quarta-feira, 10 de junho de 2020

Com Bolsonaro, Brasil despenca 10 posições em ranking mundial da paz pelo 2º ano seguido


Brasil aparece na 126ª posição em um ranking de 163 países do Índice Global da Paz, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz, da Austrália. Na América do Sul, o Brasil está atrás apenas da Colômbia e da Venezuela
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - O Índice Global da Paz, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz, da Austrália, aponta que o Brasil despencou dez posições no ranking que mede a paz em nível mundial, passando a figurar na 126ª posição em um ranking de 163 países. Segundo o levantamento, em todo o continente sul-americano o Brasil está atrás apenas da Colômbia e da Venezuela, que ocupam a 140ª e 149 posição, respectivamente. 
“Por trás dessa queda brusca no Brasil estão o aumento do número de policiais e da percepção de criminalidade, além do crescimento de mortes por conflitos internos e do encarceramento, dentre outros fatores”, disse o fundador do Instituto para Economia e Paz, Steve Killelea, ao jornal O Globo. 
Ainda segundo ele, a polarização e a crescente instabilidade política do Brasil também influenciaram a queda do Brasil no ranking do Índice Global da Paz.  “Se olharmos de uma perspectiva regional, o Brasil teve a maior deterioração na América do Sul este ano, atrás apenas da Venezuela”, completou. 
O levantamento aponta que a Islândia continua sendo considerado o país mais pacífico do mundo, seguido por Nova Zelândia, Áustria, Portugal e Dinamarca. As últimas posições são ocupadas pelo Afeganistão, considerada a nação menos pacifica do mundo, pelo segundo ano seguido, Síria, Iraque, Sudão do Sul e Iêmen aparecem na sequência.

Tesoureiro do PSDB, Ronaldo Cezar Coelho compra 20% da Light


O investidor Ronaldo Cezar Coelho passou a deter 20,01% do capital da Light. No âmbito da Lava Jato, ele foi apontado na delação da Odebrecht como operador de caixa 2 eleitoral do senador José Serra (PSDB-SP)
Ronaldo Cezar Coelho, portão da Light e José Serra
Ronaldo Cezar Coelho, portão da Light e José Serra (Foto: Reprodução | Ag. Senado)

247 - O investidor Ronaldo Cezar Coelho passou a deter 20,01% do capital da Light. A companhia tem um valor de mercado de R$ 5,3 bilhões, de acordo com o Brazil Journal
No âmbito da Operação Lava Jato, Coelho foi apontado na delação da Odebrecht como operador de caixa 2 eleitoral do senador José Serra (PSDB-SP). Também já foi indiciado por sonegação e evasão de divisas
No final de janeiro, o ex-banqueiro anunciou que detinha 10,17% do capital da distribuidora após comprar parte de um bloco de ações vendido pelo BNDES a R$ 23,85 por ação. Em abril, aumentou a posição para 15% da empresa. 
A Cemig ainda é a maior acionista da Light, com 23% do capital. 

Com 743 mil infectados, Brasil tem 38,5 mil mortes provocadas pela Covid-19


Com 1.185 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde decidiu retirar do Datasus, portal de dados na internet, informações sobre infectados
Cemitério em Manaus 13/05/2020
Cemitério em Manaus 13/05/2020 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - O Brasil registra nesta manhã de quarta-feira (10) 743.047 casos confirmados da Covid-19 e 38.543 mortes provocadas pela doença. Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL. A matéria é do portal G1.
O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (9), informa 38.497 vítimas fatais e 742.084 casos de contágio pelo novo coronavírus no país, acrescenta a reportagem. Nas últimas 24 horas, cerca de 1.185 mortes foram registradas. 
Ministério da Saúde retirou de seu portal de dados na internet, o Datasus, as informações sobre CEPs (Código de Endereçamento Postal) de casos de Covid-19. 
A alteração é uma dentre as outras já denunciadas na redução da transparência dos dados sobre o novo coronavírus, a exemplo do total de óbitos e de casos confirmados, que só voltaram a ser divulgados após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Barroso rebate bolsonaristas e ironiza: "militares vão dar golpe em nome da cloroquina?"


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) rebateu as críticas dos bolsonaristas, que atribuem à suprema corte as atuais mazelas do país. Disse que os militares já estão no governo e não teriam por que dar um golpe. Ironicamente, questiona: com os militares no governo, dar um golpe não faria sentido. "eles vão dar o golpe [em nome] de quê? Difundir a cloroquina?"
Ministro Luís Roberto Barroso
Ministro Luís Roberto Barroso (Foto: Abdias Pinheiro/ASCOM/TSE)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso disse que o governo Bolsonaro tem um "paraquedista" no Ministério da Saúde, e que isto não é culpa do STF. Ele rebate os bolsonarfistas que condenam a corte e afirma que não foram as decisões do Supremo que fizeram o Brasil ter o pior combate à pandemia no mundo.
Barroso citou as mazelas do Brasil e perguntou se o real foi "a moeda que mais se desvalorizou" no planeta ou se "temos sido o pior país no combate à pandemia no mundo" porque Alexandre de Moraes impediu a nomeação de Ramagem na PF ou porque ele impediu a expulsão de venezuelanos do Brasil.
O ministro também disse que não é por causa do STF que o país está em seu terceiro ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (interino), "que é paraquedista, e não sanitarista ou epidemiologista ou infectologista", e não tem experiência como gestor.
Barroso não vê risco de golpe militar. Com ironia, perguntou se os militares que já estão no governo dariam um golpe para difundir a cloroquina e refutou os bolsonaristas sobre o suposto papel moderador das Forças Armadas, que supostamente seria atribuído pelo artigo 142 da Constituição. Ele classificou o argumento como "terraplanismo constitucional" e disse que ele passa dos limites do "erro razoável".
As declarações foram dadas em live da Associação Livres, informa o Painel da Folha de S.Paulo


Polícia prende novos suspeitos de ligação com assassinato de Marielle Franco


Foi preso nesta manhã o sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, de 44 anos, suspeito de ajudar o miliciano Ronnie Lessa, apontado como o assassino de Marielle Franco. Falta agora descobrir o mandante
Maxwell Simões Corrêa, Ronnie Lessa e Marielle Franco
Maxwell Simões Corrêa, Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia Ninja)

247 - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deflagraram nesta quarta-feira (10) uma operação contra suspeitos de ligação com o PM reformado Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Foi preso o sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, de 44 anos, conhecido como Suel.
O bombeiro é suspeito de ajudar Ronnie a se desfazer de armas, que teriam sido jogadas no mar após a prisão do policial, em março de 2019. 
Suel foi detido no começo da manhã em casa, num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Na porta da mansão, os policiais encontraram uma BMW X6 avaliada em R$ 170 mil.
A ação foi desencadeada por policiais da Delegacia de Homicídios e por promotores do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“Sai daqui”, diz Bolsonaro a mulher que o cobrou pelas 38 mil mortes


Após ouvir que "traiu a população", presidente mandou cobrar dos governadores a responsabilidade pelos óbitos por Covid-19
(fOTO: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tirou da conversa que mantém diariamente com apoiadores uma mulher que o chamou a atenção sobre o número de mortos no Brasil pela pandemia do coronavírus. A mulher estava no grupo de apoiadores que aguarda o presidente na porta do Palácio da Alvorada e cobrou sensibilidade do presidente sobre o assunto, nesta quarta-feira (10/06).
“Nós temos hoje 38 mil famílias com mortos por causa da Covid-19. Não são 38 mil de estatística, são 38 mil pessoas que morreram, 38 mil famílias que estão chorando”, alertou. “Eu fiz campanha para o senhor, acho até que me conhece. Eu sinto que o senhor traiu nossa população”, disse a mulher.
Irritado com a fala, Bolsonaro mandou a apoiadora cobrar dos governadores a responsabilidade pelas mortes. “Se você quiser falar, sai daqui, já foi ouvido. Cobre do seu governador. Sai daqui”, respondeu Bolsonaro, enquanto a mulher era insultada por apoiadores.
A conversa foi transmitida por apoiadores do presidente. Minutos depois Bolsonaro tirá-la da conversa, ainda era possível ouvir a mulher no fundo, por alguns segundos, enquanto Bolsonaro continuava a conversa. Depois ela foi retirada do local.
Em outro momento, o presidente voltou a se referir à mulher como “aquela figura falando abobrinha”. Bolsonaro disse ainda que ela seria assunto o “dia inteiro” na imprensa. “Essa figura que estava aqui vai ser matéria na imprensa o dia todo. Alguém está preocupado?”, ironizou.
Fonte: Metrópoles

Terceirizados da educação têm ajuda emergencial em Apucarana


Cerca de 400 vanzeiros e instrutores de cursos estão recebendo recursos referentes aos meses de março, abril e maio
(Foto: PMA)

A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Educação (AME) pagou nesta terça-feira (9), um total de R$ 810.807,28 a “vanzeiros” e professores terceirizados de música, dança e artes marciais. O recurso foi liberado mediante aprovação de lei pela Câmara Municipal.
Os vanzeiros são responsáveis pelo transporte de crianças da educação infantil e de crianças da 5ª à 8ª séries da rede municipal. Eles não estão trabalhando desde que foram suspensas as atividades nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e nas escolas municipais. O mesmo ocorre com os trabalhadores terceirizados pela AME nas aulas de música, dança e artes marciais.
“Estamos garantindo postos de trabalho e renda para cerca de quatrocentas pessoas, o que representa o sustento de muitas famílias de motoristas, monitores de transporte e instrutores dos cursos de dança, música e artes marciais, que estavam passando por extremas dificuldades”, assinala o prefeito Junior da Femac, agradecendo aos vereadores da sua base pela aprovação de lei específica para esta finalidade.
O secretário de Gestão Pública, Nicolai Cernescu Junior, informa que para os responsáveis pelas linhas de transporte, foram liberados R$ 469 mil. “Estimamos que os recursos irão contemplar 150 famílias de motoristas e monitores de transporte escolar”, revela Cernescu, acrescentando que dos valores repassados estão sendo descontados 30% referentes ao que os vanzeiros iriam gastar com combustível.
Já no caso dos professores de música, dança e artes marciais o total pago aos terceirizados é de R$ 341 mil, com um desconto de 20% referentes a algumas despesas que não estão sendo realizadas com a suspensão das atividades. Segundo o secretário, o dinheiro liberado agora é correspondente ao período de 23 de março a 31 de maio.
“Trata-se de um dos poucos municípios no Paraná que estão enxergando essa complicada situação dos terceirizados da educação que, durante a pandemia, ficaram sem o seu ganha pão”, argumenta Nicolai Cernescu Junior, reforçando que, ao mesmo tempo, estão sendo garantidos os empregos destes trabalhadores.
Motorista e professor agradecem
O vanzeiro Vladimir Bertasso, que trabalha a sete anos prestando serviços à Autarquia Municipal de Educação de Apucarana, estava parado desde o dia 20 de março. Ele revela que teve custos com manutenção mecânica e troca de pneus do veículo e que a paralisação das aulas gerou um caos total.
“A lei de amparo aos vanzeiros veio para salvar os motoristas terceirizados de Apucarana e também está contribuindo para trabalhadores de outras cidades da região que estão copiando a lei do prefeito Junior da Femac. É uma bênção que veio em boa hora, já estávamos em dificuldades até para as despesas básicas”, comentou Bertasso.
Vinicius Correia, gerente administrativo da Academia Sebastian Bach, agradeceu ontem pela iniciativa do prefeito Junior da Femac e da secretária de educação Marli Fernandes. “Os professores ficaram sem trabalho e sem renda e isso vinha se agravando cada vez mais. Foi uma atitude justa e sem politicagem, considerando o momento difícil que todos enfrentam”, avaliou.