domingo, 5 de julho de 2020

Lava Jato chega ao momento mais difícil após contestações de Aras


Lava Jato vem sendo contestada pelo procurador-geral Augusto Aras. Membros da força-tarefa de Curitiba têm certeza de que Aras pretender centralizar todas as investigações sobre corrupção do governo
(Foto: Agência Brasil)

247 - A força-tarefa da Operação Lava Jato está envolvida com suspeitas de irregularidades, enfrentando críticas externas e internas. A equipe de Curitiba, coordenada por Deltan Dallangol, recebe ataques diretos da Procuradoria-Geral da República (PGR). O confronto se estende com Augusto Aras, que recebeu de Jair Bolsonaro a promessa de indicação para uma eventual terceira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do portal Correio Braziliense
Os procuradores da Lava Jato alimentam a certeza de que Aras quer centralizar todas as investigações sobre corrupção do governo. A PGR tem dois objetivos principais, segundo a reportagem: proteger Bolsonaro e desconstruir a imagem que ainda resta do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro. A disputa entre Aras e a força-tarefa de Curitiba iniciou justamente quando Moro saiu do governo.
A guerra envolvendo a Lava Jato vem ganhando novos capítulos bombásticos com bastante frequência. Nos últimos dias, surgiram informações de que a equipe de Curitiba teria usado equipamento de gravação e interceptação telefônica de forma ilegal. Deltan Dallagnol negou, mas a Lava Jato admitiu, através de ofício enviado a PGR na semana passada, que o aparelho teria gravado “sem querer” algumas pessoas, depois de servidores terem saído do grupo e “esquecido” o terminal de gravação ligado. 


Com 64.375 mortes, Brasil registra 1.579.394 infectados com a Covid-19


O último balanço divulgado no sábado (4) apontou 1.111 novas vítimas fatais da Covid-19 registradas em 24 horas, 1.578.376 infectados e 64.365 mortes provocadas pela doença no Brasil
Cemitério Parque Tarumã, em Manaus 26/06/2020
Cemitério Parque Tarumã, em Manaus 26/06/2020 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - O número de casos confirmados da Covid-19 atingiu 1.579.394 com 64.375 mortes provocadas pela doença no Brasil, aponta o boletim divulgado até as 8h da manhã deste deste domingo (5) por um consórcio inédito formado entre veículos de imprensa. A informação é do portal G1. 
O balanço divulgado no sábado (4) às 20h indicou 1.578.376 infectados e 64.365 mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil, com 1.111 novos óbitos registrados nas últimas 24 horas, acrescenta a reportagem. 
O registro foi apurado por um consórcio inédito formado entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, com dados das secretarias estaduais de saúde


Pimenta vai à PGR e ao CNMP contra Deltan e procuradores que trabalharam de forma clandestina com os Estados Unidos


Deputado Paulo Pimenta abriu processo contra Deltan Dallagnol e outros integrantes da Lava Jato depois que a Agência Pública e o Intercept revelaram que eles trabalharam clandestinamente em parceria com o FBI para defender interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos
Paulo Pimenta e Deltan Dallagnol
Paulo Pimenta e Deltan Dallagnol (Foto: Câmara dos Deputados | ABr)

247 – O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou neste sábado duas representações contra procuradores da Lava Jato. O motivo é a reportagem da Agência Pública e do Intercept Brasil que revelou que Deltan Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato trabalharam com o FBI, a polícia federal norte-americana, de forma clandestina e à margem da lei brasileira, em defesa de interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos. As reportagens deixam claro que um dos objetivos era a destruição da Odebrecht, maior empresa brasileira de engenharia e construção pesada.
Pimenta lembra, em sua representação, que, de acordo com a lei brasileira, qualquer cooperação judiciária internacional com o FBI deveria passar pelo Ministério da Justiça. No entanto, mesmo alertado pelo procurador Vladimir Aras, Dallagnol decidiu cooperar com os Estados Unidos à margem da lei brasileira. "Face ao exposto e tendo-se por fartamente demonstrado que o Procurador Reclamado exorbitou de suas funções constitucionais, maculando dispositivos da Recomendação Geral do CNMP, da Lei Orgânica do Ministério Público Federal e da Constituição Federal, é a presente Reclamação para que esse Conselho Nacional do Ministério Público, nos limites de sua competência constitucional, proceda à abertura do competente procedimento administrativo e, ao final aplique ao Reclamado, se for o caso, as penalidades compatíveis com a falha funcional e administrativa aqui noticiada", escreve Pimenta em sua representação ao CNMP.
Na reclamação à PGR, de deputado menciona ainda os parlamentares Thaméa Danelon, Vladimir Aras, Paulo Roberto Galvão e Carlos Bruno Ferreira. No documento, Pimenta pede: (1) Afastamento cautelar dos envolvidos dos citados cargos públicos e vedação de acesso, enquanto durarem as investigações, a fatos, pessoas e documentos da Operação Lava-jato; (2) Suspensão do exercício funcional enquanto ocorrerem as apurações, com a transferência de todos para funções administrativas e (3) Recolhimento dos respectivos passaportes dos envolvidos. O motivo é o mesmo: a cooperação ilegal com os Estados Unidos, o que configuraria também o crime de improbidade administrativa.

Advogado de Bolsonaro, Wassef promete “explodir todo mundo em rede nacional ao vivo”


Wassef pretende conceder uma entrevista à TV para falar sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, conhecido como 'Capitão Adriano', executado pela polícia da Bahia dentro do sítio de um político do PSL
Frederick Wassef
Frederick Wassef (Foto: Reprodução)

247 - O agitado Frederick Wassef, antes defensor de Flávio Bolsonaro e ainda advogado de Jair Bolsonaro, pretende conceder uma entrevista à TV para falar sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, conhecido como 'Capitão Adriano', executado pela polícia da Bahia dentro do sítio de um político do PSL. “Vou explodir todo mundo em rede nacional ao vivo. Poderosos políticos do Rio mandaram assassinar o Adriano. Tenho provas. Os mesmos que executaram o Adriano iriam executar o Fabrício Queiroz”, declarou Wassef, de acordo com interlocutores. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
O advogado informou que ainda trabalha com Bolsonaro. "Tenho seis procurações assinadas, tudo o que fiz foi autorizado por ele. Sou advogado do presidente, sim", afirmou.
Wassef revela também, através de diálogos com interlocutores, que falou com Bolsonaro no dia da prisão de Queiroz. “Não preciso mandar recado. Se eu quiser, ligo agora no celular e ele me atende”, afirmou o advogado, para mostrar que sua proximidade com Bolsonaro.
“Não dá para negar uma história que está registrada com tantas fotos e filmes. Fora aqueles que eu tenho comigo e que ninguém nem sonha e nem imagina. Está tudo guardado a sete chaves e mesmo se a bandidagem do Rio quiser fazer busca e apreensão não vai encontrar nada”, conclui Wassef.