segunda-feira, 18 de maio de 2020

Miriam Leitão aponta os crimes e os caminhos para o impeachment de Bolsonaro


"Desconhecer os crimes muito mais graves cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro é aceitar um perigo infinitamente maior. Não se trata de ameaça à economia. Agora é a democracia que corre riscos", diz a colunista que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff
(Foto: Reprodução | ABr)

247 – A jornalista Miriam Leitão, um dos sustentáculos da tese de "pedaladas fiscais" usada para justificar o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, voltou a apontar crimes reais – e não fictícios – cometidos por Jair Bolsonaro e a defender seu afastamento. "O presidente Jair Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade. Vários. Ele tem ameaçado a federação, tem infringido o direito social à saúde, ameaça o livre exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Tanto a lei que regulamenta o afastamento do presidente, a 1079/1950, quanto a Constituição Federal estabelecem o que são os crimes de responsabilidade. Impeachment é um julgamento político, e quem estiver na presidência precisa apenas de 172 votos para barrá-lo. O inquérito na PGR investiga se ele cometeu outros crimes. Até agora os depoimentos e contradições enfraqueceram a defesa do presidente. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pode querer muito arquivar o inquérito, mas os indícios aumentam a cada dia", escreveu ela, em sua coluna no Globo.
"Bolsonaro pode enfrentar um processo de impeachment no Congresso, se o deputado Rodrigo Maia der início. Há elementos para embasar um pedido de interrupção de mandato por crime de responsabilidade. O Congresso pode fazer isso ou não. É processo longo e penoso. Mas se não ocorrer, a explicação não estará em falta de crime, mas sim em algum insondável motivo que pertence aos desvãos da política", apontou. "Desconhecer os crimes muito mais graves cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro é aceitar um perigo infinitamente maior. Não se trata de ameaça à economia. Agora é a democracia que corre riscos."


Reinaldo Azevedo: Marinho fez acusação contra Bolsonaro mais grave que Moro


O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu em seu blog que “a entrevista de Marinho é uma espécie de fio que pode desfazer um emaranhado”, acrescentando que as acusações contra Bolsonaro são “muito mais graves do que as feitas por Moro”
Reinaldo Azevedo
Reinaldo Azevedo (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo afirmou, através de uma publicação no portal UOL, que as denúncias feitas pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, são “muito mais graves do que as feitas por Moro”. Marinho disse que a PF antecipou ao filho “01” de Jair Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação. Reinaldo destaca que o caso é também de interferência indevida no processo eleitoral. 
“A entrevista de Marinho é uma espécie de fio que pode desfazer um emaranhado”, escreveu o jornalista, acrescentando que “Aras pode deixar de lado a modéstia. Não há tergiversação possível, sob pena se submeter a PGR ao mais arreganhado interesse político”. 

Mandetta alerta: cloroquina mata


"33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”, diz o ex-ministro, que teve que deixar o cargo, assim como seu sucessor Nelson Teich, por se recusar a recomendar o remédio prescrito por Jair Bolsonaro
(Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 – O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta fez um alerta importante, em entrevista concedida à jornalista Natália Cancian, da Folha de S. Paulo: cloroquina, o remédio prescrito por Jair Bolsonaro, mata. “Começaram a testar pelos quadros graves que estão nos hospitais. Do que sei dos estudos que me informaram e não concluíram, 33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”, afirma.
Mandetta, que teve que deixar o cargo, assim como seu sucessor Nelson Teich, por se recusar a recomendar o remédio remédio prescrito por Jair Bolsonaro, prevê que o Brasil terá pelo menos mais doze semanas “duras” adiante. Ontem, o Brasil superou 16 mil mortes e 240 mil casos. Saiba mais abaixo:
Sputnik – O Brasil atingiu neste domingo (17) a marca de 16.118 mortes causadas por coronavírus e 241.080 casos confirmados da enfermidade.
Nas últimas 24 horas, foram registradas mais 485 mortes causadas pela COVID-19, informa o Ministério da Saúde. Além disso, 94.122 pacientes já se recuperaram da infecção pelo novo coronavírus. 
São Paulo segue sendo o Estado com mais casos da enfermidade com 62.345 casos confirmados e 4.782 óbitos. 
O Brasil é o sexto país em que a pandemia foi mais fatal em todo o mundo. Segundo dados da Universidade John Hopkins, Estados Unidos (89.549), Reino Unido (34.716), Itália (31.908), França (28.111) e Espanha (27.563) registraram mais óbitos que o Brasil.


Mais de 150 médicos cubanos são aprovados para o programa Mais Médicos


Uma portaria do Ministério da Saúde aprovou o contrato de médicos que foram anteriormente desligados pelo governo federal. O período do novo contrato é de 2 anos, sem prorrogação
Médicos cubanos
Médicos cubanos (Foto: REUTERS/Daniele Mascolo)

247 - O Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira (18) uma portaria com 157 nomes de médicos cubanos, desligados quando o governo federal rompeu contrato com Cuba, que agora foram aprovados para o programa Mais Médicos para o Brasil. A informação é do portal G1.
O estado da Bahia recebe 41 médicos a partir da aprovação dos profissionais para o programa. Outros estados brasileiros também foram beneficiados com a portaria publicada pelo Ministério da Saúde, como Ceará (39), Maranhão (21), Goiás (18), Acre (11) e Amazonas (10). O período do contrato é de 2 anos, sem prorrogação.