se amolda, com o grau de precisão que o procedimento
desta ação constitucional requer, à decisão proferida pelo Plenário do Supremo
no julgamento da ADPF nº 482, já que não se cuida, aqui, de providência
relacionada à remoção de membros do Ministério Público".
Fachin também não acolheu a outra
motivação da reclamação, acerca de uma possível usurpação da competência
criminal originária do STF por parte do Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba,
cujo trâmite ainda não foi concluído. De acordo com Fachin, a PGR se baseia nos
argumentos "declinados de forma unilateral por outro reclamante, sobre os
quais ainda sequer há pronunciamento jurisdicional".
A liminar de Toffoli, que havia
determinado o compartilhamento, foi dada no âmbito da Reclamação
42.050. Tal processo, no entanto, não guarda relação com decisões de primeira instância da 13ª
Vara Federal de Curitiba que já haviam estabelecido o compartilhamento de
informações pela "lava jato" do Paraná com a PGR. Assim, tais
decisões continuam valendo, de modo que a revogação de liminar, na Reclamação
42.050, na prática, aplica-se apenas à "lava jato" de São Paulo e do
Rio de Janeiro.
Rcl 42.050
Bolsonaro evita ataques, mas STF mantém ritmo de derrotas ao governo
Nas
duas primeiras sessões após o fim do recesso do Judiciário, na última semana, o
STF impôs derrotas ao governo
Gettty |
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A mudança do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) para um perfil mais apaziguador e a ofensiva nos
bastidores para se aproximar do STF (Supremo Tribunal Federal) não surtiram
efeito na relação do Palácio do Planalto com a corte.
Após a prisão do
policial aposentado Fabrício Queiroz, em junho, que pode implicar a família
Bolsonaro e o próprio presidente, e das operações contra correligionários
acusados de espalhar fake news, o chefe do Executivo passou a evitar o
confronto e deixou de criticar as decisões do Supremo.
O
tribunal, porém, não tem retribuído no mesmo tom e manteve o ritmo de
julgamentos contrários ao Executivo. Prova disso é que nas duas primeiras
sessões após o fim do recesso do Judiciário, na última semana, o STF impôs
derrotas ao governo.
Por
unanimidade, o Supremo referendou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso
que obrigou o Executivo a adotar medidas para conter o avanço do novo
coronavírus em aldeias indígenas.Também nesta semana, o ministro Gilmar Mendes
derrubou uma série de vetos de Bolsonaro ao projeto de lei aprovado pelo
Congresso que torna obrigatório o uso de máscaras em locais públicos. O
magistrado invalidou a decisão do presidente de vetar a obrigatoriedade da
proteção em prisões e em estabelecimentos socioeducativos.
Além
disso, Gilmar restaurou a validade do ponto do projeto do Legislativo que
obrigava a fixação de cartazes informativos em locais fechados sobre a forma
correta de usar a máscara e o número máximo de pessoas permitidas ao mesmo
tempo no local. Influenciado pelo STF, o esvaziamento do poder de Bolsonaro na
condução da pandemia vai na contramão do movimento mundial.
Na
Índia, por exemplo, o governo federal acabou até com a autonomia de entes da
federação e não teve empecilho para isso. Na Polônia, o nacionalista Andrzej
Duda, aliado de Bolsonaro, aproveitou a pandemia, sem resistência da Suprema
Corte, para ampliar seus poderes e mudar até as regras eleitorais para se
beneficiar das restrições impostas à população por causa do novo coronavírus.
No
Brasil, porém, a cúpula do Judiciário impôs limites aos poderes do chefe do
Executivo. Desde o início da crise de saúde, foram ao menos 32 decisões tomadas
a contragosto do governo. O Supremo decidiu, entre outras coisas, que estados e
municípios têm autonomia para regulamentar o isolamento social, fortalecendo a
atuação dos entes da federação frente o governo federal.Os ministros da corte
também não evitaram embates públicos com o Executivo.
Em julho, Gilmar
protagonizou um duro confronto ao afirmar que o Exército brasileiro estava se
associando a um genocídio por causa da presença do ministro interino da Saúde,
general Eduardo Pazuello, e de outros assessores militares na pasta,
responsável pelas medidas de enfrentamento à pandemia.
A
reação de Bolsonaro, porém, não foi de partir para o ataque e, além de não
rebater o ministro, ainda trabalhou nos bastidores para acalmar os ânimos,
obrigando Pazuello a ligar para Gilmar.Interlocutores do chefe do Executivo
consideraram o episódio um teste para o novo estilo do presidente.Os aliados do
governo apontam que houve um motivo a mais para a calmaria do chefe do
Executivo: Gilmar é relator da ação em que o senador Flávio Bolsonaro
(Republicanos-RJ) pede ao STF para ter direito a foro especial. E, como já é o
responsável por esse caso, o ministro deve ser automaticamente o relator de
outros pedidos da defesa do congressista, filho do presidente.
O
ministro Alexandre de Moraes é outro ator importante na relação entre os
Poderes. Ele também manteve a mesma postura após a inflexão de Bolsonaro.Moraes
é relator do inquérito das fake news e não recuou após os ataques de aliados do
presidente à investigação, que enfrenta críticas jurídicas por ter sido iniciada
de ofício pelo STF, ou seja, sem provocação da PGR (Procuradoria-Geral da
República).
Em
27 de maio, o ministro determinou o cumprimento de 29 mandados de busca e
apreensão e adotou outras medidas contra congressistas, empresários e
blogueiros ligados ao presidente. Além disso, mandou tirar do ar perfis em
redes sociais de diversos apoiadores de Bolsonaro.A ordem para retirada de 16
contas bolsonaristas não foi cumprida pelo Twitter e pelo Facebook, que
alegaram que o ministro não havia indicado o endereço exato das contas, mas o
ministro não desistiu.Dois meses depois, ele reforçou a decisão, que, então foi
cumprida.
Na
ocasião, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio
Wajngarten, criticou o despacho do ministro, que classificou como censura.Os
apoiadores do presidente tentaram driblar a decisão de Moraes e mudaram as
configurações de localização para outros países e continuaram publicando nas
redes sociais.
Moraes
insistiu e afirmou que houve cumprimento parcial da decisão, pois a exclusão
das contas deveria ocorrer independentemente do meio de acesso e do IP, seja no
Brasil ou fora do país.Twitter e Facebook emitiram notas para criticar a
decisão de Moraes, mas o ministro não voltou atrás.Nesse caso, Bolsonaro também
mudou de estratégia. Ele trocou o desgaste dos ataques por meio da imprensa por
um protesto pelas vias legais por meio de uma ação apresentada ao
Supremo.Quando Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando
da Polícia Federal, o presidente acusou magistrado de tomar uma decisão
política e insinuou que ele chegou ao STF por ser amigo do ex-presidente Michel
Temer (MDB).
Outro
ponto de tensão da relação entre governo e Supremo, o inquérito dos atos
antidemocráticos, que apura manifestações a favor do fechamento do Congresso e
do STF que contaram com a presença de Bolsonaro, também segue avançando.Foi
nesse processo que o STF desarticulou o grupo armado de extrema direita 300 do
Brasil, com a prisão de sua líder, Sara Giromini, conhecida como Sara Winter.
Fonte: Notícias ao
Minuto
"Temos que expor as entranhas dessa Odebrecht e mostrar que é a pirata dos piratas", disse procurador da Lava Jato
Novo
capítulo da Vaza Jato também revela que os procuradores de Curitiba tinham como
missão destruir a maior empresa brasileira de engenharia, que demitiu mais de
150 mil brasileiros desde o início da operação
Roberson Pozzobon e Sergio Moro (Foto: Ascom/MPF | Senado) |
247 – O novo capítulo da série Vaza Jato, publicado por Rafael Neves, no site The Intercept, também
traz um importante diálogo, em que o procurador Roberson Pozzobon aponta que
uma das missões da operação era destruir a Odebrecht, maior empresa de
engenharia do Brasil, que chegou a empregar mais de de 200 mil funcionários e
demitiu mais de 150 mil brasileiros desde o início da operação. Num diálogo de
7 de fevereiro, Pozzobon fala sobre a necessidade de "expor as entranhas
dessa Odebrecht", empresa que vinha ocupando espaços na África, na América
Latina e até mesmo nos Estados Unidos, onde venceu concorrência para construir
o aeroporto de Miami, deslocando concorrentes internacionais. Confira, abaixo,
o diálogo de 7 de fevereiro de 2016:
Roberson Pozzobon
– 14:32:41 – Exatamente.
Tvz pudéssemos dar uma “olhadinha” antes. Pedir para os colegas mandarem
informalmente uma cópia integral digitalizada.
Pozzobon –
14:35:08 – To
lendo um relatório paralelo da Cpi do BNDES. Acho que teremos muito coisa para
trabalhar lá. É uma pouca vergonha. Tão ou mais revoltante que a Petrobras.
Pozzobon –
14:35:08 – E
digo mais. Nada melhor para nós, LJ, minimizarmos ao máximo o risco de perder o
caso por competência, do que entrarmos com CNO [Construtora Norberto Odebrecht]
e LULA. Se entrarmos fraco, ou com um caso satelitário, é capaz de não nos
deixarem trabalhar.
Júlio Noronha – 14:37:40 –
Concordo!
Pozzobon –
14:37:48 – aí
já sabem, colocou a perninha da LJ [Lava Jato] lá com força, teremos ótimos
trabalhos para mais uma década. Rsrsrs
Pozzobon –
14:38:23 – Temos
que expor as entranhas dessa ODEBRECHT. Mostrar que é a pirata das piratas.
Demonstrar que espoliou o Brasil desde sua origem.
Leia a íntegra da
reportagem do Intercept e
confira a entrevista de Leandro Demori, editor do site, à TV 247:
Sikêra Jr. é condenado a pagar R$ 300 mil a modelo trans por agressões verbais
Apresentador
bolsonarista usou imagem de Viviany Beleboni em reportagem sobre crime sem
qualquer relação com ela, com o termo ‘raça desgraçada’
Sikêra Jr. (Foto: Reprodução) |
Portal Forum - O apresentador Sikêra Jr. foi condenado a pagar R$ 300
mil a Viviany Beleboni por crime de injúria e difamação. A informação foi
confirmada pelo jornal O Dia.
O apresentador do
Alerta Amazonas, na TV A Crítica, em Manaus, e do Alerta Nacional, na RedeTV!,
exibiu no programa uma imagem da modelo trans ao falar sobre um crime cometido
por um casal de lésbicas e usou o termo “raça desgraçada”.
Leia a íntegra da matéria no Portal Forum
Fonte:
Brasil 247
Colunista da Folha defende prisão de Jair Bolsonaro
O
colunista da Folha de S.Paulo Celso Rocha de Barros opina que Jair Bolsonaro
deve ser preso, pois cometeu crime contra o país e a população. Durante a
pandemia, o presidente tentou o autogolpe e aparelhar a Polícia Federal,
escreve
elso Rocha de Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters) |
247 - "A edição da revista piauí deste mês traz uma
matéria, assinada por Monica Gugliano, com o título ‘Vou Intervir’!. Ela conta
a história de uma reunião de 22 de maio, no Palácio do Planalto, em que
Bolsonaro teria decidido mandar tropas para fechar o STF", escreve Celso
Rocha de Barros.
"O plano
seria substituir os 11 ministros por 11 puxa-sacos de Bolsonaro, por tempo
indeterminado. Uma quartelada vagabunda raiz"... "O presidente teria
sido dissuadido pelo general Heleno, que, para apaziguá-lo, soltou uma nota
ameaçando o STF".
"A revelação da piauí não teve
repercussão política nenhuma. E a explicação é simples: em geral, só se admite
em voz alta aquilo de cujas consequências práticas se está disposto a
arcar".
"Muito antes da matéria da piauí,
todo mundo já tinha visto Bolsonaro tentar o autogolpe em 2020. Mas, se você
disser em voz alta que Bolsonaro tentou um autogolpe, a solução é impeachment e
cadeia. Se você não puder e/ou não quiser fazer impeachment e cadeia, é mais
fácil não dizer em voz alta que Bolsonaro tentou um autogolpe".
"Ainda não parece haver correlação de
forças para impeachment e cadeia: o centrão está no bolso do governo, o auxílio
emergencial ainda deve durar alguns meses. Enquanto for assim, a turma vai
fingir que não viu o golpe, os 100 mil mortos, o aparelhamento na Polícia
Federal".
"O dia de trabalho de Bolsonaro
durante a pandemia de 2020 se dividiu entre organizar um golpe de manhã,
aparelhar a Polícia Federal de tarde e demitir o ministro da Saúde no
telejornal da noite".
Procurador da Lava Jato se referia a Lula como "nove", em referência a seu dedo amputado
Novos
diálogos da Vaza Jato também apontam preconceito de integrantes do Ministério
Público Federal contra o ex-presidente Lula
"A sociedade brasileira teve sempre a discriminação como um dos seus pilares", escreve Emir Sader; para o sociólogo, "Lula é o personagem preferencial desses sentimentos, porque sintetiza os aspectos que a elite paulista mais detesta: nordestino, não branco, operário, esquerdista, líder popular", e "não bastasse sua imagem de nordestino, de trabalhador, sua linguagem, seu caráter, está em sua mão: Lula perdeu um dedo não em um jet-sky, mas na máquina, como operário metalúrgico"; "O ódio a Lula é um ódio de classe, vem do profundo da burguesia paulista e do centro sul do país e de setores de classe média que assumem os valores dessa burguesia. O anti-petismo é expressão disso. Os tucanos foram sua representação política e a mídia privada seu porta-voz", avalia (Foto: Emir Sader) |
247 – A reportagem do jornalista Rafael Neves, do site The Intercept, sobre como a força-tarefa de
Curitiba obteve dados sigilosos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva também revela o preconceito dos procuradores do Ministério Público
Federal. Um deles, Paulo Galvão, se referia a Lula como "nove", em
razão do seu dedo amputado em decorrência de um acidente de trabalho no tempo
em que foi metalúrgico.
"No início de
fevereiro de 2016, quando a Lava Jato já preparava a condução coercitiva de
Lula, o procurador Paulo Galvão consultou o chat FT MPF Curitiba 3, de uso
exclusivo dos membros da força-tarefa, sobre a possibilidade de receberem
investigações contra o ex-presidente que corriam em Brasília", aponta a
reportagem.
"Em mensagem no dia 2 de fevereiro,
Galvão avaliou que a equipe do Paraná já conhecia os fatos que vinham sendo
apurados na capital federal, exceto por 'telegramas do itamaraty que mencionam
benefícios às empreiteiras e o uso do 9 para lobby'. Era uma referência a Lula,
assim apelidado por causa do dedo amputado num acidente de trabalho",
escreve ainda o jornalista.
"Os tais telegramas eram um conjunto de correspondências
trocadas de 2011 a 2014 entre o governo brasileiro e autoridades de Angola,
Cuba, Panamá, República Dominicana e Venezuela. Eles foram reunidos pelo MPF de
Brasília de forma sigilosa, em outubro de 2015, numa investigação aberta três
meses antes para apurar se Lula havia favorecido a Odebrecht em obras
financiadas pelo BNDES", lembra Rafael Neves, que também revelou o interesse da Lava Jato em destruir a
Odebrecht.
Vaza Jato revela novo abuso da Lava Jato contra Lula
Reportagem
do jornalista Rafael Neves, publicada no Intercept, mostra como o Ministério
Público do Distrito Federal vazou investigação sigilosa contra o ex-presidente
à força-tarefa de Curitiba
Lula, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: 247 - Reuters) |
247 – Uma nova reportagem da série Vaza Jato, publicada pelo site
The Intercept, revela mais um abuso judicial cometido contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato, investigação que foi decisiva
para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff e permitir a ascensão do
bolsonarismo no País. "A força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba
recebeu uma investigação sigilosa sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva antes de fazer um pedido formal para o compartilhamento dela. O caso ocorreu
durante os preparativos para a operação que obrigou o petista a prestar
depoimento, em 2016. Semanas antes da condução coercitiva de Lula, os
procuradores de Curitiba obtiveram a cópia de uma apuração que, oficialmente,
só seria compartilhada um mês depois por colegas do Ministério Público Federal
no Distrito Federal", aponta a reportagem do jornalista Rafael Neves.
Segundo aponta o
jornalista, "a apuração sigilosa era um Procedimento Investigatório
Criminal, ou PIC, instrumento usado pelo Ministério Público Federal para
iniciar investigações preliminares sem precisar de autorização da
justiça." Ele lembra ainda que, desde que foi obrigada a entregar
seu banco de dados à Procuradoria-Geral da República, no início de julho, a
força-tarefa afirma que "o compartilhamento de PICs é indevido e que
deveria ser pontual, feito apenas mediante justificativa cabível e pedido formal"
e que "o compartilhamento atualmente está suspenso por decisão do ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal."
No entanto, quando o alvo era o
ex-presidente Lula, nenhuma regra era respeitada. "Quando lhe foi
conveniente, porém, a equipe liderada por Deltan Dallagnol se aproveitou da
falta de normas claras sobre compartilhamento de provas no Ministério Público
para 'dar uma olhadinha' em investigações de colegas", aponta o jornalista
Rafael Neves. "Na prática, isso quer dizer que os procuradores de Curitiba
não julgaram necessários os ritos e formalidades que agora exigem da PGR."
Em um desses PICs,
aberto por procuradores do MPF em Brasília, apurava-se um possível tráfico de
influência de Lula para ajudar a empreiteira Odebrecht a fechar contratos com
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES,
no exterior.
Leia a íntegra da reportagem do Intercept e confira a entrevista de
Leandro Demori, editor do site, à TV 247:
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