segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mais uma de Decotelli: universidade alemã diz que ele não tem pós-doutorado que consta em seu currículo


Novo ministro da Educação foi desmentido pela própria Universidade de Wüppertal depois de divulgar que teria feito estudos de dois anos de pós-doutorado na instituição alemã. As falsificações são a marca do currículo do agora ministro da Educação
Carlos Alberto Decotelli
Carlos Alberto Decotelli (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, Carlos Alberto Decotelli, não estudou por dois anos na  Universidade de Wüppertal, na Alemanha, como divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e segundo consta no Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A reportagem é do jornal O Globo.
A instituição alemã esclareceu ao Globo que o ministro conduziu pesquisas na universidade por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.
"Carlos Decotelli não obteve nenhum título na nossa universidade", afirmou a responsável pela comunicação da Bergische Universität Wüppertal (BUW), Jasmine Ait-Djoudi.

Decotelli descreve em seu currículo, disponível na plataforma Lattes do CNPq, que frequentou a universidade alemã entre 2015 e 2017.


Mulher de Queiroz negocia delação premiada antes de se entregar


Foragida desde o dia 18 de junho, quando teve sua prisão preventiva decretada, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, teria procurado dois escritórios de advocacia na semana passada para discutir uma possível delação premiada
Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz
Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz (Foto: Reprodução)

247 - Foragida desde o dia 18 de junho, quando teve sua prisão preventiva decretada, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, teria procurado dois escritórios de advocacia na semana passada para avaliar uma possível delação premiada. A informação é do portal Valor Econômico. 
A esposa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou terceiros para consultar os advogados sobre a possibilidade de delação. Ela, portanto, estaria disposta a contar o que sabe sobre o esquema de rachadinha que acontecia no antigo gabinete do filho do presidente.

Alexandre Frota é condenado por publicar ‘fake news’ contra ex-líder do PT


Frota deve pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ex-presidente do diretório do PT em Ubatuba, Gerson Florindo
Deputado Alexandre Frota (PSDB) confirmou o desconto no salário
Deputado Alexandre Frota (PSDB) confirmou o desconto no salário (Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) foi condenado pela juíza Jane Franco Martins, da 40ª Vara Cível Central de São Paulo, a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ex-presidente do diretório do PT em Ubatuba, Gerson Florindo, por propagar ‘fake news’ no Facebook, no Twitter e no YouTube. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Frota gravou e publicou um vídeo acusando Florindo de se passar por eleitor de Jair Bolsonaro (sem partido) e atacar instituição religiosa onde estava o até então candidato Fernando Haddad (PT), de acordo com os autos.
Intitulado ‘A maracutaia do PT e do Haddad não funcionou’, o vídeo citado mostra um homem vestido com uma camiseta de campanha de Bolsonaro, destilando ódio contra Hadadd e proferindo ameaças à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O conteúdo foi removido das plataformas do Facebook, Twitter e YouTube, mas a juíza ainda determinou que Frota disponibilize uma nota de retratação em suas redes sociais por 15 dias, sob pena de multa de R$ 150 mil, uma vez que o vídeo publicado pelo deputado federal gerou grande visibilidade e repercussão, acrescenta a reportagem.

Maioria da população condena manifestações antidemocráticas e fake news contra STF e Congresso, aponta Datafolha


Segundo pesquisa do Datafolha, 68% da população consideram uma ameaça à democracia as manifestações de rua que pedem o fechamento do Supremo e do Congresso
(Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - A maioria dos brasileiros considera uma ameaça à democracia as manifestações que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e as fake news com ataques a membros desses poderes da República, revela pesquisa do Datafolha feita em 23 e 24 de junho, com 2.016 pessoas por telefone. 
A pesquisa registra que 81% dos entrevistados consideram uma ameaça à democracia espalhar fake news contra essas autoridades. As manifestações de rua contra os Poderes Judiciário e Legislativo são condenadas como antidemocráticas por 68%. 
É também 68% o índice de pessoas contrárias aos pedidos de intervenção feitos em redes sociais.
Apresentados em reportagem de Igor Gielow na Folha de S.Paulo, esses dados realçam que as atitudes dos bolsonaristas, apoiadas por Jair Bolsonaro, de atacar as instituições democráticas são aspectos destacados da crise política do país. 
Defensor da ditadura militar, da tortura e da intervenção das forças armadas para impor um regime autoritário, Jair Bolsonaro agudiza a crise política e institucional. 


Prefeitos tentam convencer o TSE que é impossível fazer eleição neste ano


Prefeitos tentam convencer o TSE que é impossível fazer eleição neste ano

Em vídeoconferência marcada para esta segunda-feira (29), dirigentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prefeitos das cinco regiões do País tentarão convencer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que é impossível realizar a eleição municipal deste ano.
Os debatedores vão elencar uma série de argumentos, a começar pelo de que, sem vacina, é impossível garantir que o pleito aconteça com zero risco de contágios. Os gestores vão defender ainda que as campanhas municipais dependem muito mais do corpo a corpo do que da internet. Levarão dados: mais de mil dos 5.570 municípios brasileiros não possuem sinal ou banda larga; entre candidatos a prefeito, a vice e a vereador, serão mais de 500 mil no país; as estruturas para as campanhas devem incluir, por baixo, cinco milhões de cabos eleitorais, o que significa muita gente em circulação. E vão se mostrar preocupados com a questão econômica. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, defende que o pleito em 2020 pode, inclusive, “desencadear uma segunda onda da covid-19 no Brasil.”
Na semana passada o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que transfere as eleições de 2020 para os dias 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro. As datas originais são 4 e 25 de outubro. Agora, a mudança precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde parte do chamado Centrão (220 deputados) ameaça inviabilizá-la. O grupo está rachado: parte acompanha o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que endossa a alteração aprovada no Senado; e parte cerra fileiras junto ao líder do PP e coordenador do bloco, deputado Arthur Lira (AL), defendendo a manutenção do pleito em 4 de outubro. A Câmara quer resolver o assunto até sexta-feira (3), em função de novos prazos de desincompatibilização, no sábado. (CP).
Fonte: Contraponto

TCU mostra que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial sem ter direito


TCU mostra que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial sem ter direito

Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) obtido pela TV Globo mostra que 620 mil pessoas, inclusive mortos, receberam o auxílio emergencial do governo federal sem ter direito. Segundo o relatório, caso esses pagamentos indevidos não sejam interrompidos, podem gerar um prejuízo de mais R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Embora o benefício seja destinado apenas a quem está enfrentando dificuldades financeiras durante a pandemia, o documento do TCU mostra que até milionários receberam.
Segundo o relatório, foram pagos R$ 35,8 bilhões para 50.228.253 milhões de beneficiários. Dentre eles, 235.572 empresários, que não são microempreendedores individuais, receberam o benefício irregularmente. Também foram pagos 15.850 auxílios para pessoas com renda acima do limite estabelecido pelo programa.
Fonte: Contraponto

Bolsonaro faz agrado à cúpula das Forças Armadas aumentando salários de oficiais em até R$ 1.600


A partir do próximo mês, militares terão aumento de até R$ 1.600 nos rendimentos, adicionando valores a salários brutos que já são altos. A medida vai favorecer oficiais das Forças Armadas
(Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - Em completa contradição com o quadro de dificuldades econômicas do país e de crescimento da pobreza, o governo Bolsonaro vai aumentar os rendimentos de um grupo restrito de oficiais superiores das Forças Armadas. 
Milhões de trabalhadores perdem empregos ou são atingidos por suspensão e corte de salários. A ajuda emergencial não chega a todos os que precisam, mas Bolsonaro vai beneficiar militares com um aumento de até R$ 1.600  em salários que já são muito altos. 
O benefício que será aumentado, chamado de “adicional de habilitação”, criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, é concedido a quem fez cursos ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas. Na primeira delas, o privilégio para quem fez “curso de altos estudos”, por exemplo, subirá a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor do soldo. O aumento vale para militares da ativa e da reserva, informa reportagem do Estadão.
Com isso, um general de quatro estrelas, topo hierárquico das três Forças, passará a somar R$ 5.600 por mês ao soldo de R$ 13.400. Até então, o adicional era de cerca de R$ 4.000 mensais. Eles ainda acumulam outros adicionais que elevam o salário para, pelo menos, R$ 29.700 – a remuneração pode subir, a depender da formação, permanência em serviço, atividades e local de trabalho.
Atualmente, recebem o adicional basicamente oficiais e, no caso do Exército, alguns praças. Militares de baixa patente da Aeronáutica e da Marinha também pressionam para receber. Questionado pelo Estadão, o Ministério da Defesa não informou quantos militares recebem o benefício e qual será o impacto total na folha de pagamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Desde que assumiu, em janeiro de 2019, Bolsonaro já fez outros agrados aos militares. Empregou 2.900 no seu governo e promoveu uma reforma previdenciária mais amena.
Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do general Luiz Eduardo Ramos (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e de Bento Albuquerque. Em março, pagamento mais recente publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência. Os valores, contudo, caíram para R$ 24.861,18 e R$ 28.140,46, pela regra do abate-teto. O redutor é aplicado porque servidores não podem acumular vencimentos além de R$ 39,2 mil, valor do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Oficiais das Forças Armadas comandam dez ministérios. Há cerca de 3 mil militares em diferentes postos do governo Bolsonaro.