domingo, 14 de junho de 2020

Presidente do TSE sugere adiar eleições e estender horário de votação


Barroso diz que sugestão é uma janela que vai de 15 de novembro até 20 de dezembro, mas que decisão final é do Congresso Nacional: "Sugerimos adiar as eleições por algumas semanas"

O atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso - (Foto: Roberto Jayme/ASCOM/TSE)


Após quase três meses de pandemia de Covid-19, é hora de definir os impactos da doença no calendário das eleições municipais deste ano, de acordo com o atual presidente do Tribunal Superior EleitoralLuís Roberto Barroso. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Pauloo ministro antecipou os planos do TSE, que preveem o adiamento do pleito e novas regras de votação.
Segundo eles, medidas para a realização das "Eleições 2020" tem sido elaboradas após reunião por videoconferência com médicos de diferentes especialidades. A percepção é que, possivelmente em setembro, a curva de casos e óbitos pelo novo coronavírus "já estaria decrescendo".
"Como a gente precisa programar isso [as eleições] com alguma antecedência, sugerimos adiar por algumas semanas. Mas a decisão é do Congresso. A sugestão do TSE é uma janela que vai de 15 de novembro até 20 de dezembro. Seria o limite para o segundo turno para que possamos dar posse até o dia 1.º de janeiro", afirmou Barroso.
Questionado sobre novas regras para as eleições municipais em meio à pandemia, o ministro explica que a ideia de estender o horário é muito provável. "Possivelmente de 8h às 20h. Com isso, ganharíamos três horas de votação. Recomendarmos, darmos preferência a faixas etárias por horário para evitar aglomeração também é uma ideia que está colocada", disse. Ainda segundo o presidente do TSE, a proposta é que as pessoas mais idosas votariam na primeira hora da manhã.
Barroso também apontou que há "problemas" em realizar as eleições em dois dias. O primeiro é que encareceria cerca de R$ 180 milhões extras aos cofres públicos e o segundo, de acordo com ele, "é a segurança das urnas durante a noite".
Cuidados com a saúde
"Estamos ouvindo especialistas para preparar uma cartilha com o passo a passo das eleições. Coisas básicas como não levar a mão à boca, aos olhos. O eleitor vai ter que votar e, em seguida à votação, ter um servidor de luva que dará um jato de álcool gel para limpar a mão. O álcool gel tem que ser depois do voto, porque senão estraga a urna e a biometria", falou Barroso sobre cuidados a serem tomados durante o voto.
Fonte: UOL com RedeTV

Após desmonte de acampamento, bolsonaristas disparam fogos de artifício e fazem ameaças ao STF (vídeo)


Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o grupo dispara fogos de artifício contra o prédio do STF enquanto profere insultos e ameaças contra os ministros da Corte. "Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda”, diz um homem no vídeo
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ataque-stf-fogos-artifício (Foto: Redes sociais Wiliam de Lucca)

247 - Um grupo formado por cerca de 30 manifestantes atacou o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite deste sábado (13). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o grupo dispara fogos de artifício em direção ao prédio do STF, simulando uma espécie de bombardeio, enquanto profere insultos e ameaças contra os ministro da Corte.
Ataque aconteceu no mesmo dia em que a Polícia Militar do Distrito Federal desmontou um acampamento de apoiadores de Jair Bolsonaro montado nas imediações da Praça dos Três Poderes. Ao longo doa dia de ontem, um grupo já havia tentado invadir o prédio do STF. 
No vídeo, um homem aparece fazendo ameaças e insultos contra os ministros Ricardo Lewandovsky, Rosa Weber, Carmem Lúcia, Gilmar Mendes, e o presidente do STF, ministro Dias Toffoli. “Se preparem, Supremo dos bandidos, aqui é o povo que manda”, diz o homem no vídeo.
Após o ataque o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou o fechamento da Praça dos Três Poderes para evitar novos atos do gênero. 


Donos de páginas como “Bolsonaro Opressor” e “Bolsonaro Zueiro” fazem parte do gabinete de ódio no Planalto


Reportagem do jornal O Globo explica quem são os integrantes do gabinete do ódio, liderado por Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro / "Bolsonaro Opressor" e Jair Bolsonaro
Carlos Bolsonaro / "Bolsonaro Opressor" e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

247 - O organizador da propaganda digital do bolsonarismo, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), contratou donos de páginas de memes pró-Jair Bolsonaro, na época da campanha eleitoral de 2018. Hoje, eles fazem parte do gabinete do ódio bolsonarista. O jornal O Globo fez uma reportagem para mostrar quem são esses integrantes da equipe do “02”.
“O recrutamento foi definitivamente selado numa reunião do clã Bolsonaro com alguns desses jovens, no salão de festas do primogênito e hoje senador Flávio, em 11 de março de 2017 — mais de um ano e meio antes da eleição”, afirma a reportagem.
Fazem parte do gabinete do ódio o dono das páginas “Bolsonaro Zuero”, José Mateus Sales Gomes, e “Bolsonaro Opressor”, Tércio Arnaud Thomaz - que agora têm assento no terceiro andar do Palácio do Planalto. Além destes dois, há também o ex-aluno de Olavo de Carvalho, Mateus Matos Diniz.
Na reunião de 2017, também compareceram o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), então vereador de Niterói; o deputado estadual de São Paulo Gil Diniz, o “Carteiro Reaça”, que era assessor de Eduardo Bolsonaro; e Guilherme Julian Freire, líder do Endireita Fortaleza e agora assessor do deputado Hélio Lopes.

Bolsonaristas agridem militantes do MBL que realizavam ato contra o governo


“Você não vai falar do meu presidente”, gritava uma mulher enquanto agredia os militantes do MBL que se encontravam em um carro de som com um cano de bandeira
(Foto: Reprodução)

247 - Militantes bolsonaristas atacaram membros do Movimento Brasil Livre (MBL) que faziam um ato contra o presidente em frente ao Palácio do Planalto na sexta-feira, 12, informa coluna de Bela Megale no jornal O Globo.
“Você não vai falar do meu presidente”, gritava uma mulher enquanto agredia os militantes do MBL que se encontravam em um carro de som com um cano de bandeira. O MBL levou um carro de som para o local para criticar as alianças de Jair Bolsonaro com o centrão.
O evento é significativo da perda de apoio cada vez maior do governo federal. O MBL foi parte fundamental do golpe de Estado, organizando o impeachment fraudulento de Dilma e a prisão ilegal de Lula. O movimento foi determinante para o crescimento da extrema-direita e do fascismo no País.


Pandemia e falta de rumo na economia deixam mais da metade da população em idade de trabalho sem emprego


Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que mais da metade da população em idade de trabalhar (51,5%) estava desempregada ao longo do mês de abril
(Foto: Reuters)

247 - Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a falta de rumo da política econômica por parte do governo Jair Bolsonaro, associada à pandemia do novo coronavírus, fez com que mais da metade da população em idade de trabalhar ficasse desempregada ao longo do mês de abril. 
Ainda segundo a pesquisa, o índice da parcela da população em idade de trabalhar caiu de 54,3% em fevereiro para 48,5% em abril. O dado aponta que 51,5% da população nesta faixa etária estava desempregada no período. 
“O tombo do mercado de trabalho na segunda quinzena de março, que se aprofundou em abril, foi bem maior do que o já indicado pelo IBGE e pelo  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. É a primeira vez em que menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada: 48,8% na segunda quinzena de março e 48,5% no mês de abril”, disse o economista Marcos Hecksher, responsável pelo cruzamento das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, em entrevista ao jornal O Globo
Ainda segundo a reportagem, a paralisação da economia em decorrência da pandemia não possibilita acompanhar com precisão o  índice do desemprego, que passou de 11,2% no trimestre encerrado em janeiro para 12,5% em abril. A explicação está no fato de que muitos dos que perderam o emprego em função da pandemia ainda não estão buscando uma vaga por conta das medidas de isolamento social. Desta forma, não são considerados tecnicamente desempregados. Um outro ponto está no fato de que o IBGE utiliza dados trimestrais, neste caso o período de fevereiro a abril, abrangendo um mês em que a epidemia ainda não tinha chegado ao Brasil.