domingo, 24 de maio de 2020

Meditando o Coronavírus

Por Romana Dovganyuk*

O advento da Covid-19 colocou a humanidade cara a cara com um dos seus maiores temores: o medo da morte. Neste caso, a morte massiva e indiscriminada. Afinal, como as diversas crises sanitárias pelas quais já passamos, esta não escolhe seus alvos por classes, etnias, ideologias ou religiões. Atinge e mata qualquer um. Simplesmente assim. Pobres, maltrapilhos, ricos e poderosos.

Já vivenciamos (e sofremos) vários surtos de doenças como agora. A Peste Negra foi talvez até hoje, a mais devastadora de todas e, afirmam os registros, matou entre 75 a 200 milhões de pessoas no período de 1347 a 1351 quando atingiu o seu pico na Europa; a Gripe Espanhola, provocada pelo vírus Influenza, deixou pelo menos 50 milhões de mortos embora historiadores admitam a possibilidade de que os números possam ter chegado à marca de 100 milhões de vítimas fatais.

Depois disso, atravessamos crises severas com o Ebola, o HIV e algumas outras menores, mas mesmo assim crises e sérias. E todas elas nos fizeram – e nos fazem – parar para pensar, meditar e até mesmo questionar muitas coisas. A respeito de tudo e, principalmente, a respeito de nós próprios.

Atualíssima, a pandemia de coronavírus vem causando sérios danos à economia global, mas o regime de bloqueio, de isolamento no qual as pessoas foram orientadas a não deixar suas casas, a menos que seja absolutamente necessário, tem sido muito lucrativo para alguns segmentos como supermercados, farmácias, e-commerce e outros que necessariamente não precisam da instalação física para sobreviver ao caos gerado por esse medo (que alguns até chamam de histeria) para sobreviver). Criticado por muitos e defendido por tantos quantos, o isolamento é uma estratégia, uma medida estritamente necessária para salvar vidas e evitar a contaminação disseminação do vírus.

Como o mundo, o Brasil, também está mergulhado nesta crise. Mas o Brasil vive ainda uma crise tão aguda quanto a provocada pela Covid-18 que é a crise política que não ajuda a resolver problemas nem salvar vidas ou planejar para superar uma outra crise: a econômica. A partir dessa embrulhada, a grande preocupação brasileira é não entrar em colapso total.

Onde e como o “Efeito Coronavírus” e “Política no Brasil “ afetam o povo e as empresas brasileiras em geral?

Em meio às desconfianças e dificuldades de mercado, as empresas pelo mundo afora estão buscando adaptações para continuar atendendo seus clientes e não parar suas operações; já nas brasileiras o cenário é muito diferente. Adaptamos e até certo ponto incentivamos o trabalho no sistema “home office” conectados com o mundo. No entanto, convivemos ao mesmo tempo com uma grave crise política e grande instabilidade cambial.

Temos graves problemas criados pela Presidência que agravam esse caos em várias esferas desestabilizando o mercado nacional e prejudicando exportação e Importação. Ontem, por exemplo, dólar fechou a RS$ 5,82 apesar da “garantia” de que jamais passaria dos 5 reais. Inúmeros contratos eram baseados na promessa do governo.

Que espécie de confiança o governo tenta criar em meio a uma briga interna? Prejudicando o povo sem apresentar nenhum plano concreto de cooperação entre saúde e economia? A que custo? Hoje, o mercado tenta se manter, ou pelo menos se equilibrar. Quem pega crédito no banco, quem supera e o que será do amanhã com a perda diária de mais de mil vidas?

Dólar em alta, preços não controlados no mercado interno para produtos essenciais. Empresas fechando as portas e o consequente desemprego massivo. Para se governar um país, assim como dirigir com sucesso uma empresa, tem que se ter conhecimento e ter, ao lado, uma equipe tecnicamente preparada para trabalhar nas mais diversas áreas.

Para voltar e reestabelecer o mercado precisaremos montar um modelo de restituição e cooperação, que somente com a união de dois ministérios pode ser criado – Ministério do Saúde e Ministério da Economia! Esperamos que tudo seja resolvido logo.

Após a crise global que levou ao surto e à subsequente pandemia do Coronavírus, vários países, inclusive os islâmicos como o Irá sofreram não somente restrições e bloqueios, mas enormes danos em áreas como saúde pública, segurança mental humana e economia global. O Brasil vem sofrendo mais com a crise política e tenta trabalhar a situação.

Em tais circunstâncias, hoje o mundo está cada vez mais necessitado de esperança para o futuro e também de esforços científicos e cooperação das elites para alcançar uma cura e compartilhar experiências de países com algum sucesso ao lidar com essa grande crise.

O Programa de Intercâmbio de Ciência nos mercados privado e público dos países da América Latina com ênfase na importância de compartilhar conhecimentos, experiências e realizações dignas neste momento crítico, está trabalhando para fornecer a melhor plataforma possível por meio de uma cúpula temática virtual sobre o Coronavírus, sinergizar as capacidades de cientistas e especialistas do mundo e mundo islâmico também para ajudar a resolver esta crise global e juntar nações.

Hoje o que pode ser – e é – mais desumano é manter bloqueios e restrições econômicas. Vamos nos juntar e abrir mãos e corações para poder ajudar nas nossas importações e importações. Porque este Covid-19 não é somente castigo, mas também é lição e benção para o mundo mudar para melhor!

*Romana Dovganyuk é empresária e presidente da Câmara de Comercio e Industria Brasil/Irã.


Líderes costuram acordo para adiar eleições municipais para 6 de dezembro

Urna eleitoral/Ilustrativa


Líderes partidários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal estão costurando um acordo para adiar as eleições municipais de outubro para o dia 6 de dezembro, em decorrência da pandemia de covid-19. A data já havia sido citada pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse também considerar o dia 15 de novembro como outra data possível.
Entre líderes da Câmara, há quase unanimidade pela escolha do dia 6 de dezembro, mas ainda não há um acordo fechado. 
No Senado também há expressivo apoio ao adiamento das eleições municipais para 6 de dezembro. A alteração está  em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada na terça-feira (19) pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).  A proposta foi subscrita por outros 26 senadores e prevê que o segundo turno será no dia 20 de dezembro. 
A PEC de Randolfe não altera o período de mandato dos atuais governantes e confere ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para que promova a revisão do calendário eleitoral e a proceder os ajustes na aplicação da legislação infraconstitucional.
“Manter as eleições ainda no ano de 2020 garante a manutenção do período dos mandatos e a data de posse, sem colocar em risco a legitimidade do processo democrático de escolha dos dirigentes das cidades e dos representantes no parlamento municipal”, explica Randolfe na justificativa do texto. 
O senador prevê ainda que a pandemia pode fazer com que as campanhas eleitorais aconteçam de modo diferente do usual. 
“A depender do estágio de evolução da questão sanitária do coronavírus, tanto no ritmo de expansão do número de doentes quanto na ampliação da capacidade do atendimento hospitalar, será necessário estabelecer outras formas de realização da campanha eleitoral propriamente dita. Esses dois meses de adiamento serão tempo primordial para que seja possível a previsão e o estímulo para que, caso seja necessário, as reuniões, visitas, comícios e debates ocorram de forma não presencial”, avalia Randolfe.
Fonte: Congresso em Foco

Folha aponta os caminhos para o afastamento de Bolsonaro


Na edição deste domingo, a Folha de S.Paulo publica o "passo a passo dos caminhos que podem resultar na saída" de Jair Bolsonaro da Presidência da República
(Foto: J Gonçalves)

247 - A Folha de S.Paulo publica com destaque neste domingo (24) uma espécie de mapa do caminho para o afastamento de Jair Bolsonaro da Presidência da República. O jornal lembra que o inquilino do Palácio do Planalto enfrenta acusação de interferência na Polícia Federal, pedidos de impeachment e ações eleitorais.
O Brasil vive desde o início do governo de Jair Bolsonaro uma profunda crise política e institucional, que é o prolongamento do caos em que o país mergulhou desde o golpe de 2016, quando as forças conservadoras derrubaram a presidente Dilma Rousseff, com a ajuda da Folha de S.Paulo e outros veículos da mídia corporativa. 
Em reportagem dos jornalistas Bruno Lee e Gustavo Queirolo, a Folha assinala que Jair Bolsonaro enfrenta, pouco mais de 500 dias após tomar posse, a pior crise de seu governo.
A crise mais aguda, no momento, decorre da acusação de que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal para proteger sua família e seus amigos, como ele próprio declarou na reunião ministerial de 22 de abril. A acusação, lembra a reportagem, levou à abertura de uma investigação que pode culminar com o afastamento do chefe do Executivo.
Mais de 30 pedidos de impeachment já foram protocolados na Câmara dos Deputados. As mais graves acusações ressaltam o apoio de Bolsonaro a manifestações antidemocráticas, em flagrante violação da Constituição Federal, e o desleixo do governo diante da pandemia do novo coronavírus.
 

O primeiro petroleiro iraniano que transporta combustível para Caracas entra em águas territoriais da Venezuela


O navio iraniano Fortune, escoltado por navios e aviões das forças armadas venezuelanas, entra nas águas territoriais do país sul-americano, depois que os Estados Unidos ameaçaram usar a força militar para deter a embarcação persa
Petroleiro iraniano entra em águas territoriais venezuelanas
Petroleiro iraniano entra em águas territoriais venezuelanas (Foto: Reuters)

247 - Depois de contornar as ameaças de agressão provenientes dos Estados Unidos, o primeiro petroleiro iraniano que transporta combustível para Caracas entrou neste sábado (23) nas águas territoriais da Venezuela, informou o ministro do Poder Popular do Petróleo e vice-presidente de Economia da Venezuela, Tareck El Aissami.
"Os navios da irmã República Islâmica do Irã já estão em nossa zona econômica exclusiva", escreveu El Aissami. 
O navio-tanque Fortune foi escoltado por barcos, helicópteros e aviões das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), informa Russia Today.
Os outros quatro petroleiros - Fore, Petúnia, Faxon e Clavel - devem chegar às costas do país sul-americano nos próximos dias. Os cinco navios transportam um total de 1,53 milhão de barris de combustíveis para a Venezuela.
"Hoje, mais do que nunca, os laços de amizade e irmandade entre o Irã e a Venezuela são fortes e profundos. O primeiro navio-tanque chegou. Obrigado à FANB por acompanhá-lo", afirmou a embaixada iraniana na Venezuela.
"Em nome de Nicolás Maduro e de toda a Venezuela, saudamos e recebemos os navios da República Islâmica do Irã", declarou Tareck El Aissami, acrescentando que "essa cooperação energética visa um desenvolvimento abrangente em benefício de dos povos dos dois países".
A Venezuela tem problemas com o fornecimento de gasolina devido a "medidas coercitivas unilaterais" e medidas unilaterais aplicadas pelos EUA, informou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, na semana passada.
Na última quarta-feira, o representante de Caracas na ONU, Samuel Moncada, denunciou ao Conselho de Segurança que qualquer ataque aos navios "constituiria uma verdadeira agressão armada", não apenas contra Teerã, mas também contra a Venezuela. 


Juristas pela Democracia pedem saída de Bolsonaro e de seus ministros


"Defender a vida significa, de modo imediato, afastar dos postos de poder pessoas que atuam apenas movidas por interesses próprios ou que colocam a economia acima da saúde", diz o documento, que é uma resposta ao vídeo da reunião de 22 de abril
(Foto: Marcos Correa/PR)
NOTA PÚBLICA AJD – Em 23/3/2020, a AJD denunciou a escalada do autoritarismo em nosso país e a possibilidade de estar em curso golpe de Estado (https://ajd.org.br/…/2548-nota-publica-denuncia-contra-o-go…). A nota à nação brasileira, expedida pelo general Augusto Heleno, em tom de ameaça, reforça essa convicção
Também a reforçam, as declarações ofensivas e desrespeitosas nesse momento de luto nacional, evidenciadas na reunião ministerial divulgada ontem. As falas revelam oportunismo econômico diante da barbárie da COVID19, desrespeito com o ambiente e com as pessoas que vivem do trabalho.
As declarações de possível interferência “na segurança” para assegurar impunidade em benefício próprio e/ou da família, assim como os pedidos de prisão de autoridades públicas, as palavras de baixo calão e a distopia diante da realidade enfrentada pela população brasileira, reforçam nossa convicção de que é preciso, mais do que nunca, lutar pela democracia.
Quase 22.000 pessoas já morreram em razão da pandemia, que não ocupa um momento sequer da atenção do governo nas duas horas da referida reunião ministerial.
Trata-se de um momento ímpar em nossa história, no qual é a defesa intransigente da vida que, mais do que nunca, se impõe. E defender a vida significa, de modo imediato, afastar dos postos de poder pessoas que atuam apenas movidas por interesses próprios ou que colocam a economia acima da saúde e das possibilidades de sobrevivência da população brasileira.
Associação Juízes para a Democracia
Fonte: Brasil 247


Bolsonaro sai às ruas e escuta: "vai trabalhar, vagabundo"


Durante saída na capital federal na noite deste sábado (23), Bolsonaro foi alvo de panelaços de manifestantes insatisfeitos com seu governo. "Vai trabalhar, vagabundo", ouve-se em vídeo divulgado pelo jornalista Lucas Rohan
"Via trabalhar, vagabundo": Jair Bolsonaro é alvo de protesto em Brasília
"Via trabalhar, vagabundo": Jair Bolsonaro é alvo de protesto em Brasília
(Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Jair Bolsonaro foi alvo de protestos na noite deste sábado (23) um dia depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que é acusado de interferir na Polícia Federal. 
Durante saída na capital federal, Bolsonaro foi alvo de panelaços de manifestantes insatisfeitos com seu governo. "Vai trabalhar, vagabundo", ouve-se em vídeo divulgado pelo jornalista Lucas Rohan.



Na reunião ministerial de abril, Bolsonaro disse que tem um “sistema particular” de informações que funciona e criticou o sistema oficial ao dizer que “desinforma”. 
“O meu particular funciona. Os que têm oficialmente, desinformam. E voltando ao tema: ´Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho´”, disse Bolsonaro no encontro.
Depois da divulgação do vídeo, Bolsonaro disse que “uma farsa” foi desmontada, e reiterou que não tentou interferir no comando da PF. “Nenhum indício de interferência na Polícia Federal”, afirmou.
“Cadê a parte do vídeo onde falo em superintendente ou diretor-geral da Polícia Federal? Eu falo da minha segurança pessoal”, acrescentou.
Questionado em entrevista sobre o “sistema particular” de informação que afirmou ter, Bolsonaro disse que obtém as informações por meio de uma série de contatos particulares, e criticou, assim como no vídeo, a inteligências das forças oficiais.
“É essa informação que eu tenho, pessoal meu, que eu descubro muitas coisas que, lamentavelmente, não descubro via as inteligências oficiais, que é da PF, da Marinha, Aeronáutica e Exército e Abin, é isso aí”, afirmou.


STF acelera busca de provas contra Bolsonaro


O ministro Celso de Mello, decano do Superior Tribunal Federal (STF), imprime ritmo ágil às investigações sobre interferência de Bolsonaro na Polícia Federal
Ministro Celso de Mello e Jair Bolsonaro
Ministro Celso de Mello e Jair Bolsonaro (Foto: STF e Reuters)

247 - Procuradores, ministros do Supremo e integrantes do governo consideram que Celso de Mello, relator do inquérito sobre a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, tem adotado ritmo célere em busca de provas para sustentar a investigação contra Jair Bolsonaro. 
Reportagem dos jornalistas Julia Chaib, Matheus Teixeira e Gustavo Uribe na Folha de S.Paulo assinala a agilidade com que o decano da Suprema Corte atuou até agora. "Mello fez questão de deixar claro que decidiria 'brevissimamente' sobre a questão [divulgação do vídeo]". E assim o fez, como em outras diligências.
Jair Bolsonaro está receoso quanto ao andamento das investigações e de que surjam novas ações judiciais contra seu governo, principalmente depois dos ataques do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao STF. Na reunião de 22 de abril, Weintraub chamou de "vagabundos" os membros da corte e defendeu a prisão de todos. 
Por isso, aconselhado por políticos do seu círculo, Bolsonaro avalia procurar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, para diminuir o mal-estar e evitar retaliações.

Pesquisa mostra que pandemia fez número de casamentos cair até 61%


Estudo mostrou também que houve uma queda de 87,2% no número de confirmação de presença dos convidados às cerimônias

Coronavírus faz despencar número de cerimônias no Brasil

     Coronavírus despenca número de cerimônias no Brasil/ Autumn Miller



Pesquisa feita pela plataforma digital Icasei mostra que a pandemia do novo coronavírus causou queda expressiva no número de casamentos no Brasil. Segundo o levantamento, o número de cerimônias, após o dia 11 de março, registrou uma queda de até 61,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A pesquisa mostra também que, como reflexo da quarentena, houve uma queda, após 11 de março, de 87,2% no número de confirmação de presença dos convidados às cerimônias.
Segundo o levantamento, foi observado ainda uma queda de 97% no acesso dos convidados à lista de presentes virtual dos noivos, o que indicaria que, por conta do isolamento social, os convidados estão deixando de presentear os noivos.
De acordo com a pesquisa, 32% dos casais com casamento marcado para o período de quarentena disseram que não precisaram mudar a data ou que ainda estão aguardando para decidirem o que vão fazer; 61% responderam que adiaram o casamento; e 3%, cancelaram e ainda não têm planos para marcar uma nova data; 4% não informaram.
Icasei é uma plataforma de sites de casamento e lista de presentes fundado em 2007.
Fonte: Agência Brasil