terça-feira, 5 de maio de 2020

Moro agora reclama das fake news que disseminou por anos


O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro anda reclamando com frequência de ataques nas redes pelo exército de robôs bolsonaristas. No entanto, ele não revela que foi cúmplice da rede de mentiras que elegeu Bolsonaro
Ex-ministro Sergio Moro 10/12/2019
Ex-ministro Sergio Moro 10/12/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro anda reclamando com frequência de ataques nas redes pelo exército de robôs bolsonaristas. No entanto, ele não revela que foi cúmplice da rede de mentiras que elegeu Bolsonaro.
Além de construir um processo fraudulento contra o ex-presidente Lula, Moro manipulou o processo eleitoral para beneficiar Bolsonaro, publicando um depoimento de Antônio Palocci às vésperas do segundo turno, prejudicando assim Fernando Haddad. 
Logo em seguida, Moro aceitou o convite para ser o ministro da Justiça de Bolsonaro. 
Enquanto ministro, Moro também nunca criticou às diversas fake news espalhadas pelo gabinete do ódio. 

Gilmar Mendes diz que Moro não foi ético ao aceitar ser ministro de Bolsonaro em troca de vaga no STF


O Ministro da Suprema Corte, Gilmar Mendes, diz que na briga entre Bolsonaro e Moro ambos erraram. Para ele, o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, não foi ético ao favorecer Bolsonaro durante a campanha eleitoral e depois aceitar fazer parte do governo mediante a promessa de ser indicado para o STF
Gilmar Mendes e Sergio Moro
Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: Giuliana Miranda)

247 - O Ministro do STF Gilmar Mendes voltou a criticar o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, afirmando ter ficado em dúvida se o ex-juiz da Lava Jato fez uma opção correta ao aceitar o cargo de ministro da Justiça, ao ser convidado por Bolsonaro logo após as eleições. E enfatizou que Moro estava integrado ao movimento do então candidato desde a campanha e fez uma decisão "eticamente complicada".
Gilmar relembra que chamou a atenção para isso quando Moro vazou as declarações de Antonio Palocci para favorecer a candidatura de Bolsonaro. 
O Ministro acusa Moro de ter feito uma opção ferindo a ética, de ir para o governo de um adversário cuja prisão ele tinha decidido, no caso do Lula. 
Sobre a crise entre Bolsonaro e Moro, Gilmar Mendes opina que "houve vários erros" de ambos e as escolhas "não foram felizes". Para Bolsonaro, o erro de convidar Moro como "prêmio" por sua atuação, e de Moro por aceitar o cargo com uma oferta de vaga para o STF no futuro.
As declarações foram dadas à jornalista Isabella Macedo no Globo. Na entrevista, Gilmar Mendes defende o STF e rechaça versão de que há complô contra o Poder Executivo. Para o Ministro da Suprema Corte, as decisões do STF contra atitudes do governo Bolsonaro são justificadas pois foram tomadas em "contextos específicos'.
O STF está no alvo de ataques do inquilino do Palácio do Planalto e dos seus seguidores, que realizam sucessivas manifestações nas ruas exigindo a intervenção e o fechamento do Poder Judiciário. 
Gilmar Mendes afirma que uma decisão como por exemplo a do Ministro Alexandre de Moraes contra a indicação do diretor-geral da Polícia Federal foi tomada em "contexto muito específico de uma crise interna do próprio Executivo".  Ele nega que exista um complô ou qualquer tentativa de qualquer dos Poderes para frustrar a legítima competência e os poderes que o presidente tem exercendo o cargo de chefe Executivo. 
Gilmar Mendes criticou a falta de agilidade no combate ao novo coronavírus e pediu mais união e diálogo. Ele diz que o Congresso se movimentou para permitir que o governo gaste mais com o Orçamento de Guerra, que deve ser votado ainda hoje na Câmara, mas que é preciso que todos ajudem, inclusive o setor produtivo. 
O Ministro criticou a atuação das milícias virtuais e a disseminação de notícias falsas. 


Venezuela captura dois americanos por tentativa de “invasão” pelo mar para promover “golpe”



Um total de 15 pessoas, entre elas dois americanos, foram capturadas em dois dias na Venezuela, em meio a uma “invasão” fracassada pelo mar. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou nesta segunda-feira (4) que as detenções ocorreram desde domingo (3).
Diante do alto comando das Forças Armadas, Maduro indicou que “dois membros da segurança” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram presos pelas autoridades locais. O presidente mostrou os passaportes e outros documentos dos americanos Luke Denman, 34 anos, e Airan Berry, 41, em um pronunciamento na TV estatal VTV.
No domingo, Caracas informou ter desmantelado uma tentativa de “invasão por via marítima” de “mercenários vindos da Colômbia”, com o objetivo de promover “um golpe” contra Maduro. A operação resultou na morte de oito “terroristas”, indicou a presidência.
Nesta segunda-feira, o Ministério Público acusou o líder opositor Juan Guaidó de ter contratado os supostos mercenários, com recursos venezuelanos. O país enfrenta duras sanções econômicas dos Estados Unidos, apoiadores de Guaidó.
Mercenários pagos com recursos roubados da companhia petrolífera

Segundo a acusação do procurador Tarek William Saab, “mercenários” assinaram “contratos” de US$ 212 milhões com “dinheiro roubado da PDVSA [companhia petrolífera nacional]”, através de “contas venezuelanas bloqueadas no exterior”. Ele citou um ex-militar americano, Jordan Goudreau, como um dos responsáveis pelo plano.

“Este contrato é público. Podemos ver a assinatura do cidadão Juan Guaidó (…) e de Jordan Goudreau”, afirmou, referindo-se a um documento publicado pela jornalista Patricia Poleo, baseada em Miami.
Saab divulgou ainda um vídeo no qual Jordan Goudreau diz que uma operação contra Nicolás Maduro está em curso. O ex-militar é o dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA, com a qual os dois americanos detidos, Denman e Berry, teriam relações, de acordo com o presidente venezuelano.
Duas pessoas foram presas no domingo e as outras 13, na segunda-feira. Maduro atribuiu a Trump e ao presidente colombiano, Ivan Duque, a responsabilidade pelo suposto plano. O opositor Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 60 países, rejeitou todas as acusações e negou qualquer contato com a Silvercorp USA.
Ascensão de Guaidó completou um ano

O caso acontece pouco mais de um ano depois da iniciativa de levante das Forças Armadas, lançada por Guaidó, para depor Maduro. O líder opositor é alvo de diversas investigações pelo Ministério Público, que, no entanto, jamais pediu a sua prisão.

O número 2 do regime chavista, Diosdado Cabello, afirma que o capitão dissidente Antonio Sequea – um dos 30 militares que se rebelaram contra Maduro, em 30 de abril de 2019 – foi preso na segunda-feira junto com outras pessoas, na localidade costeira de Chuao, no norte do país. Maduro continua com o apoio do Estado-Maior das Forças Armadas, peça fundamental no sistema político venezuelano, mas também da China, Rússia e de Cuba.
As informações são da RFI.


Bolsonaro manda jornalistas calarem a boca e chama Folha de jornal patife e mentiroso (vídeo)


Jornal Folha de S. Paulo, que ainda não fez sua autocrítica por ter apoiado o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política de Lula, foi mais uma vez agredido por Jair Bolsonaro, que questionou a manchete sobre a mudança promovida na Polícia Federal
(Foto: Reprodução (Facebook))

247 - Jair Bolsonaro voltou a agredir a imprensa e, por duas vezes, gritou aos jornalistas "cala a boca!", diante dos portões do Palácio do Alvorada na manhã desta terça-feira (5).
Ele negou interesse na troca do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro. "Vai sair da superintendencia para ser diretor-executivo da PF. Eu não to trocando ele, isso é uma patifaria, cala a boca não perguntei nada, jornal patife e mentirosa, cala a boca. Se eu tivesse ingerência para a PF ele não iria para lá", disse ele, após se reunir com apoiadores. "Canalha é elogio para a Folha de S.Paulo", afirmou aos berros.
De acordo com Bolsonaro, "grande parte [da imprensa] só publica patifaria". "Passem bem", bradou mais uma vez, deu meia volta e entrou no carro oficial
Bolsonaro fez referência ao fato de que o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Souza, trocou a chefia da superintendência do Rio de Janeiro. Carlos Henrique Oliveira, atual comandante do estado, foi convidado para ser o diretor-executivo, número dois na hierarquia da PF (em nível nacional).
Assista ao vídeo postado na página de Bolsonaro no Facebook:

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Prefeitura anuncia mais rigor com tabacarias e chácaras de lazer


No atual momento, conforme avalia o prefeito, todas as medidas adotadas no combate a Covid-19 colocam Apucarana num cenário mais favorável 
(Foto: PMA/Arquivo)

O prefeito Junior da Femac manteve reunião na manhã desta segunda-feira (4), com a equipe do setor de fiscalização do município. “O trabalho realizado pelos servidores da fiscalização tem sido um dos pilares do nosso trabalho no enfrentamento da pandemia do coronavírus em Apucarana”, destacou Junior, que recebeu relatos de problemas com tabacarias e chácaras de lazer.
No atual momento, conforme avalia o prefeito, todas as medidas adotadas no combate a Covid-19 colocam Apucarana num cenário mais favorável. “A cidade aparece com uma média bem abaixo no número de casos registrados em âmbito estadual e nacional”, assinala.
No diálogo mantido com os funcionários que compõem a equipe de fiscalização, o prefeito Junior da Femac foi informado acerca de notificações feitas para tabacarias da cidade. Ele foi informado de que alguns estabelecimentos não estão respeitando o horário de funcionamento determinado em decreto municipal.
Outra situação que gerou orientação dos fiscais é com relação a chácaras de lazer que continuam sendo locadas para eventos. “Isso não está sendo permitido e os proprietários foram avisados. O próximo passo será a notificação e, persistindo o não cumprimento da norma, serão emitidas multas aos infratores”, alerta o prefeito.
Ele reiterou que é preciso a colaboração de todos os cidadãos apucaranenses, no sentido de contribuir para evitar aglomerações. “Se as determinações não forem cumpridas, corremos o risco de disseminação do vírus, mais contaminação de pessoas e de até mortes”, assinala Junior da Femac.
Entre as principais medidas adotadas Junior da Femac cita o isolamento social, com a suspensão de atividades nas escolas municipais e nos CMEIs. O fechamento do comércio e – posteriormente -, a reabertura gradual com restrição de aglomerações e outros cuidados. A criação do Pronto Atendimento do Coronavírus; a distribuição de máscaras (com apoio do 30º Bimec) e de sabonete líquido, além de panfletos de orientação e conscientização sobre a pandemia do coronavírus. “Vale ressaltar ainda o decreto sobre a exigência do uso de máscara protetora para todos no comércio, nos bancos, transporte coletivo e demais segmentos”, concluiu.