segunda-feira, 25 de maio de 2020

Protesto em frente ao ministério do Meio Ambiente exige impeachment de Salles


Ativistas socioambientais reivindicam o impeachment do ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles, após ele defender na reunião ministerial a aprovação de reformas "infralegais", "enquanto o foco da imprensa é a cobertura da pandemia do novo coronavírus"
(Foto: Mídia Ninja )

247 - Ativistas socioambientais promoveram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (25), em frente ao ministério do Meio Ambiente, reivindicando o impeachment do ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles, após ele defender na reunião ministerial, ocorrida no último dia 22 de abril,  a aprovação de reformas "infralegais", "enquanto o foco da imprensa é a cobertura da pandemia do novo coronavírus". 
Para o ministro, essa seria a hora de "passar a boiada" e simplificar normas "de baciada".
A reunião veio a público após o ministro do STF, Celso de Mello, liberar na última sexta-feira (22) o conteúdo do vídeo citado pelo ex-ministro Sergio Moro em depoimento à Polícia Federal. 


Para O Globo, governo Bolsonaro falhou ao não conseguir socorrer 16,3 mi de empresas


"São dez milhões registrados como microempreendedores individuais (MEI, para a Receita Federal)”, ressalta o editorial da família Marinho. “Igualmente fragilizados estão os 6,3 milhões de pequenos e médios empresários (PMEs)", completa
(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O jornal O Globo, que apoiou o golpe parlamentar de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff,  destaca em seu editorial desta segunda-feira (25), que o governo Jair Bolsonaro “fracassou” ao não conseguir socorrer 16,3  milhões de micro, pequenas e médias empresas “que acreditaram no anunciado socorro oficial durante a emergência da pandemia”. “
“São dez milhões registrados como microempreendedores individuais (MEI, para a Receita Federal), um contingente que dobrou nos últimos cinco anos”, ressalta o editorial. “Igualmente fragilizados estão os 6,3 milhões de pequenos e médios empresários (PMEs), diz o jornal da família Marinho.  
“Juntas, essas pequenas e médias empresas são responsáveis por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado. Ou seja, constituem a fonte básica de renda para mais de 16 milhões de trabalhadores na economia formal, em todo o país”, acrescenta.
“A crise está expondo a inoperância governamental em sua plenitude. Falha o prometido socorro às micro, pequenas e médias empresas, e malogra a assistência aos economicamente mais vulneráveis. Antes da surpresa pandêmica, a burocracia impôs uma fila a dois milhões de pessoas com direito à aposentadoria. Com a disseminação do vírus criou-se outra fila, de dezenas de milhões, nos guichês da Caixa Econômica Federal”, observa o texto. 

Política econômica de Bolsonaro e Guedes faz real se transformar em moeda tóxica


A moeda brasileira é a que mais se desvaloriza no mundo no ano de 2020, ganhando por isso status de moeda tóxica com aversão a riscos fiscal e político
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - O real já acumulou perda de quase 30% ante o dólar no ano e é a moeda de pior desempenho entre os países emergentes. 
Esta desvalorização desde o início do ano reflete uma aversão à moeda brasileira, inédita nas duas últimas décadas, e que já levou à classificação da divisa nacional como um "ativo tóxico" por bancos estrangeiros, informa o jornalista Eduardo Cucolo na Folha de S.Paulo.
Na comparação com outras moedas de países da América Latina, a desvalorização do real se destaca. O segundo pior resultado é o do peso mexicano (-19%), distante da desvalorização da moeda brasileira. 
Em comparação com outros países emergentes, também é grande a desvalorização do real. Na África do Sul , o rand sofreu perda de 22%  e o rublo russo de 13%.
O risco Brasil medido pelo CDS (Credit Default Swap) subiu 220% em 2020. Na média dos países emergentes, a alta foi de 77%.
O banco Credit Suisse divulgou relatório em que classificou a moeda brasileira como "tóxica" e na lista das divisas de países fiscal ou politicamente expostos. A instituição projeta uma cotação de R$ 6,20 até o fim do ano.
 

Exame de Toffoli para coronavírus dá negativo. Ministro segue internado


O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, está estável, respira sem ajuda de aparelhos e apresentou melhoras nos sintomas respiratórios nas últimas horas. A Corte informou ele ficará de licença médica por 7 dias, podendo ser ampliada
(Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

247 - O exame do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para coronavírus deu negativo, informou a assessoria da Corte nesta segunda-feira (25).
O ministro está estável, respira sem ajuda de aparelhos e apresentou melhoras nos sintomas respiratórios nas últimas horas. 
O presidente da Corte foi internado no sábado (23) para passar por uma cirurgia para drenagem de abscesso. 
O Supremo informou neste domingo (24) que o ministro ficará de licença médica por 7 dias, podendo ser ampliada dependendo do resultado dos exames. 
O vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, assumiu a presidência do tribunal no mesmo domingo e comanda a corte até o retorno de Toffoli.


Procuradores da PGR: Bolsonaro cometeu crime de advocacia administrativa no caso PF


Equipe de procuradores da PGR que está analisando o caso da reunião ministerial de 22 de abril já concluiu: as provas de que Bolsonaro cometeu crime de advocacia administrativa são fartas. A conclusão será encaminhada a Augusto Aras, que decidirá se apresenta denúncia
(Foto: ABr)
247 - A equipe de investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) responsável pelo caso da reunião ministerial de 22 de abril avalia que as provas obtidas até o momento são suficientes para caracterizar que Jair Bolsonaro cometeu o crime de advocacia administrativa em sua pressão para trocar postos-chave da Polícia Federal. O caso pode levar ao impeachment de Bolsonaro. Essa análise será transmitida ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que decidirá se apresenta denúncia.A análise dos procuradores é que, após ter acesso ao vídeo da reunião do conselho de ministros no último dia 22 de abril, ficou claro que Bolsonaro pressionou o então ministro da Justiça, Sergio Moro, para fazer mudanças em cargos na PF motivado por interesses pessoais — no caso, a preocupação em proteger familiares e amigos, verbalizada por Bolsonaro reunião. O vídeo inclusive, na avaliação dos investigadores, traz uma comprovação rara de se obter nesse tipo de crime que é o “dolo”, a vontade de cometer o delito, informa o jornalista Aguirre Talento, de o Globo.

Haddad: Bolsonaro é candidato a ditador e tem apoio de 15% a 20% do eleitorado


Segundo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, Jair Bolsonaro será competitivo em 2022 porque uma parcela da população em uma possível volta da ditadura. "Se fizer uma pesquisa no Brasil de quantas pessoas querem a volta da ditadura, vai ver que esse número quase nunca foi inferior a 20%", disse. "Bolsonaro é exatamente isso, é um candidato a ditadura"

247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que Jair Bolsonaro não é um democrata e que "se puder, exercerá o poder absoluto". De acordo com Haddad, Bolsonaro será competitivo nas eleições de 2022 porque uma parcela da população em uma possível volta da ditadura.