sexta-feira, 15 de maio de 2020

Hackers acessam sistema do Exército e rebatem Bolsonaro sobre exames


O grupo de hackers afirma que não há registros reais de que Bolsonaro tenha realmente feito exames da covid-19

Hackers acessam sistema do Exército e rebatem Bolsonaro sobre exames
Reuters

Um grupo de hackers invadiu o sistema de informações do Exército e divulgou na internet quatro exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no Hospital das Forças Armadas entre junho de 2019 e janeiro de 2020. Em todos esses testes, o mandatário se identificou com seu nome de batismo, ao contrário do que fez com os exames para covid-19, quando alega ter usado pseudônimos. Os resultados entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 12, deram negativo para a doença.
A informação do ataque cibernético foi publicada pelo site da revista Época e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O Exército ainda está avaliando a dimensão do problema.
Bolsonaro já afirmou publicamente que usa codinomes para fazer exames desde 2010. "O que eu faço nos últimos 10 anos, pra não ter dúvida? Eu já tive receita de farmácia de manipulação. Eu sempre falei com o médico, 'bote o nome de fantasia porque pode ir pra lá, 'Jair Bolsonaro', já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a aparecer muito, né; Alguém pode fazer alguma coisa esquisita. E assim foi em todo exame que eu faço tem um código", disse em 28 de abril.
Em nota, a Força informou que "foram adotadas providências imediatas para mitigar eventuais consequências". Após a conclusão de uma investigação "serão desenvolvidas as ações técnicas e legais necessárias", segundo o Exército.
Uma conta de Twitter com o nome DigitalSp4ce, que reivindica o ataque hacker e foi suspensa no meio da tarde, foi postada a seguinte mensagem: "Somente após meses o presidente resolveu mostrar seus exames, isso intrigou nosso grupo, resolvemos ir atrás e invadimos o Banco de Dados do hospital onde foi realizada a coleta, e adivinhem? Nada comprova que foi feita tal coleta, nem mesmo com pseudônimo."
Ao encaminhar laudos dos seus exames de coronavírus ao STF na noite de terça-feira, o presidente usou pseudônimo. Em dois laudos, os nomes são de outras pessoas, mas o CPF e a data de nascimento são de Bolsonaro. Num terceiro teste, ele é chamado apenas de "paciente 5", sem citar nenhum número de documento.
"Para a realização dos exames foram utilizados no cadastro junto ao laboratório conveniado Sabin os nomes fictícios Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, sendo preservados todos dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais", diz ofício assinado por Rui Yutaka Matsuda, comandante logístico do Hospital das Forças Armadas, onde os dois primeiros testes foram feitos.
Os exames de Bolsonaro só foram divulgados após o jornal O Estado de S. Paulo entrar na Justiça pedindo acesso a eles, alegando que a saúde do presidente em meio à pandemia do novo coronavírus se trata de informação de interesse público. O presidente já havia anunciado os resultados negativos em redes sociais, mas se recusava a mostrar os laudos. Bolsonaro entrou com recursos para evitar que a decisão judicial fosse cumprida.
Fonte: Notícias ao Minuto


Moro diz que pressão de Bolsonaro começou após inquérito contra Flávio chegar à PF


Sergio Moro relata que começou a ser pressionado em agosto de 2019. No dia 2 do mesmo mês, um juiz eleitoral acolheu os pedidos do Ministério Público e determinou o envio do caso de Flávio Bolsonaro à Polícia Federal do Rio
(Foto: ABr)

247 - O ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse, durante depoimento, que começou a ser pressionado por Jair Bolsonaro para intervir na Polícia Federal no mês de agosto de 2019, quando um juiz eleitoral determinou o envio de inquérito contra Flávio Bolsonaro para a PF do Rio. A informação é do jornal O Globo
Documentos obtidos pela reportagem revelam que as datas de avanço da investigação contra Flávio Bolsonaro coincidem bastante com a pressão para alteração na PF do Rio. A promotora eleitoral Adriana Alemany de Araújo solicitou, no dia 24 de junho de 2019, que um processo aberto contra Flávio em junho de 2018 fosse enviado à Polícia Federal, com o objetivo de tomar depoimento e obter as declarações de rendimento à Receita Federal do filho “01” de Bolsonaro. 
No dia 2 de agosto de 2019, no mês de início da pressão de Bolsonaro para que Sergio Moro realizasse alterações no comando da Polícia Federal, um juiz eleitoral acolheu os pedidos do Ministério Público e determinou o envio do caso de Flávio à PF do Rio para que as diligências fossem realizadas.


Grampeado por Moro, Zanin ironiza defesa da "paridade de armas" pelo próprio Moro


Advogado do ex-presidente Lula, que teve o escritório grampeado por Sergio Moro durante a Lava Jato, se surpreendeu com o fato de Moro, hoje em guerra com Jair Bolsonaro, defender a "paridade de armas" entre defesa e acusação

247 – Vítima de uma das maiores arbitrariedades judiciais da história do Brasil, ao ter seu escritório grampeado para que se encontrasse a estratégia de defesa do ex-presidente Lula, o advogado Cristiano Zanin Martins se surpreendeu com o fato de o ex-juiz Sergio Moro agora defender o tema da paridade de armas entre defesa e acusação. "O tema da 'paridade de armas' no exercício do direito de defesa é realmente muito importante. Que bom que hoje foi lembrado. Deveria sempre ser lembrado", escreveu Zanin. Foi uma resposta ao seguinte texto postado por Moro:

Exaltado, Bolsonaro ataca imprensa, mas admite que usou a palavra "PF" na reunião ministerial


"Sem interrogatório. Não vem com palhaçada aqui. O que eu falei é no tocante à segurança física e à minha segurança. Acabou a entrevista", afirmou Jair Bolsonaro após ser questionado sobre o vídeo de uma reunião ministerial em 22 de abril com membros do governo em que ele supostamente pede interferência na PF. "Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem"
(Foto: Carolina Antunes/PR)

247 - Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa após ser questionado sobre o vídeo da reunião ministerial em 22 de abril com membros do governo em que ele pediu interferência na Polícia Federal. Depois de negar por dias seguidos que tivesse falado na Polícia Federal na reunião, ele admitiu na manhã desta sexta-feira (15) nos portões do Alvofrada que usou a expressão "PF" no encontro. 
Alegou de maneira torta que teria usado a expressão "PF" na reunião "é no tocante ao serviço de inteligência" e não à Polícia Federal.
Bolsonaro estava exaltado mais uma vez e reagiu às peguntas dos jornalistas afirmando, aos gritos: "Sem interrogatório. Não vem com palhaçada aqui. O que eu falei é no tocante à segurança física e à minha segurança. Acabou a entrevista".  A reação deveu-se à pergunta sobre o trecho da reunião de 22 de abril em que diz: "Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem".
Na reunião de 22 de abril, Bolsonaro ameaçou o então ministro da Justiça Sérgio Moro dizendo que não ia esperar "foder" alguém da sua família.
Moro deixou o cargo no dia 24 de abril, após Bolsonaro exonerar Mauricio Valeixo da Diretoria-Geral da PF. Em coletiva de imprensa naquele dia, o ex-juiz apontou crime de responsabilidade do seu então chefe. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", denunciou.
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar as denúncias de Moro. 

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Apucarana entrega cartão “Comida Boa”


Auxílio emergencial do Governo Estadual a famílias carentes está sendo entregue pela prefeitura a mais de 8 mil beneficiários
(Foto: PMA)

As 8.233 famílias apucaranenses selecionadas pelo Governo do Paraná para receber o Cartão Comida Boa começaram a ter acesso ao “voucher” nesta quinta-feira (14/05). A entrega do cartão, que prevê o repasse de até três parcelas mensais de R$50 para compra exclusiva de alimentos em supermercados, mercadinhos, padarias, açougues, entre outros estabelecimentos do gênero cadastrados na Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), é coordenada pela Prefeitura de Apucarana e acontece em escolas e centros municipais de educação infantil, além de outros locais estratégicos na área central, em um total de 60 pontos.
O “Comida Boa” é um auxílio emergencial destinado a beneficiários inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) que estão enfrentando dificuldades financeiras por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a listagem com nome do beneficiário e local para retirada do cartão, bem como dos estabelecimentos credenciados, está disponível no site da Prefeitura de Apucarana (www.apucarana.pr.gov.br).
Ao comentar a logística municipal para entrega do benefício, o prefeito Júnior da Femac enalteceu o empenho de todos os servidores municipais envolvidos. “Desde a chegada da lista de beneficiários na última sexta-feira, esses servidores se debruçaram na separação dos cartões por região da cidade, um trabalho feito de forma brilhante para que fosse possível essa entrega segmentada em cerca de 60 pontos, muito bem planejada para evitar aglomeração de pessoas”, destacou o prefeito.
Até o momento, 39 estabelecimentos comerciais se cadastraram para poder receber o Cartão Comida Boa. “Nunca é demais alertar. Esse cartão é uma coisa muito séria, feito para comprar mantimentos. Não é para comprar cerveja como eu ouvi falar. Não é para isso. O programa permite a compra exclusiva de alimentos: arroz, feijão, macarrão, farinha de trigo, milho e mandioca, açúcar, óleo vegetal, banha de porco, ovos, carne bovina, suína e aves, leite, pão, frutas, legumes e verduras”, enumerou o prefeito Júnior da Femac, frisando que o “Comida Boa” é um programa muito bem elaborado pelo Governador Ratinho Júnior. “Beneficia quem está precisando e ainda ajuda a economia local. Serão cerca de R$1,5 milhão injetados em nosso comércio através desta iniciativa estadual”, pontua o prefeito.
Ao todo, o Governo do Paraná destinou 9.868 cartões do programa Comida Boa para Apucarana. “O excedente de 1.645 cartões será repassado, a partir da próxima semana, às igrejas católicas e evangélicas. Os padres e pastores irão colaborar com esta ação, fazendo com que cheguem até as pessoas que precisam, em especial aquelas que não conseguiram o auxílio emergencial do governo federal e não estão incluídas em nenhum programa social”, disse Jossuela Pinheiro, superintendente da Chefia de Gabinete.
Moradora da região do Jardim Ponta Grossa, Thais Aline de Souza assinala que os R$50 mensais significam bastante para sua família. “Meu marido passou por uma cirurgia e estava recebendo o seguro, mas no mês passado cessaram o benefício. A nossa renda caiu muito. Tenho duas crianças e receber este dinheiro neste momento foi uma excelente notícia para a gente”, disse Thais. Moradora da região do Residencial Sumatra, Regina Aparecida Moraes Chaves Gonçalves, também considera a contribuição do governo estadual muito importante. “Vejo que é uma ação necessária principalmente neste momento em que muitas famílias, como a minha, perderam renda, ou é um dinheiro a mais, que ajuda no orçamento”, diz a beneficiária.
O subgerente do Super Muffato de Apucarana, Paulo Sérgio da Silveira, considera o programa uma forma do governo contribuir com a economia. “Está colocando recursos nas mãos de pessoas que estão precisando muito para enfrentar este período da pandemia e, diretamente, incentivando que elas venham até o mercado. Hoje mesmo já tivemos muitos clientes usando o Cartão Comida Boa”, relatou o subgerente. Proprietário do açougue Empório das Carnes, Jean Carlos Souza Neves testemunha queo comércio está sentindo muito com perdas geradas pela pandemia. “Está todo mundo sofrendo com o novo coronavírus. Apesar de o meu comércio ser no ramo alimentício e não ter parado, diminuiu muito o consumo. Esse programa vai ajudar a gente a pagar os impostos em dia e, ao pai de família, vem contribuir muito para a aquisição de alimentos. O “Comida Boa” é uma iniciativa excelente que vai ajudar a alavancar a economia no Paraná”, analisou Neves.
Entrega dos cartões segue nesta sexta-feira
Em Apucarana, a entrega do Cartão Comida Boa segue nesta sexta-feira (15/05), das 7h30 às 17h30, sem intervalos. “Vamos acompanhar e, se necessário, vamos abrir os pontos de entrega também no sábado, na segunda-feira, até todos os cartões serem retirados”, informou o prefeito Júnior da Femac.
Para retirar o “voucher” é preciso portar um documento de identificação pessoal com foto e estar usando máscara. “Se chegar sem o equipamento de proteção, não retira. Já faz um mês que em Apucarana tem que usar máscara para tudo, então não tem desculpa para não estar usando. Outro pedido é para que o beneficiado vá só até o ponto de distribuição, com isso evitamos aglomeração”, conclui o prefeito.
Ele salienta que em Apucarana a pessoa está retirando o cartão já habilitado para compra. “Este passo era para ser feito pelo beneficiário, mas tivemos o cuidado de ativar os cartões para não acontecer a mesma questão que envolveu o aplicativo da Caixa Econômica – para recebimento do benefício emergencial do Governo Federal – , que não é algo muito fácil de fazer e muitas pessoas tiveram dificuldade. Em Apucarana tomamos esta iniciativa e a pessoa já pode ir a compra dos mantimentos sem se preocupar em mexer com aplicativo”, pontuou o prefeito, enaltecendo a coordenação feita pelos secretários Nicolai Cernescu Júnior (Gestão Pública), Ana Paula Nazarko (Assistência Social) e a superintendente da Chefia de Gabinete, Jossuela Pinheiro.
De posse do cartão, a pessoa deve ter muito cuidado com o manuseio. “É um material sensível, que não pode ser molhado ou rasgado, pois não existe segunda-via”, alertou a superintendente Jossuela Pinheiro. Ela destaca que a compra pode ser fracionada. “A pessoa não precisa gastar os R$50 em um só local. Todas essas orientações, inclusive o uso da senha, estão sendo repassadas por nossas diretoras e coordenadoras escolares no ato da entrega do cartão, mas qualquer dúvida, pode ligar no telefone da prefeitura, no 3422-4000, que tem uma equipe a postos para ajudar”, disse a superintendente.