domingo, 3 de maio de 2020

Moro, o “Judas”, responde a Bolsonaro: “Há lealdades maiores do que as pessoais”


Exatamente 24 horas depois de ser acusado de traidor e “Judas” em um tweet de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro retrucou, também pelo Twitter, na manhã deste domingo: “Há lealdades maiores do que as pessoais”
(Foto: ABr)

247 - Sergio Moro respondeu na manhã deste domingo à acusação de traidor e “Judas” que lhe foi feita por Jair Bolsonaro no sábado. A acusação e a resposta foram curiosamente postada nos perfis do Twitter de ambos no mesmo horário, 10h05, com 24h de diferença. À acusação de Bolsonaro, Moro respondeu: “Há lealdades maiores do que as pessoais”.
A guerra entre os dois ex-aliados é o principal embate do governo Bolsonaro desde o seu início. Moro demitiu-se do governo depois de meses de desavenças com Bolsonaro, que tiveram como ponto culminante a substituição do diretor-geral da Polícia Federal de um escudeiro de Moro, Maurício Valeixo, pelo ex-guarda-costas de Bolsonaro, Alexandre Ramagem.
Moro prestou depoimento neste sábado por mais de oito horas na sede da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A oitiva foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que supervisiona as investigações. O inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, investiga o teor do discurso de Moro ao se despedir do cargo de ministro da Justiça, no dia 24 de abril, quando acusou Bolsonaro de tentar interferir indevidamente na PF.

Venezuela denuncia tentativa de invasão do país na madrugada deste domingo

O ministro do Interior da Venezuela denunciou uma tentativa de invasão do país por meio de grupos terroristas armados saídos da Colômbia. De acordo com Nestor Reverol, trata-se de mais uma tentativa de desestabilizar o regime venezuelano para derrubar o presidente Nicolás Maduro
Ministro do Interior da Venezuela, Nestor Reverol
Ministro do Interior da Venezuela, Nestor Reverol (Foto: Reuters)

247 - O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Nestor Reverol, denunciou neste domingo, 3, a desarticulação de uma tentativa de invasão do país por via marítima de um grupo terrorista saído da Colômbia. O grupo teria tentado ingressar pelo litoral de La Guaira durante a madrugada.
O ministro ressaltou que objetivo da operação era realizar atos terroristas no país, como assassinar líderes do governo venezuelano, aumentar a violência e gerar caos e confusão na população para facilitar uma nova tentativa de golpe de Estado.
“Estes terroristas tentaram ingressar, em lanchas rápidas, no litoral do estado La Guaira, mas graças à ação oportuna e efetiva das nossas forças armadas e da ação especial e policial da Polícia Nacional Bolivariana, uns foram abatidos e outros detidos”, disse Reverol.
Ela ainda informa que os terroristas portavam fuzis de assalto e que a operação para deter os terroristas continua, podendo haver outras detenções, já que as forças de segurança estão fazendo um “rastreamento minucioso pela terra, mar e ar”.
“Parece que as tentativas imperialistas frustradas para derrubar o governo legítimo de Nicolás Maduro os levaram a formular ações desmedidas, que sem dúvida alguma merecem o repúdio contundente do nosso povo e da comunidade internacional”, disse o ministro. Confira.


Moro entregou áudios, mensagens de whatsapp, emails e conversas com outras autoridades para incriminar Bolsonaro


Chamado de Judas por Jair Bolsonaro, Sergio Moro entregou ontem à Polícia Federal elementos para provar que seu ex-chefe cometeu crimes
(Foto: Reuters)

247 – Depois de se demitir do governo federal, o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro apresentou várias provas contra Jair Bolsonaro, num depoimento de mais de oito horas, realizado neste sábado. "Além das mensagens de WhatsApp, ele apresentou emails e áudios de conversas – dele e de funcionários que autorizaram sua utilização. Moro também disponibilizou o celular e arquivos de mídia para cópia e perícia. No material, há conversas com outras autoridades usadas por Bolsonaro para mandar recados a Moro", informa o site Antagonista, o mais próximo a Moro. Saiba mais sobre o caso:
Sputnik – O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, chegou para depor na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, por volta das 13h50 deste sábado (2).
O depoimento começou em torno das 14h e o ex-juiz continuava no local mais de oito horas após sua chegada ao edifício da PF.
O depoimento de Moro à PF foi autorizado pelo ministro Celso de Mello, que deu cinco dias de prazo para a corporação ouvir o ex-magistrado.
Segundo o blog de Bela Megale, do jornal O Globo, Sergio Moro reiterou acusações e entregou novas provas contra o presidente Jair Bolsonaro e sua suposta atuação para intervir na Polícia Federal.
De acordo com informações publicadas pelo portal G1, Moro foi ouvido em uma sala ampla com a distância recomendada em função do novo coronavírus e com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O ex-ministro acusou o presidente de interferir politicamente no trabalho da Polícia Federal e em investigações relacionadas aos familiares de Bolsonaro.


Eduardo Bolsonaro diz que Moro era um espião dentro do governo


Em publicação no Twitter, Eduardo Bolsonaro acusou Moro de ser um "espião" e também disse que o depoimento do ex-ministro foi feito com "delegados amigos para ver se acham algo contra Bolsonaro"
Eduardo Bolsonaro e Sergio Moro
Eduardo Bolsonaro e Sergio Moro (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - O deputado federal e filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, atacou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro em publicação no Twitter neste domingo (3). Moro deixou o governo atirando contra seu ex-aliado Bolsonaro e acusando-o de crimes como a tentativa de interferir na Polícia Federal para que aliados do presidente não fossem pegos por investigações.
Segundo Eduardo, o depoimento de 8 horas de Moro à PF, feito neste sábado, foi uma tentativa, junto com “delegados amigos”, “para ver se acham algo contra Bolsonaro”. “Moro não era ministro, era espião”, concluiu.