terça-feira, 14 de julho de 2020

Número de falências dispara 71,3% em junho e previsões são de piora


Em meio a uma crise econômica que se intensifica, as empresas não conseguem resistir. No mês passado, o número de pedidos de recuperação judicial cresceu 44,6% e o de falências decretadas, 71,3% em relação a igual período de 2019
Falências disparam
Falências disparam (Foto: Ag.Brasil)

247 - Levantamento da Boa Vista SCPC aponta que cresce o número de empresas que recorrem a recuperação judicial e das que vão à falência. 
Especialistas apontam que o fenômeno está apenas no começo. A tendência é a aceleração das recuperações judiciais e das falências ao longo do semestre. 
A recuperação judicial, instrumento criado em 2005, representa uma chance de a empresa se recuperar sem que a falência seja decretada. 
Segundo especialistas, essa primeira onda de processos judiciais envolve empresas que já vinham tendo problemas financeiros antes da pandemia, aponta reportagem do Estadão
Na avaliação do sócio-diretor da consultoria Alvares & Marsal, Eduardo Seixas, o crescimento dos processos judiciais ainda está baixo comparado ao tamanho da crise. Para ele, uma das explicações é que os credores estão mais sensíveis à situação provocada pela pandemia e estão evitando recorrer a execuções de garantias – um dos fatores que acabam levando as empresas à recuperação judicial.


Novo pedido de impeachment chega turbinado por assinaturas de Chico Buarque, Casagrande e Bresser Pereira


Chico Buarque, Casagrande e Bresser-Pereira são algumas das personalidades que assinam o novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro a ser encaminhado à Câmara dos Deputados ainda nesta terça-feira
Jair Bolsonaro, Chico Buarque, Casagrande e Bresser-Pereira
Jair Bolsonaro, Chico Buarque, Casagrande e Bresser-Pereira (Foto: Reuters | Senado | Reprodução)

247 - Um novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro será encaminhado nesta terça (14) ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O documento, de 133 páginas, tem o apoio de nomes como o cantor Chico Buarque, o ex-jogador Walter Casagrande e o economista Bresser-Pereira, além de várias entidades que atuam na proteção aos direitos dos trabalhadores e das minorias, como a CUT, UNE, MNU e Apib.
Na lista de supostos crimes de responsabilidade, os autores do pedido citaram falha na gestão da crise do coronavírus, ataques à imprensa, direcionamento ideológico de verba no setor audiovisual e más condutas na área ambiental. 
De acordo com o texto, "as políticas de saúde foram severamente afetadas pela atuação criminosa de Jair Bolsonaro. Além da desarticulação do Sistema Único de Saúde (SUS), que já vinha sendo posta em prática no primeiro ano de gestão, a pandemia da Covid-19 escancarou o desprezo do atual governo pela proteção à saúde da população".
Bolsonaro, que afirmou na última terça-feira (7) estar infectado pelo coronavírus, violou diversas vezes recomendações de autoridades de saúde, ao estimular atos de rua e ao cumprir agenda sem máscara, além de ter se posicionado contra o isolamento radical. 
Na pandemia, Bolsonaro subestimou a doença ao dizer que "talvez tenha havido um pouco de exagero" na maneira como ela foi tratada. Chegou a classificá-la como uma "gripezinha", em março, e perguntou "e daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.
O documento conta com a adesão das entidades Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Negro Unificado (MNU), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), ISA — Instituto Socioambiental, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
Confira a lista de signatários do pedido de impeachment publicada na coluna de Mônica Bergamo:
Chico Buarque de Hollanda
Deborah Duprat
Mauro Menezes
Kenarik Boujikian Felippe
Eduardo Alvares Moreira
Caroline Proner
Padre Júlio Renato Lancellotti
Fernando Gomes de Morais
Iago Montalvão Oliveira Campos
Laís Bodanzky
Lucélia Santos - Maria Lucélia dos Santos
Herson Capra Freire
Dira Paes - Ecleidira Maria Fonseca Paes
Gregorio Byington Duvivier
Marlui Nobrega Miranda
Susana Mara da Silva Lira
Olivia Byington
Carlos Henrique Latuff de Souza
Paula Villela Barreto Borges
Walter Casagrande Junior
Marta de Souza Sobral
Vera Helena Bonetti Mossa
Juca Kfouri - José Carlos Amaral Kfouri
Milton Rodrigues Leite
Maria Clara Salgado Solberg
Ana do Amaral Mesquita
Marcelo Giatti Tieppo
Vitor Mauricio Ruiz Guedes
Marcos Antonio de Oliveira Teixeira
Franklin Siqueira
Carlos Orletti
Ludimilla Santana Teixeira
Patrícia Pontes Zaidan
Gisele Figueiredo Silva
Luciana Boiteux
Rita Maria de Miranda Sipahi
Dora Aparecida Martins
Lenora Canini Avila
Maria das Dores do Rosário Almeida Durica Almeida
Zuleica Campagna
Janete Maria Góes Capiberibe


Isolado internacionalmente, Bolsonaro é denunciado à ONU por descaso com indígenas


Depois de ter sido denunciado em novembro do ano passado por Organizações Não Governamentais perante o Tribunal Penal Internacional, Jair Bolsonaro é agora denunciado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) pelo descaso com que trata os povos indígenas
Bolsonaro é denunciado em organismos internacionais
Bolsonaro é denunciado em organismos internacionais (Foto: Reuters)

247 - O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciou Jair Bolsonaro ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU por descaso na proteção dos povos indígenas. 
O ofício do senador cita os vetos de Bolsonaro que desobrigam o governo de fornecer água potável, higiene e leitos hospitalares a indígenas, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.
Não é a primeira vez que Jair Bolsonaro é apontado em organismos internacionais como responsável por maus tratos aos povos indígenas. O Brasil foi denunciado em novembro do ano passado no Tribunal Penal Internacional e em março último no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo desmonte das políticas ambientais e sociais indigenistas e pelo risco elevado de genocídio contra os indígenas isolados. 



Apucarana planeja retomada econômica pós-pandemia


Proposta foi discutida pelo prefeito Junior da Femac com representantes da Acia, Sebrae e Saúde Pública 
(Foto: PMA)

Em reunião convocada no final da tarde desta segunda-feira (13/07), o prefeito Junior da Femac apresentou uma proposta visando o planejamento da retomada econômica de Apucarana no pós-pandemia do Coronavírus. “Buscamos a implementação rápida de uma agenda de fomento do nosso comércio, serviços e indústrias”, anunciou o prefeito.
O tema foi discutido com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), Jayme Leonel; o vice da Acia, Wanderlei Faganello; Tiago Cunha, do Sebrae; Roberto Kaneta e Emídio Bachiega, da Autarquia Municipal de Saúde; o secretário de gestão Pública, Nicolai Cernescu Junior; e o advogado Paulo Sérgio Vital.
Junior da Femac informou que a Prefeitura de Apucarana está contratando um estudo do Sebrae para direcionar as ações em favor de todos os segmentos econômicos da cidade. “Queremos que o levantamento das informações junto aos comerciantes, prestadores de serviços e indústrias seja iniciado de imediato”, anunciou Junior. Ele lembrou que após quatro meses de enfrentamento da Covid-19 Apucarana apresenta 350 casos de contaminação e 11 óbitos, e que tudo está funcionado bem na cidade com a adoção de medidas preventivas.
A partir das informações estratégicas repassadas pelo Sebrae, a Prefeitura de Apucarana irá adotar ações para dinamizar e fortalecer principalmente o comércio local. “Nossa intenção é fazer tudo o que for possível para fomentar as nossas atividades econômicas, sempre respeitando as recomendações restritivas da saúde”, adiantou Junior da Femac. Ele citou a possibilidade de antecipar a campanha promocional do Natal e estratégias para atrair mais consumidores.
Para o presidente da Acia, Jayme Leonel, a proposta do prefeito é muito bem vinda. “Precisamos atender as empresas que foram mais impactadas pela pandemia e desde já parabenizamos o prefeito pela iniciativa e sua clareza em relação a esse trabalho de retomada econômica”, comentou Leonel.
Tiago Cunha, do Sebrae, revelou que o estudo para organizar o plano de retomada econômica pós-Covid terá três fases distintas. “Primeiro vamos levantar as informações em relação aos impactos negativos em todas as áreas. Em seguida, iremos atuar com uma força tarefa para colocar em prática as estratégias de execução; e por último teremos o monitoramento de todas as ações previstas”, explicou o consultor do Sebrae.


Regional de Saúde de Apucarana se destaca no enfrentamento do Covid-19


Estratégias integradas entre os 17 municípios da 16ª RS são selecionadas em avaliação do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde
O relato das ações de enfrentamento integrado da Covid-19 entre os municípios da área de abrangência da 16ª Regional de Saúde (16ª RS) foi selecionado na iniciativa do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que visa promover à divulgação de experiências exitosas de combate a pandemia.  Ao ser selecionada, a experiência da regional de saúde de Apucarana está habilitada para concorrer ao Prêmio APS Forte no SUS de 2020.
A estratégia regional integrada de enfrentamento à pandemia da Covid-19 foi organizada em conjunto pela 16ª RS e Conselho Regional de Secretarias Municipais de Saúde (CRESEMS), com o apoio do Conselho Estadual de Secretários de Saúde (COSEMS). O êxito das ações pode ser medido pela 16ª RS estar entre as cinco regionais de saúde com o menor índice de incidência da Covid-19 no Paraná. O Estado possui 22 regionais de saúde.
Um vídeo institucional, gravado hoje na sede da 16ª RS, demonstrando a experiência regional exitosa no enfretamento da pandemia, será publicado no site oficial e demais redes sociais do Ministério da Saúde e da Opas. Participaram da gravação o chefe da 16ª RS, Altimar Carleto; a apoiadora do COSEMS-PR, Luana Tironi; os secretários municipais de Apucarana Roberto Kaneta, de Arapongas Moacir Paludetto Junior, de Jandaia do Sul Elza Maria Ferraz, e de Marumbi Juliana Ferreira Canassa Campitelli; além das enfermeiras da regional de saúde Edinalda de Moura e Edileuza Nardi.
Lembrando que a experiência da regional de Saúde de Apucarana foi selecionada entre mais de 4 mil inscrições de experiências da APS (Atenção Primária à Saúde) no país, neste enfrentamento da COVID, a apoiadora do COSEMS, Luana Tironi, destaca as principais estratégias de enfrentamento regional do novo coronavírus. Entre elas está a criação do Comitê Organizativo de Emergências (COE), que tem a finalidade de discutir as ações que devem ser desenvolvidas pelos 17 municípios da regional de saúde.
“Também estão entre as estratégias, a educação permanente para os profissionais da atenção primária da saúde para atuar com essa nova realidade de pandemia e a elaboração de um Manual de Recomendações, como orientações de fluxos e protocolos de atendimento. O manual tem sido trabalhado com as equipes técnicas municipais para que todos tenham alinhamento do processo de trabalho enquanto região. Isso proporciona troca de experiência e um processo de educação permanente”, informa Luana.
O chefe a 16 RS, Altimar Carleto, observa que a regional de saúde de Apucarana teve seu trabalho escolhido pela Opas para ser exemplo para o país e até para as Américas. “É um trabalho sobre a governança regional para o enfrentamento da Covid-19, executado pela regional de saúde, mas com a união de todos os municípios da nossa região e o apoio do CRESEMS e COSEMS. Todos juntos, numa só força, participaram da definição de estratégias que tiveram um resultado altamente positivo, no sentido das orientações, recomendações, tendo como foco principalmente a atenção básica e a rede de urgência e emergência”, avalia Carleto.
Para o diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana e presidente do CRESEMS da 16ª RS, Roberto Kaneta, a administração do prefeito Junior da Femac, tendo o município de Apucarana como pólo regional de saúde, “tem valorizado a governança regional, que nesta pandemia dá suporte aos municípios menores nas questões do rastreamento, diagnóstico, isolamento, distanciamento e realiza de forma racional a utilização do serviço de saúde para situações emergenciais da síndrome respiratória aguda grave.”
O prefeito Junior da Femac assinala que, em Apucarana, o enfrentamento da pandemia do Coronavírus vem sendo feito com muita seriedade, planejamento e trabalho. “Criamos o Pronto Atendimento do Coronavírus,que atende rápido e monitora diariamente centenas de pessoas. No início de abril baixamos o decreto obrigado o uso de máscara e distribuímos 170 mil peças; também entregamos 48 mil frascos de sabonete líquido”, lembrou Junior, acrescentando que Apucarana vem influenciando o combate ao vírus no Vale do Ivaí.


“Casa do Dodô” recebe R$ 100 mil em recursos


Os recursos estaduais, que chegaram ao fundo por deliberação do Conselho Estadual da Assistência Social (CEAS/PR), são destinados ao custeio de materiais permanentes como mobília nova e equipamentos de informática para a entidade 
(Foto: Arquivo)

A Residência Inclusiva Casa do Dodô, de Apucarana, está recebendo R$100 mil via Fundo Municipal de Assistência Social. O termo de fomento entre a entidade e a Prefeitura de Apucarana foi assinado nesta segunda-feira (13/07). Os recursos estaduais, que chegaram ao fundo por deliberação do Conselho Estadual da Assistência Social (CEAS/PR), são destinados ao custeio de materiais permanentes como mobília nova e equipamentos de informática para a entidade.
O prefeito Júnior da Femac salienta que para a conquista do recurso a “Casa do Dodô” apresentou um plano de trabalho. “Esta residência inclusiva faz um belo trabalho de atendimento a pessoas com necessidades especiais que, por diversos motivos, tiveram o vínculo familiar rompido”, pontuou o prefeito. Ele lembra que em abril deste ano o Município já havia repassado outros R$120 mil, oriundos do Governo Federal.
A Casa do Dodô é uma entidade que não visa fins lucrativos e, além de apoio governamental, está aberta a receber contribuições da sociedade. “Além de recursos financeiros é possível colaborar com materiais escolares, roupas, alimentos, material de limpeza, entre outros itens”, relata Ana Paula Nazarko, secretária Municipal da Assistência Social.
Atualmente a “Casa do Dodô” abriga 10 pessoas com idade superior a 18 anos. O local conta com uma equipe multidisciplinar composta por nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, assistente social e acompanhamento espiritual. Mais informações sobre a residência inclusiva e como fazer doações podem ser obtidas no site http://casadododo.com.br ou pelo telefone 3422-9728.